Esta noite, no Estádio Governador
Magalhães Pinto, em
Belo Horizonte , o Brasil derrotou o Uruguai por 2-1, nas
meias-finais da Taça das Confederações 2013. Fred e Paulinho marcaram para a
seleção canarinha, e Cavani para a celeste.
Eis a constituição das equipas:
Brasil
O Brasil já não
perde com o Uruguai desde 1 de Julho de 2001, na altura no apuramento para o
Mundial 2002.
O escrete surge
nas meias-finais após ter terminado na liderança o Grupo A da Taça das
Confederações, com três vitórias em três jogos, diante de Japão (3-0), México
(2-0) e Itália (4-2).
Neymar (3), Fred
(2), Jô (2), Dante e Paulinho apontaram os golos da canarinha na competição.
Uruguai
A seleção celeste ocupa o 19º lugar no Ranking FIFA e é detentora da
Copa America.
Na fase de grupos, conseguiram duas vitórias (2-1 à Nigéria e 8-0 ao
Taiti) e perderam por uma ocasião (1-2 frente à Espanha).
Abel Hernández (4), Luis Suárez (3), Diego Forlán, Diego Lugano,
Nicolás Lodeiro e Diego Pérez marcaram os golos do Uruguai na Taça das
Confederações.
Maxi Pereira (Benfica) integra os convocados.
Cronómetro:
Primeiros dez minutos de jogo praticamente jogados no meio-campo
brasileiro, ainda que o Uruguai não tenha criado ocasiões de golo.
Em processo defensivo, o Uruguai dispunha-se em 4x1x4x1, com Cavani e
Suárez a fecharem os corredores laterais.
Brasil com grande dificuldade em chegar ao último terço.
Intervalo.
90+1’
Saiu Neymar, entrou Dante.
Sem mais ocorrências até final, confirmou-se o triunfo brasileiro.
Análise:
Contrariando o favoritismo brasileiro, o Uruguai foi dono e senhor do
jogo durante quase toda a primeira parte. A seleção celeste jogou no meio-campo
contrário e conseguiu impedir que a canarinha conseguisse ligar o seu jogo, apostando
num sistema táctico bastante versátil. Tão depressa parecia 4x3x3 como 4x3x1x2
ou até 4x5x1, dependendo do momento, defendendo de forma bastante densa no seu
meio-campo, não deixando espaço para o adversário jogar.
Ainda assim, numa das poucas vezes que o Brasil chegou ao último terço
na primeira parte, conseguiu marcar: passe longo para a velocidade de Neymar, e
este a meias com Muslera colocou a bola em Fred que com um golpe de karaté inaugurou o marcador.
O segundo tempo foi mais equilibrado, até porque o Uruguai teve de
arriscar mais e não foi tão rigoroso do ponto de vista defensivo, conseguindo
colher frutos com um golo de Cavani, restabelecendo a igualdade.
A partir daí o jogo atravessou uma fase menos conseguida, longe das
balizas e com pouco discernimento de parte a parte, fazendo-se adivinhar o
prolongamento. O 2-1, a
aparecer para que lado fosse, seria de bola parada, e foi mesmo por essa via
que o escrete carimbou o tento da vitória: canto de Neymar, e cabeceamento ao
segundo poste de Paulinho para o fundo das redes.
Analisando os atletas em campo, começando pelos do Brasil…
Júlio César (QPR) defendeu um penalty ainda no primeiro quarto de hora;
Daniel Alves (Barcelona) não foi tão ofensivo
como costuma ser pelo Barcelona, mas apontou uma exibição consistente; Thiago
Silva (Paris SG) foi infeliz no corte incompleto que colocou a bola
nos pés de Cavani, no lance do 1-1; David Luiz (Chelsea) cometeu
uma grande penalidade, ao fazer falta sobre Lugano; e Marcelo
(Real Madrid) deu profundidade ao seu flanco, mas foi mais lento a reagir do
que Cavani, na jogada do golo uruguaio;
Luiz Gustavo (Bayern Munique) foi importante nas
tarefas de cobertura; Paulinho (Corinthians) sentiu
bastantes dificuldades em construir jogo, e apesar da prestação menos
conseguida, apontou o golo decisivo; e Oscar (Chelsea) não
fez uma exibição entusiasmante, mas foi extremamente eficiente como playmaker;
Neymar (Barcelona) foi bastante influente no 1-0, aparecendo em velocidade
pela área uruguaia e assistindo Fred, tento também cobrado o canto que deu
origem ao 2-1; Hulk (Zenit) esteve apagado; e Fred
(Fluminense) inaugurou o marcador com um grande golpe de karaté;
Bernard (Atlético Mineiro) entusiasmou as bancadas com a sua criatividade, apesar
da baixa estatura; Hernanes (Lazio) trouxe mais organização, mas não foi
muito rápido a executar; e Dante (Bayern Munique) entrou para queimar
algum tempo e reforçar a sua equipa do ponto de vista físico.
Quanto aos jogadores do Uruguai…
Muslera
(Galatasaray) exibiu segurança, bom posicionamento e reflexos apurados;
Maxi Pereira
(Benfica) deixou fugir Neymar, no lance do 1-0; Lugano (Málaga) esteve
impecável e conquistou uma grande penalidade, ao sofrer falta de David Luiz; Godín
(Atlético Madrid) apontou uma grande exibição; e Cáceres (Juventus) foi
assertivo, no entanto, não conseguiu acompanhar a elevação de Paulinho no 2-1;
Arévalo Rios
(Palermo) é um médio robusto e combativo, mas sem grande habilidade técnica; Álvaro
González (Lazio) lutou mais do que jogou, no miolo uruguaio, e saiu
lesionado já na reta final; e Cristián Rodríguez (Atlético Madrid)
defensivamente fechava na zona central, mas a atacar aparecia praticamente como
um extremo no flanco esquerdo;
Cavani (Nápoles)
e Luis Suárez (Liverpool) fizeram um jogo muito desgastante, com claras
responsabilidades defensivas, em fecharem os corredores laterais durante todo o
comprimento do terreno de jogo, e ofensivamente com o dever de serem dois dos
jogadores mais interventivos, tendo o atacante do Nápoles, muito elegante,
apontado o 1-1; e Forlán (Internacional) desperdiçou um penalty;
Gargano (Inter)
pouco acrescentou, limitando-se a render o lesionado Álvaro González a
meio-campo.
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