As
declarações do seu então treinador Sérgio Vieira, em janeiro de 2018, dizem
quase tudo sobre ele: “Não tenho dúvidas de que vai ser jogador de clube grande
e ainda o vamos aplaudir na Seleção Nacional. (…) Mas não nos podemos esquecer
que tem 20 anos e veio do Campeonato de Portugal. Ainda não tem maturidade na
tomada de decisão.”
“Privilegiado” pela estampa física
A
capacidade atlética do futebolista nascido em Bissau faz a diferença nas bolas
paradas, tanto defensivas como ofensivas. “O físico que ele tem é uma ajuda
muito grande para o futebol moderno, até porque poucos a têm até a um nível
alto. É um privilegiado nesse aspeto”, considera Vasco Matos, sobre um jogador cuja aquisição de 50 por cento dos direitos económicos custou 1,5 milhões de euros aos vimaranenses.
Transportador de jogo por excelência
De Bissau para o mundo
Alfa
vivia com um tio em Bissau. Segundo uma reportagem do MaisFutebol
em
julho de 2018, “era um miúdo envergonhado, educado e com uma aparente boa
estrutura familiar. Sem
grandes luxos, mas com a estabilidade que faltava a muitos colegas da mesma
idade e com os quais seguia de manhã para os treinos que começavam às 7 de
terminavam às 9. Havia quem comesse só uma vez por dia; duas a contar com a refeição
que lhes era entregue no final de cada sessão: pão, ovo e garrafas de água ou
sumos.”
Os
relatos dizem que já se destacava da maioria dos restantes companheiros, por
ser “dotado de boas capacidades físicas e técnicas” e por apresentar “boas
noções táticas”, assimilando “com facilidade os conceitos que lhe eram passados
pelos treinadores”, jogasse a central ou médio. Aos
16 anos, foi colocado na equipa sénior do Balantas de Mansoa, filial do
Belenenses que era na altura o campeão guineense.
Seguiu-se
o empréstimo ao Vilafranquense de Filipe Coelho, que já o tinha debaixo de
olho. “Observei-o e chamou-me à atenção na fase final do campeonato de
juniores. Ele jogou a avançado e creio que até foi o melhor marcador do Benfica
nessa fase”, recordou ao MaisFutebol.
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