Liga dos Campeões | Barcelona 3-1 AC Milan

Esta noite, em Camp Nou, o Barcelona venceu o AC Milan por 3-1 e carimbou assim a passagem às meias-finais da Liga dos Campeões. Messi por duas vezes, ambas de grande penalidade, e Iniesta marcaram para os catalães, e Nocerino para os milaneses.

Eis a constituição das equipas:

Barcelona

Entre o jogo da semana passada em Milão (0-0), e este na Catalunha, o Barcelona recebeu e venceu o Athletic Bilbao por 2-0 a contar para a Liga Espanhola.

AC Milan

Entre estes encontros, os “rossoneri” foram a Catania empatar (1-1).

Alexandre Pato está de regresso aos convocados, após ausência por lesão, ao contrário de Van Bommel que continua de fora.

As duas equipas entraram com vontade de marcar, mas a primeira oportunidade surgiu para o Barcelona. Daniel Alves cruzou para Cesc Fàbregas que amorteceu para Lionel Messi que atirou ao lado.

Aos 10’, o astro argentino foi derrubado na área por Antonini e foi assinalada uma grande penalidade que o próprio converteu em golo.

Os “blaugrana” continuavam a controlar a partida, bem ao seu estilo, com pressão muito alta e grande percentagem de posse de bola, ainda assim, pouco depois da meia hora, Zlatan Ibrahimovic isolou Nocerino que perante Valdés empatou o jogo.

Após o tento da igualdade, Xavi de fora da área obrigou Abbiati a defesa complicada.

Aos 39’, na marcação de um canto a favorecer os catalães, Alessandro Nesta puxou Busquets na área e foi assinalado novo “penalty”, que foi mais uma vez convertido em golo por Messi, curiosamente, numa altura em que o Milan até estava a embalar no encontro, após ter conseguido o empate.

O confronto entre estes dois gigantes europeus foi para intervalo com um 2-1 favorável aos campeões espanhóis, e após o reatamento, Xavi de livre directo quase marcava, mas o esférico saiu ao lado.

Com oito minutos disputados na segunda parte, Messi progrediu pelo terreno, Mexès interceptou o seu remate mas no ressalto a bola acabou por sobrar para Iniesta que em boa posição alargou a vantagem para os “culé”.

Á passagem da hora de jogo, Massimo Allegri trocou Clarence Seedorf por Aquilani, e Pep Guardiola, Xavi por Thiago Alcântara.

Aos 68’, o melhor jogador do planeta por três ocasiões desmarcou o seu recém-entrado colega que fugiu da marcação de Ambrosini e na cara de Abbiati atirou ao lado.

Após esta situação, Boateng deu lugar a Alexandre Pato.

Tocado, Gerard Piqué saiu e entrou Adriano, passando Puyol para central.

Fàbregas também foi substituído, por Seydou Keita.

Pato ressentiu-se da lesão e obrigou o seu treinador a retirá-lo de campo, entrando Maxi López.

Perto dos descontos, Mascherano de trivela isolou Adriano que rematou para fora.

O resultado manteve-se até ao fim e acabou por ser um triunfo justo e que se tornou tranquilo para o Barcelona, ainda que beneficiando de duas grandes penalidades que originaram os dois golos que desbloquearam o resultado, primeiro a do 1-0, e depois a do 2-1.

Ainda assim, foi um encontro típico dos “blaugrana”, posse de bola na casa dos 60%, circulação do esférico no meio-campo do adversário com todos os homens mais adiantados a apresentarem muita mobilidade, pressão muito alta que dificultava o início da construção do Milan e praticamente não permitia que estes chegassem até perto da sua área.

Os italianos apenas se soltaram entre os 25’ e os 35’, período no qual conseguiram até igualar a partida e partir para o ataque de uma forma mais moralizada, mas o segundo “penalty” foi um duro golpe para o Milan e o 3-1 foi a machadada final, os campeões de Itália mal conseguiram reagir e o triunfo dos catalães desenhou-se com tranquilidade.

Analisando os atletas em campo, começando pelos do Barcelona…

Valdés sofreu um golo das poucas vezes que foi mais que um mero espectador na partida, Daniel Alves foi importante no apoio ao ataque, atuando praticamente como extremo-direito, Piqué e Mascherano tiveram uma noite maioritariamente tranquila a nível de jogo jogado, ainda que o espanhol se tenha lesionado e o argentino se tenha envolvido num atrito com Boateng, e Puyol foi como um terceiro central, mais à esquerda.

Busquets segurou o meio-campo, Xavi comandou o “tiki-taka” e Iniesta fez o golo que matou a partida.

Cuenca até nem brilhou muito, Messi marcou por duas vezes, ainda que de grande penalidade, e é dessa forma o melhor marcador de sempre da Liga dos Campeões numa só edição com 14 tentos, e ainda fez uma assistência, e Fàbregas foi sempre uma dor de cabeça para os defesas milaneses, alinhando como falso ponta-de-lança, movimentando-se para o flanco esquerdo e direito, confundido as marcações.

Thiago veio refrescar o meio-campo, Keita trouxe mais segurança defensiva e Adriano entrou para render o lesionado Piqué, jogando a lateral-esquerdo e tendo uma oportunidade para marcar já na reta final.

Quanto aos milaneses…

Abbiati quase defendeu o primeiro “penalty”, não teve culpa nos golos encaixados e não foi por ele que a equipa perdeu.

Abate esteve sempre colado aos centrais, e Mexès, Nesta e Antonini cometeram os seus deslizes, o primeiro perdeu a bola no lance que vinha a dar na primeira grande penalidade, cometida pelo último, e o segundo fez a falta que originou o 2-1.

Ambrosini correu muito tempo atrás da bola, recuperando-a algumas vezes, mas face às intermináveis movimentações dos homens do Barça, recorreu à falta por diversas ocasiões. Nocerino marcou o golo que deu alguma esperança, Seedorf foi lento a pensar e a executar e Boateng não conseguiu desequilibrar e teve de se dedicar até a tarefas defensivas.

Robinho esteve apagado e Ibrahimovic provou ser o elemento com mais-valia técnica no conjunto orientado por Massimo Allegri, fazendo a assistência para o 1-1.

Pato regressou após lesão e voltou a lesionar-se, e Aquilani e Maxi López pouco acrescentaram.