Marco Paulo e Léo Lima em disputa de bola no Restelo |
Já via futebol há
alguns anos, mas o primeiro jogo de que tenho memória entre as duas
equipas remonta a 28 de agosto de 2004, quando se defrontaram no jogo
inaugural do campeonato de 2004-05. Lembro-me de, nesse dia, ter lido
um jornal desportivo na praia em que absorvi algumas informações
sobre as caras novas dos dois plantéis.
Um dos nomes que logo
retive foi o do central Rolando, um jovem oriundo da formação dos
azuis
do Restelo que se ia estrear na equipa principal, às ordens de
Carlos Carvalhal, que na época anterior tinha promovido o Vitória
de Setúbal à I Liga. O regressado lateral Cabral (ex-Benfica),
o lateral brasileiro Amaral (ex-Leixões), o central/lateral esquerdo
Cristiano (ex-Benfica), o médio ofensivo Zé Pedro (ex-Vitória
de Setúbal), o médio ofensivo brasileiro Juninho Petrolina
(ex-Beira-Mar) e o avançado internacional sub-21 português Lourenço
(ex-Sporting), eram outras das caras novas em Belém,
juntando-se a jogadores como o guarda-redes brasileiro Marco Aurélio
e o central luso-cabo-verdiano Pelé, o jovem central Gonçalo
Brandão, o médio defensivo sueco Anders Andersson, o jovem médio
Rúben
Amorim, os médios Marco Paulo e Tuck, o médio ofensivo
internacional português Neca, o extremo Eliseu e o avançado gabonês
Henri Antchouet, que continuavam no clube.
No Marítimo de Manuel
Cajuda, na terceira época no clube, reforços como o central Tonel
(ex-Académica), o lateral direito brasileiro Ferreira (ex-Gil
Vicente), o médio ofensivo Silas (ex-Wolverhampton), o extremo
Luís Filipe (ex-União
de Leiria) e o extremo brasileiro Manduca (ex-Paços de Ferreira)
juntavam-se a outros como o guarda-redes brasileiro Marcos, o central
holandês Mitchell van der Gaag, os laterais madeirenses Briguel e
Eusébio, os médios defensivos Zeca, Bino e Chaínho, os médios
brasileiros Wênio e Léo Lima ou o extremo brasileiro Alan, que
transitaram da época anterior.
Relativamente ao jogo em
si, o Belenenses
venceu de forma convincente por 3-0. O estreante Rolando, a três
dias de completar 19 anos, inaugurou o marcador aos 24 minutos, ao
saltar mais alto do que toda a gente no coração da área
maritimista e cabecear para o fundo das redes, na resposta a um canto
apontado no lado direito pelo canhoto Zé Pedro.
Á beira do intervalo,
Juninho Petrolina lançou Antchouet em profundidade e o gabonês,
isolado pela esquerda, rematou de primeira para o interior da baliza
de Marcos. Antchouet, refira-se, tinha acabado de reencontrar Carlos
Carvalhal no Restelo,
depois de ter trabalhado com ele no Leixões.
E para fechar o
resultado, Lourenço apontou o terceiro aos 62 minutos, na conversão
de uma grande penalidade a castigar falta de Mitchell van der Gaag
sobre Juninho Petrolina.
“Há Petrolina no
Restelo.
O Belenenses
e o Marítimo deram o pontapé de saída na SuperLiga, com a vitória
a sorrir por números largos aos lisboetas, que continuam com motivos
para aspirar a uma temporada em tudo diferente da anterior”,
começou por resumir o jornal O Jogo, rendido à exibição de
Juninho Petrolina.
“Os adeptos do
Belenenses
quase já não têm dedos para contar o número de vitórias da
equipa desde o início da pré-temporada. Às 10 obtidas em jogos de
preparação, juntou-se mais uma, esta a valer pontos. Os comandados
de Carlos Carvalhal, que também debutou no escalão maior do futebol
cá do burgo, deram uma sequência lógica aos bons resultados
obtidos na fase dos ensaios e provaram como esta equipa nada tem a
ver com aquele conjunto soturno do ano passado, que só a muito custo
conseguiu manter-se na SuperLiga”, podia ler-se no arranque da
crónica.
Nesse mesmo dia, à
noite, o Sporting venceu em casa o Gil Vicente por 3-2, naquele que
foi o segundo jogo do campeonato nessa temporada.
E dias depois, foi
conhecido o despedimento de Manuel Cajuda. Sim, logo após a 1.ª
jornada.
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