Esta tarde, na Gdansk Arena, Espanha e Itália empataram a um golo, no jogo de abertura do Grupo C do EURO 2012. Di Natale abriu o marcador para os transalpinos, e Fàbregas empatou a partida.
Eis a constituição das equipas:
Espanha
Espanha lidera o Ranking FIFA.
Na fase de qualificação, lideraram o Grupo I, somaram oito vitórias em oito jogos, deixando para trás a República Checa, Escócia, Lituânia e Liechtenstein.
Os espanhóis não podem contar com dois atletas influentes para este Europeu, David Villa e Puyol, ambos por lesão.
Do encontro entre ambas as seleções no EURO 2008, restam Casillas, Sergio Ramos, Xavi, Fàbregas, Iniesta, David Silva, Cazorla e Fernando Torres.
Itália
Itália ocupa o 12º lugar no Ranking FIFA.
No apuramento, lideraram o Grupo C, com oito vitórias, dois empates e nenhuma derrota, e apenas dois golos sofridos, um recorde na qualificação. Atrás dos italianos ficaram Estónia, Sérvia, Eslovénia, Irlanda do Norte e Ilhas Faroé.
A principal ausência nos transalpinos é Giuseppe Rossi, contraindo uma lesão ainda no decorrer da época, ao serviço do Villarreal.
Do tal jogo dos quartos-de-final em 2008, são sobreviventes Buffon, Chiellini, De Rossi, Cassano e Di Natale.
A Espanha desde cedo tentou controlar o jogo através da posse de bola, no entanto, em resposta, a Itália exibia um meio-campo extremamente povoado.
13’ Pirlo, de livre directo, obrigou Casillas a aplicar-se.
22’ Cassano recebeu um passe na área adversária, ganhou espaço a Piqué e rematou para fora.
34’ O atacante do AC Milan voltou a estar em evidência, ao atirar para defesa do guardião espanhol.
Por esta altura, a partida disputava-se a um ritmo forte, e até com alguma dureza. A Itália aparentava estar a controlar as operações.
45’ Marchisio cruzou pela direita para Thiago Motta, mas Casillas voltou a negar o golo aos italianos.
Intervalo.
51’ Fàbregas serviu Iniesta pela esquerda, que teve uma nesga de espaço concedida por De Rossi, e proporcionou a Buffon uma belíssima intervenção.
56’ Di Natale rendeu Balotelli.
60’ Pirlo com um grande passe isolou Di Natale, que se desmarcou no espaço entre os centrais espanhóis e deu vantagem aos transalpinos.
64’ Num lance colectivo feita a alta intensidade, Iniesta serviu David Silva que por sua vez assistiu de trivela Fàbregas, que empatou a partida.
65’ David Silva cedeu o seu lugar a Jesús Navas.
Giovinco substituiu Cassano.
74’ Vicente Del Bosque trocou Fàbregas por Fernando Torres.
77’ Giovinco com um grande passe descobriu Di Natale nas costas de Sergio Ramos, mas o remate do avançado da Udinese, já em esforço, passou ao lado.
85’ Fernando Torres tabelou bem com Xavi e depois tentou o chapéu a Buffon mas o esférico passou por cima.
89’ Thiago Motta foi rendido por Nocerino.
Na recta final da partida, ambas as formações não se mostraram pragmáticas, e ao contrário do que se poderia esperar, procuraram a vitória como se de uma eliminatória se tratasse.
90+2’ Xavi serviu Xabi Alonso que á entrada da área, em zona frontal, atirou ao lado.
Sem mais ocorrências até final, confirmou-se o empate na partida.
A Espanha desde cedo tentou controlar a partida através de uma elevada percentagem de posse de bola, típica do Barcelona, que tem praticamente a base da selecção. No entanto, com três centrais e três homens na zona central do miolo, a Itália povoou o seu meio-campo e impediu que o “tiki-taka” espanhol funcionasse, e com o passar do tempo, os comandados por Cesare Prandelli foram-se sentido cada vez mais tranquilos na partida e praticamente foi a única equipa a criar perigo na primeira parte.
No segundo tempo, os transalpinos marcaram á passagem da hora de jogo, e a partir daí a selecção espanhola intensificou o seu ritmo e pouco tempo depois conseguiu o empate.
Até final, ambas as equipas procuraram a vitória como se de uma partida a eliminar se tratasse, mas prevaleceu a igualdade.
Analisando os atletas em campo, começando pelos da Espanha…
Casillas esteve em bom plano quando foi chamado a intervir, Arbeloa teve Cassano a dar-lhe trabalho, mas nem por isso comprometeu, Piqué e Sergio Ramos deixaram fugir Di Natale no lance do 0-1, sobretudo o central do Real Madrid que colocou o italiano em jogo, e Jordi Alba actuou praticamente como extremo, dando profundidade ao flanco esquerdo.
Xabi Alonso e Busquets deram segurança ao meio-campo, mas é questionável se não foi excessivo ter um duplo “pivot” defensivo com características tão posicionais.
David Silva foi o mais criativo da equipa, tendo feito a assistência para o golo, Xavi foi o comandante do processo ofensivo, e Iniesta apareceu na segunda parte, fazendo movimentos de fora para dentro a procurar combinações, sendo que até nasceu assim o tento espanhol.
Fàbregas marcou um golo como ponta-de-lança, embora a equipa tenha pago por este não possuir as características de um artilheiro mas sim de um centro-campista.
Jesús Navas entrou cheio de “ganas” e revelou-se muito forte nos duelos individuais e Fernando Torres entrou com vontade, fez várias tabelinhas mas desperdiçou duas boas oportunidades para dar a vitória à “La roja”.
Quanto aos jogadores italianos…
Buffon fez boas intervenções, De Rossi foi o patrão de uma tripla de centrais, que contou com os concentradíssimos Bonucci e Chiellini, cujo único erro foi deixar fugir Fàbregas no lance do 1-1.
Maggio deu profundidade ao lado direito, Marchisio deu outra dimensão ao futebol da “squadra azzurra” quando se envolveu no ataque, Pirlo mostrou toda a sua qualidade de passe ao assistir Di Natale para o golo, Thiago Motta foi regular, e Giaccherini esteve apagado.
Cassano foi muito irrequieto, flectindo variadíssimas vezes da esquerda para o meio, e Balotelli mostrou-se lento e nervoso, fazendo perder a paciência a Prandelli quando praticamente isolado deixou que Sergio Ramos o travasse.
Di Natale entrou e marcou, Giovinco trouxe dinâmica e refrescou o ataque, e Nocerino veio para queimar algum tempo.
Com este resultado, fica assim disposta a classificação provisória do Grupo C, quando ainda falta disputar um jogo na primeira jornada:
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Este comentário foi removido pelo autor.
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