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Nuno Valente em disputa de bola com Cristiano Ronaldo |
Ainda não era nascido quando
FC
Porto e
Manchester
United se defrontaram na 2.ª eliminatória da Taça das Taças em 1977-78 e
ainda não ligava a futebol aquando do duplo confronto entre as duas equipas nos
quartos de final da
Liga
dos Campeões em 1996-97. Mas lembro-me bem dos dois jogos entre
dragões
e
red
devils nos oitavos de final da
Champions
em 2003-04. Ainda assim, é uma memória antiga o suficiente para remontar aos
tempos em que em Portugal o
clube
inglês era simplesmente chamado de Manchester – ignorando a existência de
um emblema, na altura de muito menor importância, na mesma cidade.
Embora o nome
Manchester
United impusesse sempre algum respeito, lembro-me de, na altura, não
considerar a eliminatória uma missão impossível para o
conjunto
então orientado por José Mourinho.
Em primeiro lugar, porque esse
United
estava uns furos abaixo não só dos concorrentes diretos em
Inglaterra,
Arsenal
e
Chelsea,
como das equipas de topo da Europa, nomeadamente
Real
Madrid e
AC
Milan. Era um
United
que tinha Tim Howard, Phil Neville, Wes Brown, Nicky Butt, Quinton Fortune,
Louis Saha, John O’Shea, um Roy Keane a dar as últimas e um
Cristiano
Ronaldo que ainda era uma figura secundária na equipa.
Depois, o
FC
Porto de Mourinho tinha uma aura especial. Era uma equipa destemida,
implacável com os rivais internos e que no ano anterior havia mostrado
capacidade para vencer nos terrenos
de
Marselha ou Panathinaikos ou de
golear
a Lazio em casa.