Esta noite, no Eden Park, em Praga, o
Bayern Munique conquistou a Supertaça Europeia ao bater o Chelsea por 5-4 nas
grandes penalidades, após 2-2 no final do prolongamento. Torres e Hazard
marcaram para os blues, e Ribéry e
Javi Martínez para os bávaros. Lukaku falhou o penalty decisivo.
Eis a constituição das equipas:
Bayern
Munique
O Bayern Munique (campeão
europeu) procura conquistar pela primeira vez a Supertaça Europeia, naquela que
é a sua quarta tentativa. No entanto, o seu treinador, Pep Guardiola, venceu a
competição nas duas ocasiões que a disputou, na altura enquanto técnico do
Barcelona (2009 e 2011).
Os bávaros lideram à condição a
Bundesliga (troféu que também detêm), com 10 pontos em quatro jogos. No
entanto, têm um encontro a mais que a restante concorrência.
Thiago Alcantara e Schweinsteiger
estão lesionados.
Chelsea
O Chelsea (vencedor da Liga
Europa) tem uma vitória (1998) e uma derrota (2012) na disputa deste troféu.
José Mourinho perdeu a única
Supertaça Europeia que disputou (2003), não tendo estado mais vezes presente
porque abandonou FC Porto e Inter após ter conquistado a Liga dos Campeões por
estes clubes.
Nas três jornadas já disputadas
da Premier League, os blues somaram
sete pontos.
Cronómetro:
O Chelsea apostava muito nas transições rápidas, com Hazard a
transportar a bola, e a abrir em Schürrle ou Torres na direita, para posterior
cruzamento ou remate, como foi exemplo o lance do 0-1.
Pressão forte dos bávaros, mas os blues
iam conseguindo guardar o esférico.
Intervalo.
Lahm voltou à sua posição de lateral.
Fim do tempo regulamentar.
Inicio do prolongamento.
Intervalo do prolongamento.
Sufoco na área dos blues.
120+1’ Javi Martínez empatou o
encontro no último suspiro, aproveitando um ressalto que sobrou para si à
entrada da área dos detentores da Liga Europa.
Final do prolongamento.
Decisão na marca das grandes penalidades:
1-0 Alaba;
1-1 David Luiz;
2-1 Kroos;
2-2 Oscar;
3-2 Lahm;
3-3 Lampard;
4-3 Ribéry;
4-4 Ashley Cole;
5-4 Shaqiri;
Lukaku permitiu a defesa de Neuer.
Análise:
Ambas as formações entraram em campo fiéis aos estilos dos seus
treinadores. O Bayern de Guardiola instalado no meio-campo adversário,
circulando a bola, conseguindo elevada percentagem de posse, com trocas
posicionais, com futebol apoiado desde zonas recuadas e pressão alta. Já o
Chelsea de Mourinho encontrava-se organizado num bloco mais baixo, apostando
sobretudo em transições.
E foi agarrado à filosofia do seu treinador que o detentor da Liga
Europa chegou à vantagem, num contra-ataque conduzido por Hazard, que abriu para
Schürrle que demorou muito pouco para cruzar para o coração da área onde Torres
finalizou com grande categoria.
A ganhar, os londrinos não mudaram o seu estilo, tentando, no entanto,
segurar a bola quando possível, na procura de adormecer os bávaros, apesar da
pressão adversária.
Para o segundo tempo, o Bayern empatou o encontro num lance típico do
recém-eleito melhor jogador da Europa: Franck Ribéry. O francês recebeu a bola
já no último terço, progrediu uns metros em diagonal e rematou para a baliza contrária.
A toada do encontro foi continuando, embora com os germânicos mais
galvanizados, sobretudo depois da expulsão de Ramires, nos últimos minutos do
tempo regulamentar, tendo encostado a partir daí os blues às cordas.
No entanto, no início do prolongamento, mesmo a jogar com dez, foi o
Chelsea quem se colocou (novamente) em vantagem. Hazard
pegou na bola do lado esquerdo, tirou dois adversários do caminho com relativa
facilidade (Lahm e Boateng) e bateu um Neuer que ficou mal na fotografia.
