No último domingo, à tarde, no Estádio da Medideira, no
Seixal, Amora e Fabril empataram a dois golos, num jogo a contar para a 4ª
jornada da III Divisão – Série E. Bruno Martinho (2, ambos de grande
penalidade) marcou para os azuis, e Paulo Letras e Catarino para os verdes.
Eis a constituição das equipas:
Amora
O Amora não começou bem o campeonato,
tendo somado apenas um ponto nas três partidas já disputadas, ocupando por isso
os últimos lugares da tabela, algo esperado, até porque subiram de divisão
através de um convite para ocupar vagas em aberto.
Na Taça de Portugal, o conjunto agora
orientado por José Meireles foi goleado pelo Limianos (0-4).
GD Fabril
Os
fabrilistas procuram manter-se no grupo dos primeiros classificados, já que
ocupa o 2º lugar juntamente com outras três equipas, todas com sete pontos.
No
primeiro jogo fora esta época, procurarão repetir o resultado de 2007/08, no
qual venceram (0-1).
2’ Marinheiro (salvo erro) cortou um cruzamento
de Ju com o braço, e foi assinalada uma grande penalidade que Bruno Martinho converteu
em golo.
O relvado
da Medideira apresentava-se muito mal tratada, havendo zonas em que parecia mesmo
um pelado, outras em que a bola circulava de forma irregular, umas vezes com velocidade
a mais, outras aos saltos ou a prender no piso.
12’ Num livre favorável ao Fabril, Bruno Cruz
deu um pequeno toque para Paulo Letras que atirou para o fundo das redes.
14’ Catarino,
do meio da rua, chutou por cima.
Os fabrilistas,
embalados com o golo do empate, estavam a atravessar uma boa fase no encontro.
34’ Com um remate à entrada da área, Catarino
deu vantagem à sua equipa pela primeira vez no jogo.
45+1’ Miguel
Pimenta serviu Francisco Cunha, que não acertou na baliza.
Ao intervalo,
José Meireles trocou Zé João por Semedo.
No Fabril,
Bruno Cruz e Rui Martinho cederam os seus lugares a Mário Jorge e Bolinhas.
56’ Semedo
atirou ao lado.
57’ Catarino
foi substituído por Luis Costa.
64’ David
Rodrigues entrou para o lugar de Sampaio.
Por esta
altura, notava-se uma clara desvantagem a nível de porte físico para o Fabril, que
com jogadores mais baixos, perdia muitas bolas divididas num terreno difícil para
a prática do futebol, num período em que o Amora procurava incansavelmente o empate.
76’ Jorge
Monteiro substituiu Miguel Lorete.
82’ Nuno Jorge cortou um lance com o braço dentro
da sua área, e foi assinalada mais uma grande penalidade, que mais uma vez, Bruno
Martinho converteu com sucesso.
87’ Numa
fase em que o jogo já estava muito partido, Ruben Luis negou o golo a Carlitos.
Sem mais
ocorrências até final, confirmou-se o empate a dois nesta partida.
Num relvado
já conhecido de há muito a esta parte na Margem Sul como um autêntico batatal, difícil
para a prática do futebol, mas bom local para o campismo, a partida teve mais luta
física do que técnica, já que era muito complicado o acerto nos passes, correr com
bola e colocação dos remates.
Logo nos
minutos iniciais, o Amora beneficiou de uma grande penalidade algo duvidosa, na
qual o árbitro assinalou uma mão na bola de um jogador do Fabril, e aí os homens
da casa adiantaram-se no marcador.
A partir
daí, notou-se uma melhor preparação física e capacidade técnica nos fabrilistas,
que foram para cima do adversário, e conseguiram primeiro chegar à igualdade e posteriormente
à vantagem, ainda antes do intervalo.
Para o segundo
tempo, Conhé fez estranhamente uma dupla alteração ao intervalo, e realizou a terceira
substituição ainda antes da hora de jogo, e se Rui Martinho até nem estava a fazer
uma exibição muito positiva, Bruno Cruz e Catarino davam à equipa alguma capacidade
para segurar a bola, experiência e altura, algo que poderia ser importante para
enfrentar os mais possantes adversários. No entanto, o que aconteceu foi a entrada
de três jogadores que baixos, que reduziram a capacidade física à equipa, sobretudo
quando a formação do Barreiro estava a sentir dificuldades em sair para o ataque,
e perdia praticamente todas as primeiras bolas e ressaltos, e foi com alguma normalidade
que o “forcing” do Amora desse os seus frutos já na reta final, ainda que de grande
penalidade, chegando ao empate.
Analisando
os atletas em campo, começando pelos do Amora…
Ricardo
Pereira pareceu mal batido no 1-2;
Barata trocou
de flanco após o intervalo; Tó Loureiro foi o patrão da defesa; Alex não comprometeu;
e Daniel Nhaga é alto, e no segundo tempo deixou o lado esquerdo da defesa para
se posicionar no meio-campo;
Sampaio
foi o centro-campista mais posicional; Bruno Martinho bisou de grande penalidade,
foi lançado como médio mas depois atuou como ponta-de-lança; e Zé João não fez um
jogo muito conseguido;
Ju, rápido
e forte nos lançamentos laterais, conseguiu ganhar, em parte, o primeiro “penalty”;
Carlitos teve nos pés uma oportunidade para fazer o 3-2, num jogo em que não se
conseguiu impor; e Miguel Lorete na segunda parte passou para lateral-direito;
Semedo entrou
para o miolo; David Rodrigues é possante, pouco agressivo e pouco versátil tecnicamente;
e Jorge Monteiro ainda agitou e ajudou a uma reta final muito interessante.
Quanto
aos jogadores do GD Fabril…
Ruben Luis
não teve culpa nos tentos encaixados, os dois de “penalty”, e ainda negou o 3-2
já nos últimos minutos;
Carlos André
atacou com segurança; Rui Correia esteve muito concentrado; Marinheiro cometeu a
primeira grande penalidade (salvo erro); e Paulo Letras marcou um grande golo;
Nuno Jorge
revelou-se forte a ganhar as primeiras bolas mas fez a falta que originou o 2-2;
Miguel Pimenta mostrou muito empenho como já é hábito; e Bruno Cruz deu um pequeno
toque para o remate de Letras, no 1-1;
Rui Martinho
expôs algumas carências táticas, sendo frequentemente chamado à atenção pelos colegas;
Francisco Cunha foi perdulário; e Catarino também adicionou o seu nome à lista de
marcadores;
Mário Jorge
não se deu muito bem num período em que a luta física sobrepôs-se à técnica; Bolinhas
entrou para explorar os contra-ataques, mas a equipa encolheu-se demasiado na segunda
parte; e Luís Costa é rápido mas acrescentou pouco.
Com
este resultado, ficou assim disposta a classificação da III Divisão – Série E:
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