Liga Europa | Horsens 1-1 Sporting

Esta noite, no Forum Horsens Arena, Horsens e Sporting empataram a um golo, na primeira-mão do “Play-Off” da Liga Europa. Spelmann marcou para os dinamarqueses, e Carrillo para os portugueses.

Eis a constituição das equipas:

AC Horsens

É a primeira presença europeia para este clube que na época passada ficou em 4º no seu campeonato, e esta temporada, ao acabo de seis jornadas estão em 7º.

Na 3ª pré-eliminatória, eliminaram o Elfsborg com um agregado de 4-3.

Henrik Smedegaard (ex-Fredericia) e Steffen Kielstrup (ex-Vejle) são os principais reforços.

Lasse Kryger é baixa por lesão.

Sporting

Os leões procuram imitar um feito que alcançaram nas duas últimas épocas: eliminar uma equipa dinamarquesa no “Play-Off” da Liga Europa, depois do Brondby em 2010/11 e o Nordsjaelland em 2011/12.

Na primeira jornada da Liga ZON Sagres, empataram em Guimarães a zero frente ao Vitória.

Pereirinha, Rinaudo, Pranjic e Izmailov são as principais ausências.

3’ Jeffrén desmarcou Adrien nas costas de Nohr e este cruzou para o primeiro poste, onde Wolfswinkel rematou de primeira para fora.

4’ Novamente o holandês em evidência, isolado por Elias, permitiu a defesa de Ronnow.

12’ Kortegaard, num pontapé de ressaca, atirou ao lado.

Os dinamarqueses apresentavam um bloco compacto, com as suas linhas muito juntas, no entanto, a linha mais recuada estava muito subida e o Sporting por várias ocasiões explorava as costas da sua defesa.

15’ Fagerberg conseguiu ultrapassar Insúa em velocidade e centrou rasteiro para o primeiro poste onde Spelmann se antecipou a Boulahrouz e deu vantagem ao Horsens.

20’ Na cobrança de um livre, Schaars deu um pequeno toque para Insúa que obrigou o guarda-redes adversário a intervenção apertada.

Com o golo marcado, os nórdicos baixaram o seu bloco e deram a iniciativa aos leões, que nomeadamente através de cruzamentos tentavam fazer a bola chegar a zonas de finalização.

42’ Carrillo tabelou com Adrien e chutou na passada para nova defesa de Ronnow.

45+1’ Jeffrén, de ângulo apertado, junto à marca de pontapé de canto, tentou pôr a bola na gaveta mas o guardião dos escandinavos estava atento.

Intervalo.

50’ Na sequência de um cruzamento de Cédric, Rojo saltou mais alto que Agesen e cabeceou para fantástica defesa do guarda-redes adversário.

O Sporting voltou do interregno com a mesma intensidade (ou falta dela) do primeiro tempo.

58’ Labyad rendeu Schaars.

59’ Fagerberg dominou no peito, rodou rápido e acertou no poste.

61’ Rui Patrício negou o golo a Retov.

66’ Sá Pinto trocou Jeffrén por Capel.

68’ No seguimento de um cruzamento de Cédric, a bola acaba por sobrar para Carrillo que atirou para fora.

74’ Labyad rematou ainda de longe para nova intervenção de Ronnow.

75’ Fagerberg foi substituído por Hajdarevic.

78’ Elias cedeu o seu lugar a André Martins.

79’ Labyad desmarcou Capel pela direita nas costas Kortegaard e o espanhol cruzou para a área onde Carrillo empatou a partida.

86’ Saiu Klove, entrou Bjerregaard.

Sem mais ocorrências até final, confirmou-se um empate que favorece a equipa leonina, a quem basta uma igualdade a zero no seu estádio para seguir em frente na competição.

O Sporting mostrou superioridade ao longo de todo o encontro, mas teve dificuldades para a traduzir em golos, fruto de precárias finalizações e da exibição do inspirado Ronnow, guarda-redes dos dinamarqueses.

O Horsens apresentou sempre uma formação muito compacta, com os seus dez homens de campo a atuarem em três linhas bastante próximas, mas como o bloco não era baixo, a defesa, não muito rápida, viu aparecer nas suas costas os homens do ataque verde e branco, mas ainda assim, foram mantendo o 0-0 e posteriormente o 1-0, conseguido num lance de ataque rápido em que vários elementos da linha defensiva do Sporting tiveram uma atitude bastante passiva, incluindo o seu guarda-redes.

A partir do golo, e à exceção de duas oportunidades para os nórdicos no segundo tempo, foram os comandados por Sá Pinto que estiveram sempre perto de marcar, mas Wolfswinkel estava desinspirado e a finalização de outros atletas não estava certeira, o que foi adiando o empate até à entrada dos últimos dez minutos, quando Carrillo conseguiu finalmente igualar a partida.

Analisando os atletas em campo, começando pelos do Horsens…

Ronnow apontou uma grande exibição, sempre muito seguro e com reflexos extraordinários;

Nohr sentiu dificuldades em fechar o seu flanco; Rasmussen e Agesen são dois centrais altos, loiros e lentos, ao estilo nórdico; e Kortegaard deixou Capel fugir-lhe pelas costas no lance do 1-1;

Drachmann e Klove nunca criaram grandes desequilíbrios como extremos; e Kielstrup é forte nos lançamentos laterais, fazendo-os parecer autênticos pontapés de canto, esteve sempre no sítio certo e com grande eficácia de passe, melhor do que Retov no eixo do meio-campo, embora este se tenha mostrado muito trabalhador;

Fagerberg é forte fisicamente e rápido, ultrapassou Insúa em velocidade e cruzou para o 1-0 e na segunda parte, num remate espontâneo, ainda acertou no poste; e Spelmann aproveitou a passividade da defesa leonina para inaugurar o marcador;

Hajdarevic e Bjerregaard estiveram pouco tempo em campo e nada acrescentaram.

Quanto aos jogadores do Sporting…

Rui Patrício esteve intranquilo e foi mal batido no golo do Horsens;

Cédric nunca se expôs defensivamente e ainda assim subiu com segurança no apoio ao ataque, efetuando cruzamentos de qualidade e fazendo os sportinguistas não se lembrarem de João Pereira; Boulahrouz e Rojo foram passivos na marcação a Spelmann no 1-0, ainda assim, o argentino, bastante inconformado, apareceu na área adversária em lances de bola parada e criou perigo em duas ocasiões; e Insúa não conseguiu travar Fagerberg e impedi-o de cruzar no tento dinamarquês;

Schaars foi o elemento mais recuado do meio-campo, fez um cruzamento milimétrico que Adrien desperdiçou e foi substituído quando a equipa precisava que os seus centro-campistas se libertassem mais; Elias conseguiu aparecer numa segunda linha no miolo, como um “8” mas sem gerar desequilíbrios; e Adrien na primeira parte atuou praticamente como um segundo avançado, surgindo mesmo em zonas de finalização, no entanto, passou pela posição “8” e acabou como “6”;

Carrillo marcou um golo decisivo; Jeffrén esteve interventivo, tentando tabelar com os colegas, mas acabou por ser pouco; e Wolfswinkel foi muito perdulário;

Labyad deu nova dinâmica, desenhou o lance do 1-1 e ainda deu uma nova solução ofensiva, o seu remate a longa distância; Capel entrou bem no jogo e fez o cruzamento para o tento do empate; e André Martins acabou por não estar em evidência.