quarta-feira, 26 de junho de 2013

Taça das Confederações 2013 | Brasil 2-1 Uruguai

fifa.com
Esta noite, no Estádio Governador Magalhães Pinto, em Belo Horizonte, o Brasil derrotou o Uruguai por 2-1, nas meias-finais da Taça das Confederações 2013. Fred e Paulinho marcaram para a seleção canarinha, e Cavani para a celeste.
                                      

Eis a constituição das equipas:


Brasil


O Brasil já não perde com o Uruguai desde 1 de Julho de 2001, na altura no apuramento para o Mundial 2002.
O escrete surge nas meias-finais após ter terminado na liderança o Grupo A da Taça das Confederações, com três vitórias em três jogos, diante de Japão (3-0), México (2-0) e Itália (4-2).
Neymar (3), Fred (2), Jô (2), Dante e Paulinho apontaram os golos da canarinha na competição.


Uruguai


A seleção celeste ocupa o 19º lugar no Ranking FIFA e é detentora da Copa America.
Na fase de grupos, conseguiram duas vitórias (2-1 à Nigéria e 8-0 ao Taiti) e perderam por uma ocasião (1-2 frente à Espanha).
Abel Hernández (4), Luis Suárez (3), Diego Forlán, Diego Lugano, Nicolás Lodeiro e Diego Pérez marcaram os golos do Uruguai na Taça das Confederações.
Maxi Pereira (Benfica) integra os convocados.


Cronómetro:

Primeiros dez minutos de jogo praticamente jogados no meio-campo brasileiro, ainda que o Uruguai não tenha criado ocasiões de golo.

13’ Na sequência de um canto favorável à seleção celeste, David Luiz derrubou Lugano na área canarinha, e foi assinalada uma grande penalidade na qual Júlio César defendeu o remate de Forlán.


17’ Oscar atirou para fora.

Em processo defensivo, o Uruguai dispunha-se em 4x1x4x1, com Cavani e Suárez a fecharem os corredores laterais.

24’ Com Júlio César fora da baliza, e no seguimento de um lançamento lateral, Cristián Rodríguez cabeceou à malha superior.

30’ Forlán, com um grande remate de pé esquerdo, não acertou na baliza.

Brasil com grande dificuldade em chegar ao último terço.

41’ Na sequência de uma aceleração e passe atrasado de Neymar, Fred inaugurou o marcador.


Intervalo.

48’ Depois de alguma confusão na área brasileira, Cavani restabeleceu o empate.


57’ Hulk, de livre direto, obrigou Muslera a uma defesa para canto.

64’ Bernard rendeu Hulk.

66’ Na resposta a um livre lateral cobrado por Forlán, Suárez cabeceou por cima.

73’ Hernanes entrou para o lugar de Óscar.

83’ Óscar Tabárez trocou Álvaro González por Gargano.

86’ No seguimento de um canto cobrado por Neymar, Paulinho cabeceou ao segundo poste para o fundo das redes.


90+1’ Saiu Neymar, entrou Dante.

Sem mais ocorrências até final, confirmou-se o triunfo brasileiro.


Análise:

Contrariando o favoritismo brasileiro, o Uruguai foi dono e senhor do jogo durante quase toda a primeira parte. A seleção celeste jogou no meio-campo contrário e conseguiu impedir que a canarinha conseguisse ligar o seu jogo, apostando num sistema táctico bastante versátil. Tão depressa parecia 4x3x3 como 4x3x1x2 ou até 4x5x1, dependendo do momento, defendendo de forma bastante densa no seu meio-campo, não deixando espaço para o adversário jogar.
Ainda assim, numa das poucas vezes que o Brasil chegou ao último terço na primeira parte, conseguiu marcar: passe longo para a velocidade de Neymar, e este a meias com Muslera colocou a bola em Fred que com um golpe de karaté inaugurou o marcador.
O segundo tempo foi mais equilibrado, até porque o Uruguai teve de arriscar mais e não foi tão rigoroso do ponto de vista defensivo, conseguindo colher frutos com um golo de Cavani, restabelecendo a igualdade.
A partir daí o jogo atravessou uma fase menos conseguida, longe das balizas e com pouco discernimento de parte a parte, fazendo-se adivinhar o prolongamento. O 2-1, a aparecer para que lado fosse, seria de bola parada, e foi mesmo por essa via que o escrete carimbou o tento da vitória: canto de Neymar, e cabeceamento ao segundo poste de Paulinho para o fundo das redes.


Analisando os atletas em campo, começando pelos do Brasil
Júlio César  (QPR) defendeu um penalty ainda no primeiro quarto de hora;
Daniel Alves  (Barcelona) não foi tão ofensivo como costuma ser pelo Barcelona, mas apontou uma exibição consistente;  Thiago Silva  (Paris SG) foi infeliz no corte incompleto que colocou a bola nos pés de Cavani, no lance do 1-1; David Luiz  (Chelsea) cometeu uma grande penalidade, ao fazer falta sobre Lugano; e Marcelo  (Real Madrid) deu profundidade ao seu flanco, mas foi mais lento a reagir do que Cavani, na jogada do golo uruguaio;
Luiz Gustavo  (Bayern Munique) foi importante nas tarefas de cobertura;  Paulinho  (Corinthians) sentiu bastantes dificuldades em construir jogo, e apesar da prestação menos conseguida, apontou o golo decisivo; e Oscar  (Chelsea) não fez uma exibição entusiasmante, mas foi extremamente eficiente como playmaker;
Neymar  (Barcelona) foi bastante influente no 1-0, aparecendo em velocidade pela área uruguaia e assistindo Fred, tento também cobrado o canto que deu origem ao 2-1;  Hulk  (Zenit) esteve apagado; e Fred  (Fluminense) inaugurou o marcador com um grande golpe de karaté;
Bernard (Atlético Mineiro) entusiasmou as bancadas com a sua criatividade, apesar da baixa estatura; Hernanes (Lazio) trouxe mais organização, mas não foi muito rápido a executar; e Dante (Bayern Munique) entrou para queimar algum tempo e reforçar a sua equipa do ponto de vista físico.


Quanto aos jogadores do Uruguai
Muslera (Galatasaray) exibiu segurança, bom posicionamento e reflexos apurados;
Maxi Pereira (Benfica) deixou fugir Neymar, no lance do 1-0; Lugano (Málaga) esteve impecável e conquistou uma grande penalidade, ao sofrer falta de David Luiz; Godín (Atlético Madrid) apontou uma grande exibição; e Cáceres (Juventus) foi assertivo, no entanto, não conseguiu acompanhar a elevação de Paulinho no 2-1;
Arévalo Rios (Palermo) é um médio robusto e combativo, mas sem grande habilidade técnica; Álvaro González (Lazio) lutou mais do que jogou, no miolo uruguaio, e saiu lesionado já na reta final; e Cristián Rodríguez (Atlético Madrid) defensivamente fechava na zona central, mas a atacar aparecia praticamente como um extremo no flanco esquerdo;
Cavani (Nápoles) e Luis Suárez (Liverpool) fizeram um jogo muito desgastante, com claras responsabilidades defensivas, em fecharem os corredores laterais durante todo o comprimento do terreno de jogo, e ofensivamente com o dever de serem dois dos jogadores mais interventivos, tendo o atacante do Nápoles, muito elegante, apontado o 1-1; e Forlán (Internacional) desperdiçou um penalty;
Gargano (Inter) pouco acrescentou, limitando-se a render o lesionado Álvaro González a meio-campo.

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