domingo, 19 de fevereiro de 2012

Liga ZON Sagres | Sporting 1-0 Paços de Ferreira



O Sporting venceu esta noite o Paços de Ferreira em Alvalade por 1-0, com um auto-golo de Ricardo, num jogo a contar para a Liga ZON Sagres que ficou marcado pela estreia de Sá Pinto no banco de Alvalade.



Eis a constituição das equipas:

Sporting



Este será o primeiro jogo de Ricardo Sá Pinto em Alvalade, e uma das suas características parece ser a motivação que incute nos jogadores, e talvez devido a isso, o técnico leonino convocou todo o plantel, mesmo Jeffren e Diego Capel que estão lesionados, e Rodríguez que tem treinado com limitações.
Na primeira volta, o Sporting iniciou frente ao Paços de Ferreira uma grande série de vitórias consecutivas e por isso há a expectativa de se voltar a ver o mesmo nesta fase da temporada.


Paços de Ferreira



Há poucas jornadas os pacenses pareciam condenados à despromoção, ocupando o último lugar por várias semanas, no entanto, com a entrada de Henrique Calisto para treinador, os castores somam três vitórias nos últimos três jogos e actualmente ocupam uma posição mais tranquila (12º).
Os habituais titulares Tony e Javier Cohene foram alvo de intervenções cirúrgicas aos joelhos e vão ficar afastados da competição por cerca de dois meses, e Michel Lugo falhará este encontro também devido a uma microrrotura.


Nos minutos iniciais, o principal aspecto de interesse foi a colocação de Schaars mais próximo de Wolfswinkel, parecendo por vezes que os atletas do Sporting estavam geometricamente distribuídos em 4-2-3-1, com Rinaudo e Elias a formarem um duplo pivot defensivo.
Ainda assim, apesar dessa lacuna de jogos anteriores ser colmatada (é um facto que o Wolfswinkel tem andado mais desapoiado e desaparecido), o Paços de Ferreira fechou bem os espaços e devido à longa distância entre o portador da bola e as suas linhas de passe, foi muito difícil à formação leonina chegar aos últimos 30 metros.

A primeira ocasião de golo até foi para o conjunto pacense quando à passagem do quarto de hora de jogo Michel apareceu isolado mas atirou ao lado.

Aos 36’, na sequência de um livre marcado junto à área do lado esquerdo por Schaars, Cássio na tentativa de socar a bola atirou-a contra Ricardo e o esférico acabou por entrar na baliza pacense, fazendo-se o primeiro golo em Alvalade.

O primeiro tempo terminou com melhor resultado do que exibição para os leões, que devido à falta de soluções em termos de linhas de passe e de confiança para tentar algo mais arrojado, foi trocando a bola preferencialmente para o lado e para trás.

O Sporting continuou com o seu futebol pouco atraente e foi o Paços o primeiro a causar perigo na segunda parte, quando um cruzamento tenso de Luisinho pela esquerda encontrou Manuel José ao segundo poste, no entanto, o remate do extremo português esbateu em Rui Patrício.

Aos 68’, um cruzamento de Bruno Pereirinha (que tinha entrado para o lugar de Izmailov) embateu no braço de Ricardo e o árbitro entendeu marcar grande penalidade. Na conversão, Ricky Van Wolfswinkel permitiu a defesa de Cássio.

Minutos depois, Rui Patrício negou na mesma jogada por duas vezes o golo a Michel.

Perto dos 90’, André Santos (entrou para o lugar de Rinaudo, que apresentava queixas) tentou a sua sorte de longe mas a bola passou ao lado.

