terça-feira, 9 de setembro de 2025

A minha primeira memória de… um jogo entre Argentina e Equador

Caicedo procura fugir à marcação de Garay em Quito
 
A seleção equatoriana vinha a fazer algo surpreendente no início do século XXI: conseguir apuramentos consecutivos para os Mundiais mesmo sem ter um conjunto alargado de futebolistas a jogar em contextos competitivos de topo. Antonio Valencia (Manchester United) era, de longe, o nome mais conceituado daquela que era, na altura, a 10.ª colocada no ranking FIFA.
 
Já a Argentina apresentava consistentemente o mesmo problema: excesso de opções para o ataque, escassez para a defesa. A grande estrela, Lionel Messi, até começou do banco. Gonzalo Higuaín estava castigado. Jogaram de início Banega, Di María, Agüero e Palacio e entrou, além de Messi, Lavezzi.
 
 
A resposta não tardou muito: na resposta a um livre cobrado pela esquerda por Ayoví, Castillo saltou mais alto que Federico Fernández e cabeceou para o fundo das redes. Estavam decorridos 17 minutos.
 
Nos 75 minutos que se seguiram, as situações de golo foram repartidas, com ligeira supremacia argentina. No entanto, até foram os equatorianos os mais ofensivos, sobretudo a expulsão de Mascherano, já nos minutos finais.
 
Numa crónica redigida para este blogue, salientei o “caudal ofensivo” e a dinâmica que inclua “uma dupla de avançados [Caicedo e Rojas] móveis”, “extremos [Valencia e Montero] muito desequilibradores” e “laterais [Paredes e Ayoví] que se envolviam no ataque”. “Aos argentinos, ia valendo a solidez defensiva oferecida pelo rigoroso 5x3x2, com três centrais que iam dando conta do recado em conjunto, embora ofensivamente a seleção celeste se valesse apenas das suas individualidades, já que coletivamente produzia pouco”, escrevi.
 
Individualmente, do lado equatoriano destaquei a “dupla de centrais sólida” composta por Guagua e Erazo, a versatilidade de Valencia a dar “verticalidade” e a fletir para o meio, o “extremo rapidíssimo, versátil e habilidoso, de movimentos verticais” Jefferson Montero e a capacidade de Caicedo para impor o físico, segurar e controlar bem a bola. Do lado argentino realcei o “irrepreensível” Garay e o “muito rematador” Di María.








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