domingo, 30 de setembro de 2012

III Divisão | GD Fabril 5-1 Peniche


Esta tarde, no Estádio Alfredo da Silva, no Barreiro, o GD Fabril goleou o Peniche por 5-1, num jogo a contar para a 3ª jornada da III Divisão – Série E. Emanuel Caneco inaugurou o marcador para os penichenses, mas Paulo Letras, Francisco Cunha, Catarino (2) e Miguel Pimenta fizeram a reviravolta para os fabrilistas.


Eis a constituição das equipas:

GD Fabril


Os fabrilistas ainda só jogaram em casa este campeonato, tendo somado para já uma vitória sobre o SL Cartaxo (3-0) e um empate diante do rival Barreirense (1-1), estando no extenso grupo de equipas que tem quatro pontos.
Rúben Guerreiro, Bolinhas e Danilo Serrano são as principais ausências, provavelmente todas por lesão.


Peniche


A formação orientada por Vasco Oliveira é constituída por um plantel muito jovem, que na 1ª jornada foi goleado pelo Sacavenense (2-7) e depois concedeu um empate caseiro perante o Amora (0-0).
A equipa da AF Leiria procura vingar-se das derrotas pesadas na edição de 1960/61 da Taça de Portugal (1-5 tanto no Barreiro como em Peniche, dando um agregado de 2-10).


1’ Emanuel Caneco, num cruzamento/remate, acabou por marcar.

5’ Paulo Letras, também num cruzamento/remate, repôs a igualdade. Ficou a dúvida nas bancadas se Catarino teria ou não desviado a bola para a baliza.

O início de jogo estava a ser muito estranho, com dois golos caricatos, e que praticamente foram a fotocópia um do outro.

7’ Rui Martinho combinou com Paulo Letras e atirou para defesa de Alemão.

13’ Emanuel Caneco obrigou Rúben Luís a aplicar-se.

14’ Na sequência de um canto cobrado por Luís Pinto, Emanuel Caneco á entrada da área acertou no poste.

16’ Bruno Vitorino tentou o chapéu ao guarda-redes fabrilista, mas saiu-lhe por cima do alvo.

23’ Bruno Cruz tabelou com Catarino, e posteriormente cruzou para Cunha, que de cabeça deu vantagem à sua equipa.

32’ Carlos André cruzou pela direita, Ricardo Pereira falhou o alívio e a bola sobrou para Catarino que chutou para defesa de Alemão.

42’ Na resposta a um canto cobrado por Rui Martinho, Catarino amorteceu de cabeça para Rui Correia rematar por cima.

45+2’ Em mais um cruzamento de Carlos André, os centrais falharam na interceção e o “Kattagol”, de primeira, fez o 3-1.

Ao intervalo, Motinha rendeu João Rosado.

Apesar do susto inicial, o Fabril conseguiu a reviravolta, até o 3-1 e parecia caminhar para uma segunda parte tranquila e de satisfação para os seus adeptos.

51’ Após um bom lance individual pela direita, Francisco Cunha fez um passe atrasado para Miguel Pimenta que rematou fortíssimo para o fundo das redes.

52’ Rui Martinho chutou para fora.

A estratégia de jogo direto do Peniche já não tinha resultado na primeira parte, e também não estava a ter efeitos na segunda, porque praticamente os fabrilistas ganhavam todas as primeiras bolas.

57’ No seguimento de um livre lateral de Paulo Letras, Rui Correia cabeceou por cima.

Nuno Jorge foi substituído por Luis Conceição.

59’ Na resposta a um cruzamento de Bruno Cruz pela esquerda, Catarino cabeceou para o 5-1.

60’ Bruno Veríssimo cedeu o seu lugar a Abel.

63’ Conhé trocou Bruno Cruz por Mário Jorge.

66’ Carlos André foi substituído por Fábio Freitas.

72’ Saiu Luís Pinto, entrou Rui Costa.

76’ Na sequência de um lançamento lateral de Paulo Letras, Rui Martinho atirou de muito longe e sem oposição às malhas laterais.

83’ Rúben Sancheira rematou para fora.

