domingo, 2 de abril de 2023

A minha primeira memória de… um jogo entre União de Leiria e Alverca

União de Leiria festejou quatro golos em Alverca em março de 2004
A minha primeira memória de um jogo entre União de Leiria e Alverca remonta precisamente ao último duelo entre ambos os clubes na I Liga, a 21 de março de 2004. Não assisti ao encontro, mas recordo-me perfeitamente de ficar algo surpreendido pelo resultado desnivelado e por um grande golo – tinha a ideia, não sei porquê, que teria sido um pontapé de bicicleta de Douala, mas afinal foi uma bomba de Edson –, tendo assistido ao resumo da partida no saudoso Domingo Desportivo da RTP 1.
 
Embora os leirienses fossem presença assídua na primeira metade da tabela nas épocas anteriores e os ribatejanos tivessem o estatuto de recém-promovidos, os dois conjuntos partiram para a 27.ª jornada com os mesmos 29 pontos – mais oito do que as primeiras equipas em zona de despromoção.
 
Contudo, a superioridade da União de Leiria de Vítor Pontes, que contava com Helton, Luís Filipe, Tiago, Douala e Hugo Almeida, ficou bem evidente em Alverca do Ribatejo.



 
O lateral-esquerdo brasileiro Edson encheu o seu pé-canhão para fuzilar Yannick logo aos 12 minutos. Uma dúzia de minutos depois, o supersónico Douala recebeu um passe de Alhandra, passou por Marco Almeida como faca quente em manteiga e rematou forte e rasteiro para o 0-2. Ainda antes do intervalo, os irrequietos Edson e Douala voltaram a estar em evidência, com o camaronês a servir o brasileiro para o terceiro golo dos homens da cidade do Lis (45’).
 
Ao intervalo José Couceiro trocou Diogo e Vargas por Zé Rui e Zé Roberto, conseguindo chegar ao golo de honra a meio do segundo tempo, por intermédio de Zé Rui, de cabeça, na resposta a um cruzamento de Amoreirinha (67’).
 
Mais um golo colocaria os ribatejanos na discussão do empate, mas quem voltou a marcar foi a União de Leiria, através de um autogolo de Marco Almeida, na sequência de uma arrancada de Douala pela esquerda (84’).
 
“As equipas entraram em campo igualadas na classificação, com a consciência de que o vencedor daria um passo praticamente decisivo na fuga à despromoção. Era uma espécie de braço-de-ferro, que os leirienses fizeram questão de decidir bastante cedo, pois ao intervalo já a equipa do Lis tinha praticamente garantida uma vitória que a deixa muito perto da salvação matemática. Os leirienses sufocaram o adversário com uma pressão demolidora logo desde os minutos iniciais. Não era um braço-de-ferro, era um abraço... que de amigável tinha muito pouco. Atordoado, o Alverca sofreu muito cedo um golo que não valeu e logo de seguida um que ficou mesmo registado no placard, num remate genial e preci(o)so de Edson. A União de Leiria era a equipa mais forte, invulgarmente compacta, com os jogadores muito perto uns dos outros e a defender bem longe da sua área”, resumiu o jornal O Jogo.
 







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