Até final, o resultado não sofreu alterações, e o Sporting conquistou assim a sua segunda vitória consecutiva em casa para a Liga ZON Sagres.
No início, notou-se que a formação leonina teve a preocupação de tentar entrar forte no jogo, no entanto, sem grande sucesso.
Depois, em termos de mudança em relação ao que se via com Domingos Paciência, foi visível o maior esforço para pressionar o adversário (quando este tem bola) logo na sua zona mais recuada, de forma a recuperar a bola o mais cedo possível, algo que dentro do possível foi feito durante todo o encontro, embora na recta final o cansaço não tenha permitido que essa pressão fosse executada com tanta intensidade, e também o posicionamento de Schaars muito mais próximo de Wolfswinkel, ficando Elias e Rinaudo em dados momentos a constituir um duplo pivot defensivo. Em termos negativos, notou-se uma ausência de um principio de jogo mais claro, os jogadores mais recuados da formação leonina tiveram imensas dificuldades em encontrar linhas de passe que permitissem que a equipa progredisse no terreno, escolhendo preferencialmente colocar o esférico para trás ou para o lado.
Apesar destas dificuldades, que foram constantes durante toda a partida, o Sporting teve a sorte de conseguir com alguma sorte um golo que lhe desse a vantagem, e mesmo continuando ao mesmo nível, o Paços de Ferreira subiu o bloco, apostou no contra-ataque e criou algumas oportunidades que poderiam ter ditado outro resultado.

Em termos individuais, do lado do conjunto orientado por Ricardo Sá Pinto, Rui Patrício esteve muito bem entre os postes.
João Pereira esteve ao seu nível, Polga foi importantíssimo ao cortar lances de ataque dos pacenses, Onyewu saiu mais cedo (tocado no joelho) e Daniel Carriço foi importante no golo obtido, no entanto, ficou na memória um lance em que foi ultrapassado com facilidade em velocidade por Melgarejo, e Insúa, com Schaars ocupando zonas mais interiores e sem Capel, não pode fazer as tabelas que tão bem fazia no inicio da época.
Rinaudo foi importante a recuperar bolas e a segurar a equipa mas acabou lesionado e foi substituído por André Santos que foi importante a dar imaginação à equipa no que concerne à facilidade de criar linhas de passe. Elias dedicou-se sobretudo a tarefas mais defensivas, e Schaars fez uma boa exibição numa zona próxima de “10”, no entanto, para alguém com a sua qualidade de passe mas sem um grande poder de drible, não é o jogador mais indicado para jogar em tal posição.
Izmailov optou sempre para terrenos mais interiores e foi dos mais criativos, Carrillo não agitou as águas como é costume mas é sempre um desequilibrador, Pereirinha deu uma profundidade ao flanco direito que o “czar” nunca conseguiu dar, e Wolfswinkel teve muito mais em jogo do que nas partidas anteriores, no entanto, nunca conseguiu o seu objectivo, marcar, nem de grande penalidade.

Quanto aos homens do Paços, é difícil destacar alguém quando se passa praticamente um jogo inteiro atrás da bola.
A equipa posicionou-se muito bem defensivamente até ao 1-0, e o próprio golo só surgiu de bola parada, num lance quase acidental, e mesmo depois, quando a formação pacense foi em busca do empate de uma forma algo sorrateira mas perigosa, nunca se desfez tacticamente.
Cássio falhou uma vez e isso bastou para se sofrer um golo, na linha defensiva Ricardo teve uma noite azarada com um tento na própria baliza e a cometer uma grande penalidade, e Luisinho, do lado esquerdo, nunca facilitou a vida a quem lhe apareceu pela frente, seja Carrillo, Izmailov ou João Pereira, e ainda apareceu em zona de ataque várias vezes para levar a bola para dentro da área.
Na frente, Michel falhou o golo por três vezes, revelando ineficácia, e apesar de apagado, Melgarejo teve um lance em que num piscar de olhos ultrapassou Daniel Carriço e só dentro da área foi travado por Polga, e Manuel José também esteve desaparecido do jogo.


Com este resultado, fica assim disposta a classificação da Liga ZON Sagres:

2 comentários:

  1. Boa noite.

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    Obrigado.
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    www.elraulino.blogspot.com

    Saludos desde España.

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