sexta-feira, 13 de setembro de 2024

A minha primeira memória de… um jogo entre Sporting e Arouca

Maurício marcou o golo que deu o empate ao Sporting
A minha primeira memória de um jogo entre Sporting e Arouca é precisamente a do primeiro encontro oficial entre os dois clubes, na 1.ª jornada do campeonato 2013-14, um dia que marcou o início de um novo ciclo em Alvalade.
 
Nessa que foi a primeira partida dos leões na primeira época completa sob a presidência de Bruno de Carvalho, as claques sportinguistas passaram a estar concentradas no topo sul, em vez de estarem divididas entre os topos, o que dava uma valente dor de cabeça a quem se sentava nas centrais, que ouvia cânticos de um lado e de outro e acabava por não perceber nada. No início desta mudança de ciclo, a curva sul unia-se para cantar “Tu vais vencer”, a nova banda sonora das bancadas de Alvalade.
 
 
O arranque dessa temporada também marcou o início de uma nova política desportiva, com aposta em valores da formação como Rui Patrício, Cédric, William Carvalho, Adrien, Wilson Eduardo, Eric Dier e André Martins – Filipe Chaby não saiu do banco e acabou por nunca chegar a fazer a estreia pela equipa principal dos leões – e investimentos de baixo custo como Maurício, Jefferson, Gerson Magrão, Fredy Montero, Salim Cissé e Slimani. No banco estava Leonardo Jardim, um treinador em clara ascensão no futebol português e europeu.
 
Do outro lado, estava um Arouca, então orientado por Pedro Emanuel, que fazia nessa tarde – o jogo realizou-se às 15:45 de 18 de agosto de 2013 – a estreia na I Liga, com jogadores como Nuno Coelho, David Simão, Bruno Amaro, Roberto e o agora comentador Paulo Sérgio no onze.
 
Depois de na época anterior ter obtido a pior classificação de sempre, o 7.º lugar, o Sporting até começou a partida da pior maneira, tendo Bruno Amaro inaugurado o marcador aos 19 minutos.
 
Contudo, os leões deram a volta e golearam por 5-1, num encontro em que Fredy Montero esteve em destaque, ao marcar um hat trick (38, 70 e 86 minutos). Pelo meio, o central Maurício empatou o jogo à passagem da meia hora e Wilson Eduardo apontou o 3-1 aos 66’.
 
Lembro-me perfeitamente de ter acompanhado o encontro através da rádio, numa altura em que passava férias na zona de Viseu. Quando o Arouca marcou primeiro, terei pensado que era “mais do mesmo”, tendo a goleada leonina me deixado surpreendido, tendo em conta que as expetativas eram baixas.
 
“Mais do que uma forte identidade, como referia na véspera Leonardo Jardim e que foi notória em matiné de estreia, o Sporting evidenciou uma vincada personalidade. Os leões foram surpreendidos com a pressão inicial do Arouca – estreante no patamar principal –, sofreram o golo quando restabeleciam a ordem natural das coisas e impunham a sua supremacia, mas não se deixaram abater, não obstante a juventude dos seus jogadores; inverteram o resultado ainda antes do intervalo e partiram para uma goleada que foi consumada com toda a naturalidade, ameaçando com o (re)nascimento de ídolos”, escreveu o jornal O Jogo na edição do dia seguinte.
 



 




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