domingo, 13 de outubro de 2019

Os 10 clássicos mais marcantes entre Corinthians e São Paulo

Sócrates em ação num jogo entre Corinthians e São Paulo
Desde 1930, ano da fundação do São Paulo, que o tricolor paulista e o Corinthians disputam o Majestoso, nome dado pelo jornalista Tommaso Mazzoni, do jornal A Gazeta Esportiva, ao confronto entre os dois clubes.


O clássico, que reúne os dois emblemas com mais torcedores do Estado de São Paulo, já decidiu dezenas de Campeonatos Paulistas, um Torneio Rio-São Paulo, um Campeonato Brasileiro e até um título internacional, a Recopa Sul-Americana. Ao longo de cerca de nove décadas, as duas equipas também se defrontaram na Copa do Brasil, na Copa Conmebol e na Libertadores.

Do velhinho Parque São Jorge à moderna Arena Corinthians, tricolor e timão já protagonizaram mais de três centenas de duelos em toda a história, alguns dos quais com mais de 100 mil espetadores nas bancadas no Morumbi. Entre tantos e tantos clássicos marcantes, veja aqui a nossa seleção dos dez melhores, por ordem cronológica.


12 de dezembro de 1982 – Campeonato Paulista (2.ª mão da final)
Estávamos em plena Democracia Corintiana, do Corinthians do grupo de futebolistas politizados e grandes craques Sócrates, Wladimir, Casagrande e Zenon. Após ter vencido a primeira-mão da final por 1-0 sobre o então bicampeão paulista São Paulo, com golo de Sócrates, o timão apenas necessitava de um empate no segundo jogo, também disputado no Morumbi.
Ao intervalo, registava-se um nulo, mas Biro-Biro deu vantagem ao Corinthians, aos 71 minutos. Darío Pereyra empatou aos 77’, mas Biro-Biro devolveu a vantagem à formação orientada por Mário Travaglini cinco minutos depois, com Casagrande a estabelecer o resultado final aos 86’ e a impedir o primeiro tricampeonato da história do tricolor.
Esta final ajudou a rivalidade entre os dois clubes a consolidar-se, uma vez que na altura vivia na sombra do Choque Rei (Palmeiras e São Paulo) e do Derby Paulista (Corinthians e Palmeiras). E o Corinthians passava a ser o recordista de títulos do Campeonato Paulista, com 19 conquistas, contra as 18 do Palmeiras.



16 de dezembro de 1990 – Campeonato Brasileiro (2.ª mão da final)
Jogo histórico da história do Corinthians, pois deu ao timão o seu primeiro campeonato brasileiro da história. Antes, o melhor que os corintianos tinham conseguido fora um segundo lugar em 1976, com derrota ante o Internacional na final.
Orientado por Nelsinho Baptista, o Corinthians venceu o primeiro jogo por 1-0, com golo de Wilson Mano logo aos quatro minutos. No segundo encontro da final, o resultado repetiu-se, cabendo a Tupãzinho a autoria do remate certeiro do timão (54’), na sequência de um lance de insistência, perante mais de 100 mil espetadores no Morumbi.



8 de dezembro de 1991 – Campeonato Paulista (1.ª mão da final)
Mais uma decisão direta de títulos entre os dois rivais. Frente a frente, o Corinthians com a melhor defesa da prova e o São Paulo com o melhor ataque, um ano depois de terem protagonizado a final do Campeonato Brasileiro.
No entanto, os são paulinos contavam com um dos jogadores em melhor forma do Brasil naquela altura, Raí. O atacante foi o homem do jogo, ao apontar um hat trick. O golo inaugural, logo aos 16 minutos, permitiu-lhe igualar Guga, do Santos, na lista de melhores marcadores do campeonato. No segundo tempo, Raí marcou mais dois golos, o primeiro de grande penalidade (59’) e o segundo de cabeça (62’), antes de Wilson Mano ter desperdiçado um penálti para o timão. “Faltou determinação. Poderíamos ter marcados mais golos”, lamentou, ainda assim, Telê Santana.
No segundo encontro da final, também presenteado por mais de 100 mil espetadores, registou-se um empate a zero.



10 de maio de 1998 – Campeonato Paulista (2.ª mão da final)
No primeiro jogo, o Corinthians orientado por Vanderlei Luxemburgo e com craques como Marcelinho Carioca, Gamarra, Vampeta e Rincón venceu por 2-1, com golos de Marcelinho Carioca (24 minutos) e Cris (67’) contra um de Fabiano (36’).
No entanto, sete dias depois o São Paulo apresentou-se com um reforço de peso, Raí, contratado ao Paris Saint-Germain após cinco anos em França, e inscrito no torneio apenas para disputar um jogo, o da grande final. Coube precisamente a Raí marcar o golo inaugural, à passagem da meia hora. Após o intervalo, Didi marcou para o Corinthians (50’), mas França bisou (57’ e 82’) e sentenciou o triunfo tricolor por 3-1, carimbando assim a conquista do 19.º título paulista.