Até final foi um autêntico sufoco para a baliza de Petr Cech, que foi
evitando o empate com defesas milagrosas, até ao último lance do encontro, em
que o esférico sobrou Javi Martínez, que igualou a partida e levou-a para a
decisão das grandes penalidades. Aí, o Bayern foi mais feliz, tendo vencido por
5-4.
Analisando os atletas em campo, começando pelos do Bayern Munique…
Neuer fez várias
intervenções de elevado grau de dificuldade, e esteve quase sempre bem a jogar
com os pés, no entanto, pareceu mal batido no 1-2;
Rafinha até nem teve muito
trabalho defensivo porque o Chelsea atacou quase sempre pelo lado oposto, mas
ofereceu pouco ofensivamente; Boateng e Dante (deu um toque
involuntário mas precioso para colocar a bola em Javi Martínez , no
2-2) foram apanhados em contra-pé no 0-1, sendo traídos pela velocidade da
jogada, tendo o primeiro sido pouco pressionante na abordagem a Hazard no 1-2 e
o segundo cometido alguns erros ao longo da partida; e Alaba apesar da
grande profundidade que deu ao flanco esquerdo, esqueceu-se de Schürrle, aberto
na faixa, no lance do golo inaugural;
Lahm pareceu um pouco fora
do seu habitat natural enquanto trinco, precisando de trabalhar mais nessa
posição, tendo regresso à posição de lateral com a entrada de Javi Martínez,
embora, já no prolongamento, tenha feito pouca pressão a Hazard na jogada do
segundo golo dos londrinos; Müller ressentiu-se por ainda não estar
muito habituado às novas funções, mais recuado, mas foi uma presença de
respeito quando apareceu junto à área adversária; e Kroos fez o passe
para o 1-1;
Robben foi pouco influente;
Ribéry procurou sempre que possível fletir da faixa para o meio, e
apontou o golo do empate; e Mandzukic teve poucas ocasiões para
finalizar;
Javi Martínez deu mais
equilíbrio à equipa, mas foi igualmente um “6” com aptidão para sair a jogar, e conseguiu
levar o encontro para as grandes penalidades, marcando no último suspiro; Götze
apareceu pouco; e Shaqiri deu alguma dinâmica ao ataque, introduzindo um
ritmo elevado e transportando a bola em velocidade.
Quanto aos jogadores do Chelsea…
Cech foi uma presença
segura entre os postes e na saída a cruzamentos, tendo feito defesas espantosas
na segunda parte do prolongamento;
Ivanovic, imbatível no
jogo aéreo, foi um autêntico polícia para Ribéry, tendo ambos protagonizado um
duelo muito interessante, e ainda esteve perto de marcar, ao cabecear à trave
aos 78’ ; David
Luiz esteve quase sempre no sítio certo a defender, e tentou sair a jogar; Cahill
esteve muito seguro; e Ashley Cole não concedeu espaço a Robben, num
jogo em que praticamente não passou do seu meio-campo;
Lampard esteve em
missão de sacrifício, bastante próximo do quarteto defensivo, aparecendo pouco
no último terço; Ramires não conseguiu ser suficientemente pressionante
para travar a progressão e remate de Ribéry, no 1-1, numa altura em que estava
a fechar o espaço entre o lateral e o central, e foi expulso a cinco minutos
dos descontos do tempo regulamentar; e Oscar, muito inteligente, foi um
autêntico porto de abrigo para os seus colegas no momento ofensivo, oferecendo
linhas de passe e segurando a bola quando o timing
não é o correto para a soltar, passando para a faixa direita quando a equipa
ficou reduzida a dez unidades;
Schürrle, de movimentos
muito verticais, fez o cruzamento para o primeiro golo da noite; Hazard
funcionou como um autêntico “abre-latas” no transporte de bola bastante rápido
e consequente abertura para Schürrle no lance do 1-0, e ainda apontou o segundo
tento dos londrinos, novamente após grande lance individual; e Torres
inaugurou o marcador com uma grande finalização;
Mikel reforçou o
miolo após a expulsão de Ramires; Lukaku refrescou o ataque, numa altura
em que Torres
já estava desgastado e não conseguia pressionar, mas ficou marcado por ter
falhado a grande penalidade decisiva; e Terry foi um acréscimo ao setor
defensivo, ajudando a manter a vantagem nos minutos finais.
Sem comentários:
Enviar um comentário