Há treinadores que privilegiam a
presença de um ou dois calmeirões à frente da defesa, como o caso do Vitória de
Setúbal de Lito Vidigal, que não abdica de Mikel
e Semedo.
Outros preferem um jogador com mais qualidade na construção de jogo, como os
que têm lançado Eustáquio no Desportivo de Chaves ao longo do último ano.
Mas no Paços de Ferreira, Vítor
Oliveira tem a possibilidade de somar os dois perfis… num só futebolista. Falamos
de Mohamed Diaby – irmão de Abou Diaby (ex-Arsenal) -, médio francês de 22 anos
que é simultaneamente uma viga de 1,88 m e um exímio construtor e transportador
de jogo.
O trinco pacense não exibe
precisão de passe apenas na circulação de bola no próprio meio-campo, ou seja,
nos passes lateralizados ou recuados. Não. Diaby dá um importante contributo na
verticalização do jogo dos castores.
Sempre à procura de fazer a
equipa progredir no terreno, preferencialmente através do passe, também sabe
galgar metros com a bola dominada, fazendo valer o físico, a técnica e a
serenidade para tomar as melhores decisões mesmo quando tem os adversários a
morder-lhe os calcanhares.
Depois, aí sim, entra a tal
vertente atlética, que o ajuda a proteger a bola, a fazer valer os centímetros no
jogo aéreo e a agilidade em cada bola dividida, mostrando grande capacidade de
desarme e de interceção de passes. É daqueles que destrói para construir, não
para atirar a bola para longe ou pela linha lateral.
Por ser um “dois em um”, ser
ainda um jovem e estar a evidenciar-se num Paços de Ferreira que joga bem e
lidera a II Liga, será certamente um jogador a ter em conta para os principais
clubes do país. A dar o salto, seria o culminar de um trajeto que se iniciou
nos Açores, primeiro no Santa Clara e depois no Sp. Ideal, e que passou
posteriormente pela equipa B dos castores antes da afirmação no conjunto
principal.
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