Hugo Ferreira (à esq.) foi o escolhido para orientar o Moitense |
Depois de duas épocas tranquilas
desde o regresso à I Distrital, com um 9.º lugar em 2016/17 e um 10.º na
temporada passada, o Moitense operou uma autêntica revolução no plantel. Apenas
sete jogadores ficaram e até o treinador mudou. Hugo Ferreira, que num passado
recente orientou os juniores do Barreirense e do Palmelense, é agora o homem do
leme, naquela que será a sua primeira experiência como técnico principal no
futebol sénior, apesar de já ter trabalhado como adjunto no Palmelense e no 1.º
Maio Sarilhense.
Além de remodelada, a formação do
Juncal é bastante jovem. “É um plantel muito jovem, com média de idades de 23
anos, e que tem 28 jogadores. É extenso, mas o facto de o Moitense não ter
escalão de juniores obriga-nos a ter um plantel um bocadinho maior do que as
outras equipas. Vamos tentar ir até com todos até ao fim, porque há sempre
jogadores a querer sair, ou por insatisfação pela pouca utilização ou por terem
propostas para irem para outros lados”, confessou o treinador de 45 anos a O Blog do David.
A esmagadora maioria dos atletas
recrutados terá assim uma prova de fogo, uma vez que vêm de patamares
competitivos inferiores. “Vários jogadores são da formação de outros clubes,
nomeadamente Barreirense, sendo que alguns deles já tinham jogado nos nacionais
nos escalões jovens. Outros fomos buscar à II Distrital, como três ao Azul e
Ouro, e a outros distritos, como Santarém e Portalegre. Foi o plantel que se
conseguiu fazer”, assumiu Hugo Ferreira, que se estreou como treinador
principal de seniores no domingo, com um empate a dois golos no terreno da
União de Santiago do Cacém para a Taça da Associação de Futebol de Setúbal.
Hugo Ferreira pisca o olho aos nove primeiros lugares
A juventude e a inexperiência do
grupo de trabalho obrigam a pensar-se apenas na permanência, mas o novo técnico
do Moitense pisca o olho aos nove primeiros lugares. “Tendo em conta que é um
plantel completamente novo e que só se mantém sete jogadores da época passada e
que houve uma reestruturação no futebol sénior do Moitense, o objetivo é assegurar
a permanência o mais rápido possível e depois tentar fazer melhor do que o 10.º
lugar da época passada. Vamos ver se há condições para isso, pois o plantel é
novo e vai levar tempo para se conhecerem todos uns aos outros. É mais
complicado do que se fosse um plantel já com alguns anos com conhecimento da
casa e dos companheiros”, frisa o timoneiro do conjunto da Moita, que aponta Fabril,
Barreirense e Oriental Dragon como favoritos à subida de divisão, mas alerta para “outsiders como Vasco da Gama de Sines e
talvez O Grandolense, equipas que já andam há algum tempo nesta divisão e que
não fazem grandes alterações nos plantéis”.
Na Taça AFS, Hugo Ferreira pretende
“ficar nos três primeiros do grupo” e “também rodar jogadores para entrarem
todos com um ritmo mais elevado no campeonato”. “Calhou-nos o pior grupo de
todos”, lamenta, em alusão à concorrência de Fabril, Charneca de Caparica,
Sesimbra e U. Santiago.
Sem comentários:
Enviar um comentário