sexta-feira, 22 de junho de 2012

EURO 2012 | Alemanha 4-2 Grécia


Esta noite, na PGE Arena, em Gdansk, a Alemanha derrotou a Grécia por 4-2, apurando-se assim para as meias-finais do EURO 2012, onde defrontará o vencedor do encontro entre Itália e Inglaterra. Lahm, Khedira, Klose e Reus marcaram para os alemães, e Samaras e Salpingidis (g.p.) para os gregos.



Eis a constituição das equipas:


Alemanha






Os germânicos foram líderes do Grupo B, tendo feito o pleno: três vitórias em três jogos, nove pontos conquistados! Portugal (1-0), Holanda (2-1) e Dinamarca (2-1) foram as vítimas da “Mannschaft”.
Mario Gómez (Bayern Munique, 3), Podolski (Colónia) e Lars Bender (Bayer Leverkusen) foram os marcadores.




Grécia






Os helénicos ficaram em 2º no Grupo A, atrás da República Checa, mas à frente da Rússia e da Polónia, fruto de uma vitória (1-0 aos russos), um empate (1-1 com os polacos) e uma derrota (1-2 diante dos checos).
Salpingidis (PAOK), Gekas (Samsunspor) e Karagounis (Panathinaikos) apontaram os tentos dos gregos.
Avraam Papadopoulos está lesionado, e Karagounis e Holebas castigados.




A Alemanha entrou muito forte no encontro. Já a Grécia, ao contrário do que já nos habituou, mostrava alguns “buracos” defensivos.



Sem Karagounis, os helénicos apresentaram um trio de centro-campistas de características defensivas (Makos, Katsouranis e Maniatis), subindo um de cada vez para uma posição mais adiantada, na faixa central, sem ser de esperar grandes desequilíbrios ofensivamente por parte destes três.



Os gregos conseguirem diminuir a intensidade da partida e colocar em prática a sua estratégia.



23’ Reus tabelou com Klose e serviu Özil, que atirou para defesa de Sifakis.



24’ O guardião helénico negou o golo a Reus.



25’ Novamente o médio do Borussia M’Gladbach em evidência, rematando para fora.



36’ Özil, com bola, arrastou consigo alguns jogadores contrários, e serviu Khedira que obrigou Sifakis a intervenção apertada.



39’ Özil, com um passe longo pelo ar, assistiu Philipp Lahm que dominou no peito, ganhando na recepção a Torosidis, e rematou, ainda de fora da área para o fundo das redes.






45+2’ Schürrle, efectuou uma diagonal da esquerda para o meio e chutou de pé direito, ainda de longe, às malhas laterais.



Ao intervalo, Fernando Santos trocou Ninis e Tzavelas por Gekas e Fotakis.
Gekas foi para o eixo do ataque, Fotakis para a posição “10”, Salpingidis passou para extremo-direito, Torosidis para lateral-esquerdo e Maniatis para lateral-direito.



A Grécia, nesta fase, insistia num jogo directo, em passe longo, para as costas da defesa germânica.



55’ Numa transição rápida, Fotakis desmarcou Salpingidis, que progrediu pela direita aproveitando o espaço concedido por Lahm, e cruzou rasteiro para o segundo poste onde Samaras se antecipou a Boateng e empatou a partida.






61’ Após cruzamento de Boateng pela direita, Khedira apareceu de trás e atacou o espaço de Maniatis, e voltou a dar vantagem à Alemanha.






67’ Schürrle cedeu o seu lugar a Thomas Müller.



68’ Na sequência de um livre lateral cobrado por Özil, Klose ganhou nas alturas a Kyriakos Papadopoulos e a Sifakis e cabeceou para o 3-1.






71’ Liberopoulos rendeu Makos.



74’ O guardião grego evitou inicialmente o golo a Klose, na recarga Marco Reus marcou mais um para os alemães.






80’ Mario Gómez e Götze substituíram Klose e Reus.



88’ Boateng cortou com o braço um remate de Torosidis e foi assinalada uma grande penalidade, que Salpingidis converteu em golo.






Sem mais ocorrências até ao último apito, a Alemanha confirmou uma vitória que lhe valeu mais uma vez a passagem às meias-finais, onde defrontará Itália ou Inglaterra.
Os germânicos entraram com um ritmo forte, expondo alguns “buracos” na defesa grega, no entanto, com o passar do tempo, a estratégia helénica moldou-se ao adversário, e com três médios de cobertura, os comandados por Fernando Santos apresentaram um “autocarro” à frente da sua defesa, que só conseguia ser contornado com algumas combinações bastante rápidas dos alemães.
De vez em quando, timidamente, a Grécia foi saindo para o contra-ataque, sem criar grande perigo e o revés surgiu quando Lahm, com um belo remate de fora da área, deu vantagem à “Mannschaft”.
No segundo tempo, com o mais ofensivo Fotakis no meio-campo, os helénicos até chegaram a empatar, mas pouco depois Khedira fuzilou Sifakis e fez o 2-1. A partir daí, não foi preciso muito tempo para o terceiro e quarto tento da Alemanha aparecer. Quando já estava tudo resolvido, Salpingidis ainda reduziu de grande penalidade.



Analisando os atletas em campo, começando pelos da Alemanha…
Neuer até nem teve muito trabalho, apenas efectuou uma intervenção complicada, Boateng fez a assistência para o 2-1, mas deixou-se antecipar no 1-1 e cometeu o “penalty” do 4-2, Hummels e Badstuber impuseram o seu físico perante os atacantes contrários, e Lahm marcou um grande golo, mas deixou fugir Salpingidis no tento do empate.
Khedira, com mais liberdade para subir do que habitualmente tem no Real Madrid, entrou com muita potência na área adversária para marcar o 2-1, e Schweinsteiger, que se deu a conhecer como extremo e posteriormente como “10”, foi até o elemento mais posicional do duplo “pivot” defensivo alemão.
Reus marcou e criou desequilíbrios, Schürrle foi activo na esquerda, procurando por diversas vezes diagonais, e Mesut Özil foi o homem do jogo, participando nos quatro golos da sua equipa.
Klose também adicionou o seu nome à lista de marcadores.
Müller e Götze não trouxeram a sua influência para a partida, e Gómez, com poucos minutos, não conseguiu descolar de Mandzukic, Dzagoev e Ronaldo da lista de melhores artilheiros da competição.



Quanto aos jogadores da Grécia…
Sifakis mostrou-se inseguro, parecendo mal batido no 1-0 e no 3-1.
Torosidis falhou na antecipação a Lahm no primeiro golo encaixado, Papadopoulos perdeu na disputa a área com Klose no terceiro tento, Papastathopoulos foi o mais regular da linha defensiva e Tzavelas teve algumas dificuldades perante Reus.
O trio de médios-defensivos composto por Makos, Katsouranis e Maniatis povoaram a zona à frente da defesa, mostrando no entanto pouca capacidade para sair para o ataque.
Ninis esteve apagado mas ainda assim teve nos pés o remate grego mais perigoso do primeiro tempo, Samaras marcou o golo da experiência, e Salpingidis fez a assistência para o tento do empate e ainda facturou de grande penalidade.
Fotakis deu algo próximo àquilo que é habitual ver em Karagounis, Gekas trouxe mais alguma dinâmica no ataque e Liberopoulos não entrou a tempo de mudar nada.


1 comentário:

  1. Caro David, acrescentei seu Blog à minha lista no Blog do Marcão. Aproveito para parabenizá-lo pelo seu excelente trabalho. Forte abraço, Marcos

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