União de Leiria festejou quatro golos em Alverca em março de 2004 |
A minha primeira memória de um
jogo entre União
de Leiria e Alverca
remonta precisamente ao último duelo entre ambos os clubes na I
Liga, a 21 de março de 2004. Não assisti ao encontro, mas recordo-me
perfeitamente de ficar algo surpreendido pelo resultado desnivelado e por um
grande golo – tinha a ideia, não sei porquê, que teria sido um pontapé de
bicicleta de Douala,
mas afinal foi uma bomba de Edson –, tendo assistido ao resumo da partida no
saudoso Domingo Desportivo da RTP 1.
Embora os leirienses
fossem presença assídua na primeira metade da tabela nas épocas anteriores e os
ribatejanos
tivessem o estatuto de recém-promovidos, os dois conjuntos partiram para a 27.ª
jornada com os mesmos 29 pontos – mais oito do que as primeiras equipas em zona
de despromoção.
Contudo, a superioridade da União
de Leiria de Vítor Pontes, que contava com Helton, Luís
Filipe, Tiago, Douala
e Hugo Almeida, ficou bem evidente em Alverca do Ribatejo.
O lateral-esquerdo brasileiro Edson
encheu o seu pé-canhão para fuzilar Yannick logo aos 12 minutos. Uma dúzia de
minutos depois, o supersónico Douala
recebeu um passe de Alhandra, passou por Marco Almeida como faca quente em
manteiga e rematou forte e rasteiro para o 0-2. Ainda antes do intervalo, os
irrequietos Edson e Douala
voltaram a estar em evidência, com o camaronês a servir o brasileiro para o
terceiro golo dos homens
da cidade do Lis (45’).
Ao intervalo José
Couceiro trocou Diogo e Vargas por Zé Rui e Zé Roberto, conseguindo chegar
ao golo de honra a meio do segundo tempo, por intermédio de Zé Rui, de cabeça,
na resposta a um cruzamento de Amoreirinha (67’).
Mais um golo colocaria os ribatejanos
na discussão do empate, mas quem voltou a marcar foi a União
de Leiria, através de um autogolo de Marco Almeida, na sequência de uma
arrancada de Douala
pela esquerda (84’).
“As equipas entraram em campo
igualadas na classificação, com a consciência de que o vencedor daria um passo
praticamente decisivo na fuga à despromoção. Era uma espécie de braço-de-ferro,
que os leirienses
fizeram questão de decidir bastante cedo, pois ao intervalo já a equipa
do Lis tinha praticamente garantida uma vitória que a deixa muito perto da
salvação matemática. Os leirienses
sufocaram o adversário com uma pressão demolidora logo desde os minutos
iniciais. Não era um braço-de-ferro, era um abraço... que de amigável tinha
muito pouco. Atordoado, o Alverca
sofreu muito cedo um golo que não valeu e logo de seguida um que ficou mesmo
registado no placard, num remate genial e preci(o)so de Edson. A União
de Leiria era a equipa mais forte, invulgarmente compacta, com os jogadores
muito perto uns dos outros e a defender bem longe da sua área”, resumiu o
jornal O Jogo.
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