Esta tarde, no Estádio Alfredo da Silva, no Barreiro, o GD Fabril goleou o Peniche por 5-1, num jogo a contar para a 3ª jornada da III Divisão – Série E. Emanuel Caneco inaugurou o marcador para os penichenses, mas Paulo Letras, Francisco Cunha, Catarino (2) e Miguel Pimenta fizeram a reviravolta para os fabrilistas.
Eis a constituição das equipas:
GD Fabril
Os fabrilistas ainda só jogaram em casa
este campeonato, tendo somado para já uma vitória sobre o SL Cartaxo (3-0) e um
empate diante do rival Barreirense (1-1), estando no extenso grupo de equipas
que tem quatro pontos.
Rúben Guerreiro, Bolinhas e Danilo Serrano
são as principais ausências, provavelmente todas por lesão.
Peniche
A
formação orientada por Vasco Oliveira é constituída por um plantel muito jovem,
que na 1ª jornada foi goleado pelo Sacavenense (2-7) e depois concedeu um
empate caseiro perante o Amora (0-0).
A
equipa da AF Leiria procura vingar-se das derrotas pesadas na edição de 1960/61
da Taça de Portugal (1-5 tanto no Barreiro como em Peniche, dando um agregado
de 2-10).
1’ Emanuel Caneco, num cruzamento/remate,
acabou por marcar.
5’ Paulo Letras, também num
cruzamento/remate, repôs a igualdade. Ficou a dúvida nas bancadas se Catarino
teria ou não desviado a bola para a baliza.
O início
de jogo estava a ser muito estranho, com dois golos caricatos, e que
praticamente foram a fotocópia um do outro.
7’ Rui
Martinho combinou com Paulo Letras e atirou para defesa de Alemão.
13’
Emanuel Caneco obrigou Rúben Luís a aplicar-se.
14’ Na
sequência de um canto cobrado por Luís Pinto, Emanuel Caneco á entrada da área
acertou no poste.
16’
Bruno Vitorino tentou o chapéu ao guarda-redes fabrilista, mas saiu-lhe por
cima do alvo.
23’
Bruno Cruz tabelou com Catarino, e posteriormente cruzou para Cunha, que de
cabeça deu vantagem à sua equipa.
32’
Carlos André cruzou pela direita, Ricardo Pereira falhou o alívio e a bola
sobrou para Catarino que chutou para defesa de Alemão.
42’ Na
resposta a um canto cobrado por Rui Martinho, Catarino amorteceu de cabeça para
Rui Correia rematar por cima.
45+2’ Em mais um cruzamento de Carlos André,
os centrais falharam na interceção e o “Kattagol”, de primeira, fez o 3-1.
Ao
intervalo, Motinha rendeu João Rosado.
Apesar
do susto inicial, o Fabril conseguiu a reviravolta, até o 3-1 e parecia
caminhar para uma segunda parte tranquila e de satisfação para os seus adeptos.
51’ Após um bom lance individual pela
direita, Francisco Cunha fez um passe atrasado para Miguel Pimenta que rematou
fortíssimo para o fundo das redes.
52’ Rui
Martinho chutou para fora.
A
estratégia de jogo direto do Peniche já não tinha resultado na primeira parte,
e também não estava a ter efeitos na segunda, porque praticamente os
fabrilistas ganhavam todas as primeiras bolas.
57’ No
seguimento de um livre lateral de Paulo Letras, Rui Correia cabeceou por cima.
Nuno
Jorge foi substituído por Luis Conceição.
59’ Na resposta a um cruzamento de Bruno Cruz
pela esquerda, Catarino cabeceou para o 5-1.
60’
Bruno Veríssimo cedeu o seu lugar a Abel.
63’
Conhé trocou Bruno Cruz por Mário Jorge.
66’
Carlos André foi substituído por Fábio Freitas.
72’
Saiu Luís Pinto, entrou Rui Costa.
76’ Na
sequência de um lançamento lateral de Paulo Letras, Rui Martinho atirou de
muito longe e sem oposição às malhas laterais.
83’
Rúben Sancheira rematou para fora.
88’
Paulo Letras, em mais um cruzamento/remate, acertou na trave.
