A minha primeira memória de… um jogo entre Sporting e Arouca
Maurício marcou o golo que deu o empate ao Sporting
A minha primeira memória de um
jogo entre Sporting
e Arouca
é precisamente a do primeiro encontro oficial entre os dois clubes, na 1.ª
jornada do campeonato 2013-14, um dia que marcou o início de um novo ciclo em Alvalade.
Nessa que foi a primeira partida
dos leões
na primeira época completa sob a presidência de Bruno
de Carvalho, as claques sportinguistas
passaram a estar concentradas no topo sul, em vez de estarem divididas entre os
topos, o que dava uma valente dor de cabeça a quem se sentava nas centrais, que
ouvia cânticos de um lado e de outro e acabava por não perceber nada. No início
desta mudança de ciclo, a curva sul unia-se para cantar “Tu vais vencer”, a
nova banda sonora das bancadas de Alvalade.
O arranque dessa temporada também
marcou o início de uma nova política desportiva, com aposta em valores da
formação como Rui
Patrício, Cédric, William
Carvalho, Adrien,
Wilson Eduardo, Eric Dier e André Martins – Filipe Chaby não saiu do banco e
acabou por nunca chegar a fazer a estreia pela equipa principal dos leões
– e investimentos de baixo custo como Maurício, Jefferson, Gerson Magrão, Fredy
Montero, Salim Cissé e Slimani.
No banco estava Leonardo Jardim, um treinador em clara ascensão no futebol
português e europeu. Do outro lado, estava um Arouca,
então orientado por Pedro Emanuel, que fazia nessa tarde – o jogo realizou-se
às 15:45 de 18 de agosto de 2013 – a estreia na I
Liga, com jogadores como Nuno Coelho, David Simão, Bruno Amaro, Roberto e o
agora comentador Paulo Sérgio no onze.
Depois de na época anterior ter
obtido a pior classificação de sempre, o 7.º lugar, o Sporting
até começou a partida da pior maneira, tendo Bruno Amaro inaugurado o marcador
aos 19 minutos.
Contudo, os leões
deram a volta e golearam por 5-1, num encontro em que Fredy Montero esteve em
destaque, ao marcar um hat trick (38, 70 e 86 minutos). Pelo meio, o
central Maurício empatou o jogo à passagem da meia hora e Wilson Eduardo
apontou o 3-1 aos 66’. Lembro-me perfeitamente de ter
acompanhado o encontro através da rádio, numa altura em que passava férias na
zona de Viseu. Quando o Arouca
marcou primeiro, terei pensado que era “mais do mesmo”, tendo a goleada leonina
me deixado surpreendido, tendo em conta que as expetativas eram baixas. “Mais do que uma forte identidade,
como referia na véspera Leonardo Jardim e que foi notória em matiné de estreia,
o Sporting
evidenciou uma vincada personalidade. Os leões
foram surpreendidos com a pressão inicial do Arouca
– estreante no patamar principal –, sofreram o golo quando restabeleciam a
ordem natural das coisas e impunham a sua supremacia, mas não se deixaram
abater, não obstante a juventude dos seus jogadores; inverteram o resultado ainda
antes do intervalo e partiram para uma goleada que foi consumada com toda a
naturalidade, ameaçando com o (re)nascimento de ídolos”, escreveu o jornal O
Jogo na edição do dia seguinte.
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