Esta noite, no Estádio Mané Garrincha, em
Brasília, o Brasil derrotou o Japão por 3-0, na 1ª jornada do Grupo A da Taça das
Confederações 2013. Neymar, Paulinho e Jô marcaram os golos.
Eis a constituição das equipas:
Brasil
O Brasil já conquistou a Taça das
Confederações por três ocasiões (em seis presenças): 1997, 2005 e 2009. A sua participação
nesta edição é justificada por ser o país organizador.
David Luiz (ex-Benfica), Jean
(ex-Penafiel) e Hulk e Thiago Silva (ambos ex-FC Porto) integram a convocatória.
Japão
O Japão, 30º no Ranking FIFA, está pela quinta vez na Taça das
Confederações, depois de se ter sagrado campeão asiático em 2011. Em 2001,
chegou à final desta prova.
Os nipónicos nunca conseguiram bater o Brasil.
Cronómetro:
Japão com dificuldades em construir jogo.
Intervalo.
Os nipónicos subiram as suas linhas no segundo tempo.
90+3’ Oscar desmarcou Jô, que na
cara do Kawashima foi frio o suficiente para aumentar a vantagem para os
canarinhos.
Sem mais ocorrências até final, confirmou-se o triunfo do Brasil.
Análise:
O Brasil entrou muito bem no jogo e logo aos três minutos já estava em
vantagem: Marcelo cruzou, Fred amorteceu e Neymar fuzilou.
A partir daí viu-se um Japão receoso, que duvidava da sua própria
capacidade perante a favorita seleção canarinha, por isso, raramente os
laterais subiam, o duplo pivot defensivo se envolvia no ataque e até os
próprios extremos estiveram bastante discretos. O escrete, mesmo sem mostrar
muito, controlava o jogo com bola.
No segundo tempo a ambição nipónica aumentou, com a subida do bloco,
mas mais uma vez, entraram praticamente a sofrer um golo: cruzamento de Daniel
Alves e conclusão de Paulinho à entrada da área.
Mais uma vez, os pupilos de Alberto Zaccheroni esmoreceram, e só
voltaram a animar com a entrada do rematador Maeda, mas nunca sem pôr em causa
o domínio do escrete, uma constante ao longo dos 90 minutos.
Analisando os atletas em campo, começando pelos do Brasil…
Júlio César (QPR) esteve bem quando foi chamado
a intervir;
Daniel Alves (Barcelona) fez o cruzamento para o
2-0; Thiago Silva (Paris SG) e David Luiz
(Chelsea) tiveram um jogo tranquilo; e Marcelo (Real Madrid)
teve participação ativa no primeiro golo do encontro;
Luiz Gustavo (Bayern Munique) foi o médio mais
recuado; Paulinho (Corinthians) foi o box-to-box do escrete, aparecendo igualmente a construir perto da
sua área como em zona de finalização na área adversária, tendo apontado o
segundo tento dos brasileiros; e Oscar (Chelsea) sem tantos
floreados com a bola no pé como Neymar, foi um organizador de jogo cerebral,
aparecendo nas três faixas e decidindo sempre com grande lucidez, como foi o
caso de toda a sua participação no lance do 3-0;
Neymar (Barcelona) inaugurou o marcador com um grande golo, e com o seu
futebol muito rendilhado, apontou uma grande exibição; Hulk
(Zenit) apresentou mais maturidade do que nos tempos do FC Porto, sendo hoje um
jogador mais solidário defensivamente, e de coletivo; e Fred
(Fluminense), muito posicional e forte fisicamente, fez a assistência para o
1-0 com… o peito;
Lucas (Paris SG) entrou para a faixa direita, numa fase em que o encontro estava
já resolvido; Hernanes (Lazio) deu maior versatilidade e rotatividade ao
miolo; e Jô (Atlético Mineiro) teve direito a alguns minutos, tendo
fechado o resultado em 3-0, com grande frieza e classe.
Quanto aos jogadores do Japão…
Kawashima
(Standard Liège) pareceu mal batido no lance do 2-0, embora a bola levasse
muita força;
Uchida (Schalke
04) e Nagatomo (Inter) (destro que joga na esquerda) estiveram receosos
na hora de subir no terreno; e Yoshida (Southampton) e Konno
(Gamba Osaka) não são muito rápidos a reagir e nem sempre estão bem
posicionados;
Endo (Gamba
Osaka) (um líder dentro das quatro linhas, muito inteligente tacticamente mas
pouco móvel e tecnicista) e Hasebe (Wolfsburgo) não conseguiram
introduzir dinâmica no miolo; e Honda (CSKA Moscovo) é um especialista
na cobrança de bolas paradas e foi o principal dinamizador dos nipónicos;
Kiyotake
(Nuremberga) teve uma participação bastante discreta na partida; Kagawa
(Manchester United) esteve apagado; e Okazaki (Estugarda), sem criar
grande perigo como ponta-de-lança, passou para extremo-direito com a entrada de
Maeda;
Maeda (Júbilo
Iwata) posicionou-se na frente de ataque e mostrou presença na área, rematando
(com perigo) sempre que possível; e Hosogai (Bayer Leverkusen) e Inui
(Eintracht Frankfurt) pouco ou nada acrescentaram, numa altura em que pouco
poderia mudar.
Com este
resultado, fica assim disposta a classificação do Grupo A da Taça das Confederações 2013:
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