Sem
mais ocorrências até final, confirmou-se um triunfo gordo da formação
barreirense, que continua sem perder no campeonato.
Os
jogadores do Fabril, talvez subestimando o adversário, num lance logo no início
da partida não o abordaram com a agressividade necessária e permitiram que
Emanuel Caneco, de uma forma talvez involuntária, tivesse dado vantagem ao
conjunto da AF Leiria.
No entanto,
a resposta não se fez tardar e poucos minutos depois, num lance idêntico ao do golo
do Peniche, os fabrilistas igualaram a partida por intermédio de Paulo Letras.
Depois assistiu-se
a um período equilibrado, em que os penichenses estiveram perto de marcar, mas acabou
mesmo por ser os da casa a chegar ao 2-1, e a partir daí, a construir uma vitória
folegada, que só terminou em “chapa cinco”, perto da hora de jogo.
Os últimos
trinta minutos foram de alguma descontração, nos quais o momento mais célebre até
foi uma queda do juiz da partida.
Analisando
os atletas em campo, começando pelos do GD Fabril…
Ruben
Luís pareceu mal posicionado no golo dos visitantes, mas fez algumas intervenções
de qualidade, embora tenha sido praticamente um espectador na segunda parte;
Carlos
André deixou Emanuel Caneco sozinho no lance do 0-1, mas redimiu-se com o
cruzamento para o 3-1; Rui Correia e Marinheiro ganharam a esmagadora maioria
dos lances que disputaram; e Paulo Letras marcou um grande golo, no entanto,
ficou a dúvida se queria realmente rematar ou cruzar;
Nuno
Jorge ganhou muitas primeiras bolas sem oposição, revelando bom posicionamento;
Miguel Pimenta, sempre empenhadíssimo, colocou o seu nome na lista dos
marcadores; e Bruno Cruz tem qualidade técnica e inteligência que fazem a
diferença, e neste jogo fez duas assistências e desenhou muitos outros lances
coletivos de qualidade, no entanto, saiu com algumas queixas físicas;
Francisco
Cunha estreou-se a marcar com a camisola do Fabril, aparecendo muitas vezes
perto do ponta-de-lança, na zona central, apesar de ter atuado sobretudo pela
direita, e ainda fez o passe para o 4-1; Rui Martinho não tremeu com a
titularidade, mostrou ser habilidoso e participou em boas combinações com os
colegas; e Catarino bisou, tendo apontado dois golos à ponta-de-lança e ainda
foi muito influente na construção do 2-1;
Luis
Conceição deu a entender com a sua exibição que é alguém a ter em conta na luta
por um lugar no meio-campo defensivo; Mário Jorge esteve a bom nível, embora o
ritmo e o discernimento de companheiros e adversários já não fosse o mesmo,
devido à diferença de golos que existia quando foi lançado; e Fábio Freitas
entrou com imensa vontade de mostrar serviço, mas teve poucas ocasiões para se
exibir.
Quanto
aos jogadores do Peniche…
Alemão não
mostrou ser muito seguro, mas também não teve grandes responsabilidades nos golos;
O
quarteto defensivo composto por Ricardo Pereira, Rui Roque, Edilson Silva e
Jonathan revelou-se muito frágil, acusando alguma inexperiência no que concerne
ao posicionamento para ganhar bolas divididas, intercetar passes e ocupar
espaços, entre outros aspetos;
Luís
Pinto e Rúben Sancheira deram muito espaço especialmente a Bruno Cruz, o organizador
fabrilista; e Bruno Veríssimo foi o médio que se aproximou mais do ponta-de-lança;
João
Rosado é possante, mas nem assim ganhou as chamadas primeiras bolas; Emanuel
Caneco apontou um belo golo, no qual também ficou a dúvida se queria cruzar ou
remate, mas mostrou um bom pé esquerdo e que é muito provavelmente o melhor
jogador da sua equipa; e Bruno Vitorino nunca esteve em evidência;
Motinha
deu nas vistas pela sua pequena estatura física, mas tal como Rui Costa e Abel,
pouco acrescentaram;
Com
este resultado, ficou assim disposta a classificação da III Divisão – Série E:
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