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Roger Schmidt jogava no meio-campo |
Antes de se tornar treinador e
muito antes de proferir a frase “Quem ama o futebol, ama o
Benfica”
e guiar os
encarnados
à conquista do título nacional em 2022-23, Roger Schmidt foi um modesto
futebolista semiprofissional nas divisões secundárias na
Alemanha.
Tinha pinta de futebolista, conforme se pode ver na fotografia que ilustra este
trabalho: cabelo comprido e brinco na orelha. E, não mostra a imagem, atuava
como médio e tinha o número 10 nas costas.
Na altura jogava no modesto SC
Verl (1995 a 2002), clube da região alemã de onde é natural, a Renânia do
Norte-Vestfália. Também nessa zona estão situados os outros seis clubes que
representou enquanto futebolista: RW Lüdenscheid (1986-87), TuS Plettenberg
(1988 a 1990) TuS Paderborn-Neuhaus (1990 a 1995), SC Paderborn 07 (2002-03), SV
Lippstadt 08 (2003-04) e Delbrücker SC (2004-05).
Embora nunca tivesse competido
acima da terceira divisão, teve alguns momentos altos na carreira, como quando ajudou
o Verl, então na Regionalliga (terceiro escalão), a eliminar o
primodivisionário Borussia Mönchengladbach na Taça da
Alemanha
em 1999-00. Na altura tinha como companheiro de equipa o lateral direito Arne
Friedrich, que se haveria de tornar internacional germânico.
Paralelamente, ia aproveitando o
dinheiro que ganhava no futebol para pagar os estudos, tendo feito uma
licenciatura em Engenharia Mecânica, com especialização em tecnologia dos
plásticos, na Universidade de Paderborn. Após formar-se, trabalhou como
engenheiro de projeto na empresa Benteler, que produz peças para automóveis e
tem uma fábrica precisamente em Paderborn.
No último ano da carreira de
futebolista, Schmidt foi jogador-treinador do Delbrücker SC. Numa altura em que
já era casado, com filhos e tinha uma profissão estável fora do futebol, decidiu
orientar a equipa apenas por uma temporada, mas acabou por ficar três épocas no
comando técnico. Seguiram-se outras propostas para treinar equipas, até que a
conciliação entre o trabalho de treinador e o emprego como engenheiro se tornou
insustentável quando assumiu o histórico Prussia Munster. A engenharia ficou
para trás. Definitivamente. Até quando foi demitido.
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