sábado, 7 de abril de 2012

III Divisão | GD Fabril 2-0 Redondense



Esta tarde, no Estádio Alfredo da Silva, o GD Fabril venceu o Redondense por 2-0, numa partida a contar para a 3ª jornada do “Play-Off” de despromoção da III Divisão – Série F. Ruben Guerreiro marcou os golos do encontro.



Eis a constituição das equipas:

GD Fabril



Depois de ter vencido o Lagoa no passado domingo, o conjunto orientado por Ricardo Cravo subiu à liderança do “Play-Off” de despromoção da Série F, estando cinco pontos acima da linha de água.


Redondense



A formação do Redondo ocupa um dos lugares de despromoção da Série F, está em 5º, a sete pontos do Lagoa que é o primeiro clube acima da linha de água, e está em muitos maus lençóis para conseguir a permanência.
O Redondense não vence há quatro jogos e não marca há dois, e na primeira jornada deste “Play-Off” até consentiu a primeira vitória do Despertar em 23 partidas que a formação de Beja disputou.
Manuel do Carmo, com passagem na 1ª Divisão pelo Vitória de Setúbal entre 1998 e 2000, é o atleta com maior currículo.


O início de jogo foi algo morno e com o equilíbrio como nota dominante.

9’ Após insistência pelo flanco esquerdo, Ju furou pelos defesas e assistiu Catarino que cabeceou por cima.

13’ Num lance de contra-ataque, Leonel Levi progrediu pela direita e serviu Kelvin que no coração da área atirou para fora.

35’ Farrapa quase marcou de canto direto, com Manuel do Carmo e Roberto a falharem a emenda à boca da baliza.

A toada morna e equilibrada manteve-se até ao intervalo.

46’ Logo a abrir a segunda parte, quando ainda muitos dos adeptos se voltavam a sentar nas bancadas, Carlos André pela direita cruzou para o primeiro poste onde Ruben Guerreiro de cabeça deu vantagem aos fabrilistas.

50’ Na sequência de um livre lateral do lado esquerdo cobrado por Bruno Cruz para o interior da área, Ruben Guerreiro bisou na partida, novamente com um cabeceamento para o fundo das redes.

A partir do 2-0, o jogo ficou algo partido, com o Redondense a fazer um “forcing” para tentar reduzir a desvantagem, mas sem que o Fabril abdicasse de atacar.

56’ Após má saída de Ruben Luís, foi Pina de cabeça a evitar que a bola entrasse na sua baliza. Segundos depois, o guardião fabrilista redimiu-se e com os pés negou o golo a Kelvin, num lance confuso dentro da área do conjunto orientado por Ricardo Cravo.

63’ Paulo Sousa mexeu na equipa e retirou Luís Curado e Loukima, colocando Aricson e Adilson Pascoal, passando os extremos Leonel Levi e Farrapa para médios de contensão, Manuel do Carmo e Kelvin para as alas, e Aricson atrás do ponta de lança que agora era Adilson Pascoal, dando assim maior poder ofensivo à formação alentejana.

73’ Manuel do Carmo desviou um cruzamento de Aricson pela direita, mas não conseguiu dar a melhor direção à bola e esta passou ao lado do alvo.

78’ Finalmente o técnico da turma barreirense fez uma alteração, trocando Ju por Márcio Diéb.

83’ Mais uma vez com o objetivo de refrescar o ataque e dar minutos a alguns dos seus mais jovens jogadores, Ricardo Cravo fez entrar Danilo Serrano, saindo Ruben Guerreiro, que foi ovacionado pelos dois golos que marcou.

90’ Numa bela jogada individual pelo flanco direito, o recém-entrado Danilo Serrano entrou na área e rematou para defesa de Rui Panaça. Na recarga, Diéb acertou na trave.

90+2’ Mais um bom lance do jovem extremo fabrilista, desta vez a fletir da esquerda para o meio, assistindo Catarino que em boa posição e sem oposição de defesas atirou para fora.

Sem mais ocorrências até ao final, o Fabril levou de vencida a partida.
A primeira parte teve um ritmo ainda mais baixo que o habitual nestas divisões, sem muitas oportunidades de golo, com os homens da casa a tentarem sobretudo chegarem á área adversária em ataque organizado e os forasteiros em transições rápidas, sobretudo pelo flanco direito.
No segundo tempo, Ruben Guerreiro resolveu para os fabrilistas, ao bisar de cabeça ainda nos primeiros cinco minutos. A partir daí, o Redondense foi mais perigoso, quase marcando por algumas ocasiões, e com alguma sorte à mistura, Rúben Luís e o seu sector defensivo foram negando o golo à formação alentejana. Só nos descontos, com Danilo Serrano em foco, é que os orientados por Ricardo Cravo voltaram a ter oportunidades para ampliar a vantagem.

Analisando os atletas, começando pelos do Fabril…
Rúben Luís ficou mal na fotografia em algumas saídas a cruzamentos, mas acabou por não sofrer golos. Carlos André fez a assistência para o 1-0, Pina esteve sempre melhor que Adérito no eixo defensivo, negando um tento dos alentejanos quando o seu guarda-redes já nem estava na baliza, e Paulo Letras acabou por ter muito trabalho, dado sobretudo por Leonel Levi e Manuel do Carmo, já que o Redondense preferiu sempre atacar por esse lado.
Nuno Jorge esteve bem a destruir jogo mas não conseguiu construir da mesma forma, David Maside oscilou entre bons e maus momentos e Bruno Cruz foi quem pegou no jogo, indo buscar a bola em terrenos muito recuados para iniciar o ataque, e distribuindo com qualidade o esférico para os colegas, chegando mesmo a ter alguma nota artística com passes de calcanhar e cobrou o livre do 2-0.
Ju lutou muito pelos flancos mas nem sempre deu a melhor sequência aos lances, Ruben Guerreiro na primeira parte deu nas vistas só por ter os calções em baixo, mas na segunda resolveu o jogo com dois golos de cabeça, e Catarino não conseguiu marcar e adicionar mais um golo à sua conta pessoal.
Márcio Diéb refrescou o ataque, trouxe velocidade e ainda acertou na trave, mas mal entrou em campo sofreu uma entrada dura que o limitou por alguns instantes. Danilo Serrano agitou com a partida nos minutos finais, proporcionando à sua equipa oportunidades para ampliar a vantagem.

Quanto aos jogadores do Redondense…
Rui Panaça até nem teve que efetuar muitas defesas complicadas e o sector defensivo que parecia sólido pelas poucas ocasiões de golo concedidas acabou por se mostrar permeável no jogo aéreo.
Loukima foi uma presença possante no meio-campo, Luís Curado esteve mais discreto, Leonel Levi mostrou boa colocação de bola, Manuel do Carmo foi provavelmente o elemento que mais deu que fazer aos defesas contrários, por ser dos mais evoluídos tecnicamente e pela sua experiência, e Farrapa deu nas vistas apenas pela braçadeira de capitão, pois a formação do Redondo procurou sempre mais o flanco direito.
Kelvin falhou algumas oportunidades.
Aricson trouxe mais dinâmica ao processo ofensivo, com trocas de bola mais rápidas e certeiras, e Adilson Pascoal foi inconsequente.


Com este resultado, fica assim disposta a classificação do “Play-Off” de despromoção da III Divisão – Série F:

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