28 de novembro de 1999 – Campeonato Brasileiro (1.ª mão da semifinal)
Cerca de cinco meses depois de ter eliminado o São Paulo nas meias-finais do Campeonato Paulista, o Corinthians voltou a afastar o rival na mesma fase, mas do Campeonato Brasileiro.
O primeiro encontro da semifinal ficou marcado pelo facto de o guarda-redes corintiano Dida ter defendido dois penáltis executados por Raí, aos 62 e 90+1 minutos. Em ambas as ocasiões, o resultado já se encontrava em 2-3 a favor do timão, vencedor da fase regular da prova.
Nenê inaugurou o marcador para o Corinthians (23’), Raí restabeleceu a igualdade (29’). Ricardinho devolveu a vantagem à equipa de Oswaldo de Oliveira (31’), mas Edmílson voltou a colocar o resultado empatado ainda antes do intervalo (40’). No início do segundo tempo, Marcelinho Carioca fez o terceiro golo corintiano, na conversão de uma grande penalidade (53’).
No segundo jogo, o Corinthians voltou a vencer, mas por 3-2, e qualificou-se para a final, sagrando-se campeão ao bater o Atlético Mineiro à melhor de três.



8 de maio de 2005 – Campeonato Brasileiro (3.ª jornada)
O São Paulo atravessava uma boa fase diante do rival, estando invicto frente ao Corinthians em todas as competições desde março de 2003, e confirmou essa onda positiva com uma goleada no Pacaembu.
Coube ao guarda-redes Rogério Ceni inaugurar o marcador logo aos três minutos, na transformação de uma grande penalidade. Luizão (13’ e 47’), Danilo (16’) e Cicinho (76’) aumentaram a contagem, antes do antigo atacante portista Carlos Alberto ter apontado o golo de honra do timão (88’ g.p.).
Apesar da derrota estrondosa, os corintianos sagraram-se campeões no final da temporada. Já o São Paulo haveria de conquistar a Libertadores e o Mundial de clubes nesse mesmo ano.



12 de abril de 2009 – Campeonato Paulista (1.ª mão da semifinal)
Com os rivais há procura de regressar à final depois de dois anos de ausência para o São Paulo e três para o Corinthians, houve clássico a duas mãos nas meias-finais.
No primeiro jogo, no Pacaembu, o tricolor inaugurou o marcador pelo zagueiro Miranda, aos 25 minutos, através de um cabeceamento certeiro na sequência de um livre lateral pela direita. Porém, Elias empatou logo a seguir, aos 28’, após iniciativa individual. Depois de mais de uma hora com o resultado empatado, o que favorecia os são-paulinos, mas a 15 segundos do final do tempo de compensação da segunda parte Cristian apontou o golo que daria a vitória ao timão, com um remate espetacular de fora da área.
Na segunda mão, no Morumbi, o Corinthians voltou a vencer, por 2-0, com dois golos de rajada de Douglas (55’) e Ronaldo (57’).



27 de março de 2011 – Campeonato Paulista (16.ª jornada)
A vitória do São Paulo sobre o Corinthians não foi decisiva e serviu apenas para que o tricolor igualasse pontualmente o rival, mas o jogo ficou marcado pelo 100.º golo da carreira do guarda-redes Rogério Ceni, mito dos são-paulinos.
Em Barueri, Dagoberto abriu o ativo aos 40 minutos através de um remate forte e colocado de fora da área. No início da segunda parte, o goleiro marcou o segundo golo na execução magistral de um livre direto, festejando efusivamente com os companheiros de equipa (53’). O guarda-redes do timão, Júlio César, ainda tocou na bola, mas não conseguiu travar o remate de Ceni.
Dentinho ainda reduziu a desvantagem (67’), mas o São Paulo acabou mesmo por ganhar o jogo, após 11 partidas consecutivas sem vencer o rival.



17 de julho de 2013 – Recopa Sul-Americana (2.ª mão)
Os rivais já se tinham defrontado a nível internacional, mas nunca tinham discutido um troféu internacional até 2013, quando se defrontaram pela Recopa Sul-Americana. Frente a frente estava o Corinthians campeão da Libertadores e o São Paulo vencedor da Copa Sul-Americana, na sexta vez que o título foi disputado por equipas do mesmo país.
Depois de ter encaminhado a decisão com o triunfo por 2-1 no Morumbi, com golos de Guerrero (28’) e Renato Augusto (75’) contra um de Aloísio (46’), o Corinthians confirmou a conquista do troféu no Pacaembu. Romarinho abriu o marcador aos 35 minutos, a finalizar um lance de insistência, Danilo fez o segundo aos 68’, na recarga a um cabeceamento do próprio após cruzamento de Fábio Santos na esquerda.



22 de novembro de 2015 – Brasileirão (36.ª jornada)
Já campeão, o Corinthians decidiu rodar a equipa, mas ainda assim os jogadores menos utilizados do timão tiveram a capacidade de construir uma goleada sobre o rival, naquela que é considerada uma das maiores humilhações de sempre em clássicos entre os dois clubes.
O tricolor, que lutava ainda por uma vaga na Libertadores, até começou bem o jogo, mas tudo começou a ruir ao minuto 27, quando Bruno Henrique apontou o primeiro golo do timão. Angel Romero (29’) e Edu Dracena (45+1’) levaram para o intervalo um resultado de 3-0 e na segunda parte Lucca (61’), novamente Romero (64’) e Baroni (76’, g.p.) aumentaram a contagem. Pelo meio, Carlinhos reduziu para os são-paulinos.
















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