88’ Paulo Letras, em mais um cruzamento/remate, acertou na trave.

Sem mais ocorrências até final, confirmou-se um triunfo gordo da formação barreirense, que continua sem perder no campeonato.
Os jogadores do Fabril, talvez subestimando o adversário, num lance logo no início da partida não o abordaram com a agressividade necessária e permitiram que Emanuel Caneco, de uma forma talvez involuntária, tivesse dado vantagem ao conjunto da AF Leiria.
No entanto, a resposta não se fez tardar e poucos minutos depois, num lance idêntico ao do golo do Peniche, os fabrilistas igualaram a partida por intermédio de Paulo Letras.
Depois assistiu-se a um período equilibrado, em que os penichenses estiveram perto de marcar, mas acabou mesmo por ser os da casa a chegar ao 2-1, e a partir daí, a construir uma vitória folegada, que só terminou em “chapa cinco”, perto da hora de jogo.
Os últimos trinta minutos foram de alguma descontração, nos quais o momento mais célebre até foi uma queda do juiz da partida.

Analisando os atletas em campo, começando pelos do GD Fabril…
Ruben Luís pareceu mal posicionado no golo dos visitantes, mas fez algumas intervenções de qualidade, embora tenha sido praticamente um espectador na segunda parte;
Carlos André deixou Emanuel Caneco sozinho no lance do 0-1, mas redimiu-se com o cruzamento para o 3-1; Rui Correia e Marinheiro ganharam a esmagadora maioria dos lances que disputaram; e Paulo Letras marcou um grande golo, no entanto, ficou a dúvida se queria realmente rematar ou cruzar;
Nuno Jorge ganhou muitas primeiras bolas sem oposição, revelando bom posicionamento; Miguel Pimenta, sempre empenhadíssimo, colocou o seu nome na lista dos marcadores; e Bruno Cruz tem qualidade técnica e inteligência que fazem a diferença, e neste jogo fez duas assistências e desenhou muitos outros lances coletivos de qualidade, no entanto, saiu com algumas queixas físicas;
Francisco Cunha estreou-se a marcar com a camisola do Fabril, aparecendo muitas vezes perto do ponta-de-lança, na zona central, apesar de ter atuado sobretudo pela direita, e ainda fez o passe para o 4-1; Rui Martinho não tremeu com a titularidade, mostrou ser habilidoso e participou em boas combinações com os colegas; e Catarino bisou, tendo apontado dois golos à ponta-de-lança e ainda foi muito influente na construção do 2-1;
Luis Conceição deu a entender com a sua exibição que é alguém a ter em conta na luta por um lugar no meio-campo defensivo; Mário Jorge esteve a bom nível, embora o ritmo e o discernimento de companheiros e adversários já não fosse o mesmo, devido à diferença de golos que existia quando foi lançado; e Fábio Freitas entrou com imensa vontade de mostrar serviço, mas teve poucas ocasiões para se exibir.

Quanto aos jogadores do Peniche…
Alemão não mostrou ser muito seguro, mas também não teve grandes responsabilidades nos golos;
O quarteto defensivo composto por Ricardo Pereira, Rui Roque, Edilson Silva e Jonathan revelou-se muito frágil, acusando alguma inexperiência no que concerne ao posicionamento para ganhar bolas divididas, intercetar passes e ocupar espaços, entre outros aspetos;
Luís Pinto e Rúben Sancheira deram muito espaço especialmente a Bruno Cruz, o organizador fabrilista; e Bruno Veríssimo foi o médio que se aproximou mais do ponta-de-lança;
João Rosado é possante, mas nem assim ganhou as chamadas primeiras bolas; Emanuel Caneco apontou um belo golo, no qual também ficou a dúvida se queria cruzar ou remate, mas mostrou um bom pé esquerdo e que é muito provavelmente o melhor jogador da sua equipa; e Bruno Vitorino nunca esteve em evidência;
Motinha deu nas vistas pela sua pequena estatura física, mas tal como Rui Costa e Abel, pouco acrescentaram;

Com este resultado, ficou assim disposta a classificação da III Divisão – Série E:


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