A história de brasileiros no
Vitória de Setúbal é rica e longa. O pontapé de saída foi dado em 1959 pelo
médio Sidney e o avançado Bira, ambos oriundos do Sp. Covilhã. Seguiu-se mais
de uma centena de compatriotas, um lote que todas as épocas vão aumentando. Uns
jogaram várias épocas no Bonfim, mas não conquistaram o estatuto de ídolo dos
adeptos sadinos, outros estiveram menos tempo no clube, mas deixaram marca.
Ainda assim, vale a pena recordar os dez futebolistas que mais vezes vestiram a
mítica camisola verde e branca na I Divisão.
10. Cláudio Pitbull (63 jogos)
Entrou em Portugal pela porta do
FC Porto, mas não foi bem-sucedido no Dragão. Esteve emprestado à Académica,
mas foi no Vitória que mostrou a sua melhor face. Como extremo ou avançado
móvel, foi uma das figuras da equipa que em 2007-08 conquistou a primeira Taça
da Liga, tendo sido eleito o melhor jogador da competição em que os vitorianos
bateram o Sporting na final após desempate por penáltis. Voltou ao clube em
2010-11 e ainda mostrou melhores números, embora nessa época só tenha ajudado
os sadinos a garantir a permanência. Continuou em Setúbal na temporada
seguinte, mas saiu em janeiro.
Binho |
9. Binho (65 jogos)
Chegou ao Vitória proveniente da
Naval na época que ficou marcada pela conquista da terceira Taça de Portugal,
mas raramente foi opção para José Couceiro e José Rachão. Na temporada seguinte
ganhou espaço devido à retirada de Hélio e à saída de Sandro, conseguindo o
estatuto de titular como médio defensivo. Esteve três temporadas no Bonfim,
tendo participado em duas finais de Taça, uma Supertaça e quatro jogos na Taça
UEFA. Depois rumo aos gregos do Iraklis.
8. Augusto (70 jogos)
Reforçou o Vitória no verão de
1964 com o estatuto de vencedor da Taça das Taças ao serviço do Sporting e
jogou à beira-Sado durante três temporadas. Logo na época de estreia, o extremo
direito participou ativamente na conquista da Taça de Portugal, a primeira do
clube, ao marcar um golo num dos encontros das meias-finais ante a antiga
equipa e jogar os 90 minutos na final do Jamor, ganha ao Benfica. Voltou ao
Estádio Nacional na época seguinte, mas saiu derrotado pelo Sp. Braga. Em 1966-67 integrou o plantel que voltou a vencer a Taça, mas não disputou nenhum jogo da competição.
Hugo Alcântara |
7. Hugo Alcântara (80 jogos)
Recordado como um dos melhores
centrais no Vitória no início do século XXI, esteve na promoção à I Liga em
2003-04 e na conquista da Taça de Portugal na época seguinte, tendo formado
dupla com Hugo Costa, Auri e Veríssimo. Chegou ao Bonfim pela mão de Jorge Jesus, que o foi buscar ao Mixto (estaduais de Mato Grosso) e o voltou a
encontrar no Belenenses em 2007-08. Após a vitória no Jamor em maio de 2005,
rumou à Académica.
Dário |
6. Dário (88 jogos)
Extremo esquerdo oriundo do
Juventude Évora, foi titular indiscutível do Vitória ao longo de três
temporadas, entre 1979 e 1982. A melhor época em Setúbal foi a primeira, quando
apontou dez golos em todas as competições, oito deles no campeonato. Depois
saiu para o Portimonense, dando continuidade a uma carreira feita apenas em
Portugal, com passagens também por Olhanense, Feirense, Estrela de Portalegre,
Sanjoanense, Sp. Espinho, Gil Vicente e Vianense.
