Esta noite, Sporting e FC Porto empataram a zero no Estádio José Alvalade, num jogo a contar para a Liga ZON Sagres.
Eis a constituição das equipas:
Sporting
Este será o primeiro clássico em Alvalade da “Era” Domingos Paciência, provavelmente o jogo de grau de dificuldade mais elevado dos que foram disputados esta temporada, e quem sabe, dos que faltam disputar.
Para este jogo, Jeffren regressa aos convocados, e Renato Neto também está na convocatória. Matías e Izmailov voltam a ser opção após terem já jogado em Vila do Conde durante a segunda parte. Xandão (ex-São Paulo) e Ribas (ex-Génova) ainda não podem jogar devido a ainda não estarem inscritos na Liga, já Rodríguez e Rinaudo continuam a recuperar de lesões.
Durante a semana, Schaars e Renato Neto foram apontados como possíveis titulares para a posição de trinco, o escolhido foi mesmo o brasileiro, com o holandês a jogar na sua posição habitual.
FC Porto
De fora dos convocados de Vítor Pereira para este jogo ficaram Fucile e Sapunaru por lesão, e Danilo, Iturbe, Guarín e Varela por opção.
A pressão para o FC Porto é enorme, pois para além de se tratar de um dos maiores clássicos do país, não podem deixar fugir o Benfica que no dia seguinte recebe a União de Leiria.
Para João Moutinho, ex-jogador leonino, espera-lhe uma recepção hostil por parte dos adeptos do Sporting após a saída do clube no Verão 2010, naquele que ficou conhecido como o Caso da Maçã Podre.
A grande novidade no onze dos dragões é Cristian Rodríguez.
O jogo começou equilibrado, com ligeiro ascendente para os campeões nacionais, que até criaram a primeira ocasião de perigo quando Maicon de cabeça, após canto de João Moutinho, obriga Rui Patrício a grande defesa, aos 12’.
O Sporting foi crescendo no jogo, criou desequilíbrios sobretudo em ataques rápidos mas pecou sempre pela sua conclusão, pois a bola perdia-se quando estava perto de se dar o último toque.
Aos 27’, da primeira vez que criou realmente algum perigo, na sequência de um pontapé de canto um cabeceamento de Anderson Polga foi travado por uma fantástica intervenção de Helton.
Para a segunda parte, ambas as equipas e os seus jogadores mostraram as suas intenções de vencer o jogo, Domingos apostou em Matías e Izmailov, Vítor Pereira em James e Kléber, as quatro alterações já no decorrer dos últimos 45 minutos, e apesar do Sporting se superiorizar-se ligeiramente, foi o FC Porto que marcou, aos 72’, por Hulk, mas o golo foi bem anulado por fora-de-jogo.
Três minutos depois, Izmailov isolou Wolfswinkel mas uma saída rápida de Helton evitou o golo.
Aos 83’, Matías tem um grande lance individual no lado esquerdo, consegue entrar na área, faz um cruzamento rasteiro atrasado, e o russo rematou para a baliza mas Álvaro Pereira em cima da linha de golo impediu o 1-0.
Perto dos descontos, James fez uma diagonal a partir do flanco esquerdo e rematou em força mas a bola saiu por cima.
O jogo lá acabou com o nulo, ambas as formações lutaram bastante, no entanto, pecaram na conclusão das suas jogadas, sobretudo o Sporting, não apenas em termos de finalização mas também no que concerne à organização dos seus ataques rápidos, uma das principais dificuldades que a equipa tem revelado na Era Domingos Paciência.
O Sporting mostrou ambição, vontade vencer um clássico e de dar um ar da sua graça no que diz respeito à luta pelo título. Como disse, notou-se uma dificuldade que esta equipa tem mostrado, a conclusão de ataques rápidos, uma competência que os leões terão que adquirir para serem ainda mais fortes.
Rui Patrício quando foi chamado a intervir esteve muito bem, João Pereira e especialmente Insúa estiveram muito bem, Polga cumpriu e Onyewu secou imensas vezes Hulk. Evaldo também esteve a bom nível.
Renato Neto fez um bom jogo, revelou capacidades, tem qualidade mas também muito que evoluir, mas há margem de progressão. Schaars e Elias fizeram um bom jogo, tal como Matías no tempo em que esteve em campo. Izmailov foi o mais dinâmico, criativo e explosivo e para mim foi mesmo o melhor da sua equipa, e a sua lesão gera preocupação.
Carrillo foi dinâmico como de costume mas revelou deficiência a concluir os tais ataques rápidos, Diego Capel não foi brilhante mas esteve bem e Wolfswinkel teve uma grande oportunidade, lutou mas voltou a não marcar.
Quanto ao FC Porto, entrou melhor, mostrou mais consistência, mais automatismos e mais maturidade, mas não conseguiu traduzir essa superioridade num resultado que lhe fosse vantajoso.
Helton fez excelentes intervenções, Maicon não fez notar a diferença de velocidade que tem para Capel, Rolando quase comprometeu por vezes mas acabou por cumprir, tal como Otamendi. Já Alvaro Pereira, defendeu e atacou muito bem como de costume, para mim o jogador com melhor desempenho nos dragões.
Fernando fez o seu papel, João Moutinho foi certinho mesmo sem grande brilhantismo, Belluschi esteve apagado e Defour não acrescentou muito ao jogo.
“O Incrível” Hulk mesmo ofuscado imensas vezes pelo “Capitão América” Onyewu foi sempre dos mais perigosos e inconformados, mas Cristian Rodríguez, Djalma e até James nunca conseguiram ser explosivos o suficiente para poder contribuir para um melhor resultado da sua equipa.
Com este empate, fica assim disposta a classificação provisória da Liga ZON Sagres:
Boas,
ResponderEliminarantes de mais o resultado é justo ... no que diz respeito ao FCP acho que nos falta calma ... posse e troca de bola, estivemos muito precipitados e queríamos chegar á baliza rapidamente ... temos que dosear ... pausar ... porque tinhamos equipa para ganhar ao scp.
No entanto o jogo e o resultado foi o que eu previa. Só temos agora é que continuar a evoluir e fundamentalmente a ter consciência que temos valor para ganhar a qualquer equipa como no ano passado.
um abraço
http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.com
Bom dia,
ResponderEliminarEsperava muito mais do FC Porto, e claro uma vitória.
Foi um mau jogo de futebol, muitos individualismos, e os defesas e guarda redes venceram os avançados sem dificuldade.
Um árbitro com um trabalho fraquinho quer técnicamente, quer disciplinarmente.
Muito mal VP no final com uma análise redutora do que foi o jogo. O FC Porto não empatou porque o Polga não foi expulso, empatamos sim, porque o barco ruma para onde a ambição do seu capitão quer que ele rume.
Faltou ambição, entramos muito a medo, e o individualismo de Hulk chegou a ser penoso para qualquer portista.
Destacaram-se individualmente os jogadores da nossa defesa e Fernando.
O melhor em campo foi Palito. O uruguaio galgou quilómetros e tantas vezes cruzou para o ponta de lança inexistente.
Para quando o ponta de lança que saiba responder a cruzamentos, que saiba jogar de costas para a baliza, rodar e tabelar com os médios que vem de trás.
Espero que o mercado feche rápido, para que se defina o plantel. É preciso concentração competitiva para atacar o título.
Hoje vamos por certo perder o primeiro lugar, mas a equipa não pode esmorecer, pois o empate em Alvalade acaba por não ser mau de todo.
Nota muito positiva para o civismo entre adeptos, grande festa em Alvalade.
Abraço e boa semana
Paulo