Figo foge a Rui Jorge no regresso ao Estádio de Alvalade |
2000. Mais uma vez o ano 2000. É
a esse já longínquo ano que remontam as minhas primeiras memórias de uma Supertaça
Cândido de Oliveira, de uma Supertaça
Europeia, de um dérbi
entre Sporting e Benfica e também de um jogo da Liga dos Campeões.
Na edição de 2000/01, o campeão
Sporting era o único representante português na fase de grupos, uma vez que o
vice-campeão FC Porto tinha caído na 3.ª pré-eliminatória ante os belgas do
Anderlecht. Quis o destino que os leões arrancassem com uma receção ao campeão
europeu Real Madrid, reforçado com Luís Figo e que um mês antes tinha jogado em
Alvalade um jogo de pré-época.
No confronto amigável, a 9 de
agosto, a formação então orientada por Augusto Inácio venceu por 2-1, com um
golo de André Cruz de livre direto (17 minutos) e outro de Acosta (35’), ambos
na primeira parte, enquanto Roberto Carlos reduziu para os merengues no início da segunda (52’).
No duelo a valer, a 12 de
setembro, eu que começava a ver futebol nessa altura até fiquei com razões para
acreditar que haviam jogos iguais ou, pelo menos, muito parecidos. Tudo isto
porque o Sporting também chegou ao intervalo a vencer por 2-0, com golos de
Ricardo Sá Pinto (39’), que tal como Beto foi apontado como possível reforço do
Real Madrid nesse defeso, e de André Cruz… de livre direto (42’). Na baliza dos
espanhóis, tal como no jogo do mês anterior, estava um jovem chamado Iker
Casillas.
No início da segunda parte, cinco
minutos após o reatamento, Roberto Carlos empata de livre direto. Com o
resultado em 2-1, o encontro estava uma autêntica fotocópia do da pré-temporada.
No entanto, o desfecho não se
repetiu, para mal dos pecados da equipa portuguesa. Rui Jorge, a tentar
intercetar um remate de Raúl, acabou por introduzir a bola na própria baliza
(76’), deixando a partida empatada.
O início do Sporting nessa edição
da Liga dos Campeões não deixou de ser prometedor. Afinal, era o Real Madrid
que estava do outro lado. Os jogos seguintes, porém, foram uma autêntica
desilusão para a turma de Alvalade: quatro derrotas seguidas, ante Bayer
Leverkusen (2-3 fora), Spartak Moscovo (1-3 fora e 0-3 em casa) e Real Madrid
(0-4 no Santiago Bernabéu); e um empate a zero na despedida, em Lisboa, frente
aos alemães.
Os seis encontros foram
transmitidos em sinal aberto pela RTP 1, que na altura transmitia um jogo por
jornada da I Liga e da Champions, todas as partidas oficiais e de caráter
particular das seleções nacionais AA e sub-21 e o semanal Domingo Desportivo.
E para o caro leitor, qual foi o primeiro jogo da Liga dos Campeões de que tem memória? E quais foram os melhores e mais marcantes jogos de sempre da prova?
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