5. Jorginho (95 jogos)
Um dos melhores jogadores do
Vitória no século XXI. Tal como Hugo Alcântara, chegou ao Bonfim no verão de
2001 pela mão de Jorge Jesus, quando jogava no Goiânia, nas divisões inferiores
brasileiras. Seguiram-se quatro temporadas de grande nível como organizador de
jogo dos sadinos, tendo contribuído com 17 golos para a promoção à I Liga, em
2003-04. Na época seguinte ajudou o emblema setubalense a conquistar a Taça de
Portugal e foi eleito por muitos como o melhor jogador do campeonato, rumando
depois ao FC Porto, onde foi campeão.
4. Ney Santos (102 jogos)
Ney Santos
Ney Santos chegou ao Bonfim em
janeiro de 2010 como empréstimo do Sp. Braga, mas saiu cinco anos depois na
condição de capitão de equipa. Não foram anos gloriosos, porque os sadinos
lutaram sempre pela permanência, mas foram de regularidade e de conquista do
respeito dos adeptos por parte do lateral direito/médio defensivo brasileiro. Após
meia década à beira-Sado, rumo ao Confiança, da Série C brasileira.
3. Duda (105 jogos)
O brasileiro com mais golos pelo
Vitória. Foram 63 no total, entre os quais 54 na I Divisão, tendo formado uma dupla letal com José Torres. Chegou proveniente
do Sport Recife em fevereiro de 1972, participando em nove jogos da caminhada
dos sadinos para o 2.º lugar, a melhor classificação de sempre do clube no primeiro
escalão. Porém, foi nas duas épocas a seguir que o avançado centro mais se destacou,
ajudando os setubalenses a terminar no último degrau do pódio em ambas. Em
1972-73 apontou 17 golos no campeonato, na temporada seguinte mais quatro,
ficando à frente de Eusébio na lista de melhores marcadores. Tudo isto apesar das
lesões graves que foi sofrendo ao longo da carreira. Em 1975 deixou o Bonfim
rumo ao Sevilha, mas voltou em 1981-82, após uma época em Espanha e cinco no FC
Porto.
2. Auri (132 jogos)
Figura incontornável do Vitória
no início do século XXI, jogou seis temporadas de verde e branco, tendo ajudado
os sadinos a subir de divisão em 2003-04, a vencer a Taça de Portugal em
2004-05, a regressar ao Jamor em 2005-06 e a conquistar a Taça da Liga em
2007-08. Central imponente, chegou ao Bonfim proveniente da Naval e deixou para
terminar a carreira no Sp. Covilhã. Veríssimo, José Fonte e Robson foram alguns
dos companheiros de setor com os quais formou dupla no eixo defensivo. Foi decisivo ao apontar o golo que aos 119 minutos deu o empate frente ao V. Guimarães nas meias-finais da Taça de Portugal em 2005-06, levando o encontro para um desempate por grandes penalidades que os setubalenses venceram.
1. Wágner (134 jogos)
Wágner |
Um dos primeiros brasileiros da
história do Vitória. Representou o clube durante os tempos áureos, nas décadas
de 1960 e 1970, e ficou tão ligado a Setúbal que por lá continuou após pendurar
as botas, tendo exercido funções de treinador adjunto nos sadinos. Médio
defensivo natural de São Paulo, entrou para o futebol português pela porta do
Leixões e chegou ao Bonfim em 1968 para três épocas de grande nível, não
falhando um único dos 110 jogos oficiais dos setubalenses nesse período. Mesmo
sendo um centrocampista de responsabilidades defensivas, marcava golos em
quantidade, incluindo um nos 5-0 ao FC Porto em 1969-70 e outro de penálti em
Anfield numa eliminatória em que os sadinos eliminaram o Liverpool graças
à regra dos golos fora. Deixou o emblema sadino em 1971, com o Sporting como
destino, mas voltou em 1975 para as três últimas temporadas da carreira.
excelente artigo caro david posso pedir um favor de aceder a um pedido de amizade no facebook obrigado desde de ja ..... _
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