segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Três jogadores do Olímpico Montijo para as ligas profissionais terem em conta

Olímpico Montijo compete na Série D do Campeonato de Portugal
Não é por andar na primeira metade da tabela classificativa que o Olímpico Montijo não tem jogadores com potencial para chegar às ligas profissionais. Os aldeanos, refira-se, participam pela terceira época consecutiva no terceiro escalão do futebol português, tendo terminado a faz regular na 9.ª posição em 2017-18 e no 10.º posto em 2018-19, tendo realizado campeonatos tranquilos, longe de sobressaltos e simultaneamente afastado do sonho da subida à II Liga.


Agora, o emblema do distrito de Setúbal ocupa o 12.º lugar da Série D do Campeonato de Portugal e está muito mais perto da zona de despromoção (quatro pontos) do que dos lugares de acesso ao playoff (20), mas tem um plantel, a cargo de Paulo Jorge Bento, recheado de jovens valores, que a breve prazo poderão atingir outros patamares.

Possivelmente mais deverão atingir os campeonatos profissionais, mas deixamos aqui três sugestões de jogadores para os clubes da Primeira e da Segunda Liga terem em conta a breve prazo.

Branco
Comecemos pelo eixo da defesa, onde vai evoluindo Branco, na segunda época no Olímpico, desta vez por empréstimo dos franceses do Estrasburgo. Jogador de elevada estatura (1,87 m), mostra-se preparado para, aos 22 anos, experimentar desafios de maior dimensão. Muito sereno em campo, é bastante assertivo nas várias tarefas que se exige a um central que desempenhe: coordenação com a restante linha defensiva, o controlo da profundidade, a capacidade para se impor no jogo aéreo e, cada vez mais, a qualidade na saída de bola.
As ligas profissionais deverão ser o próximo passo de um percurso no futebol sénior que conta com passagens pelo Oeiras, os austríacos do SK Bischofshofen, Mafra, Atlético e Coruchense.


Miguel Pinéu
Continuando pelo setor mais recuado, passamos para o corredor direito, que tem tido como dono e senhor Miguel Pinéu. Bastante assertivo nas suas ações, embala bem pelo flanco e tem grande qualidade de receção de bola, conseguindo dominá-la com grande eficácia quando recebe um passe longo - não é assim tão comum no Campeonato de Portugal… –, o que permite uma solução segura quando a equipa opta por variar o centro do jogo. A precisão de passe a qualquer distância, até de pé esquerdo, é outra das valências desta lateral de 24 anos, que também se destaca pela rapidez com que recupera a posição após as subidas pelo corredor e pela agressividade defensiva.
Embora ainda seja um jovem, o Olímpico Montijo já é o 10.º (!) clube da carreira enquanto sénior, depois de aventuras na Naval, Alfarim, Fátima, Moura, Aljustrelense, Atlético, Pinhalnovense, Sacavenense e Amora, depois de um percurso nos escalões de formação igualmente marcado por muitas mudanças: Fernão Ferro, Escola António Pica, Belenenses, Corroios, Barreirense e Vitória de Setúbal. Tomara a carreira de Pinéu ter tanta estabilidade como a que ele oferece ao lado direito da sua defesa.


Rúben Ribeiro
Numa posição mais adiantada no terreno, mas ainda assim com experiência como lateral esquerdo, há Rúben Ribeiro. Em abono da verdade, este polivalente jogador pertence aos quadros do Belenenses SAD e até já jogou na II Liga ao serviço de Santa Clara, Sporting B e Desp. Aves, mas vai mostrando no Campo da Liberdade que tem qualidade para regressar a esses patamares.
Embora seja um lateral de raiz, tem atuado como extremo ao serviço do Olímpico Montijo e vai assumindo o papel de um dos principais desequilibradores da equipa. O treinador dá-lhe liberdade de movimentos e ele, aberto no flanco ou mais por dentro, vai exibindo toda a sua irreverência e qualidade técnica na condução de bola, drible e combinações com os companheiros.
Neste domingo, no terreno do Sintra Football, Paulo Jorge Bento colocou-o na ala esquerda num sistema de 4x4x2 e Rúben Ribeiro praticamente entregou o flanco ao lateral [Batista], aparecendo muitas vezes como um terceiro médio, a procurar a bola e a criar superioridade numérica em zonas interiores.
Aos 24 anos, poderá estar na temporada de afirmação, depois de um percurso pelas camadas jovens de Quinta do Conde, Barreirense, Amora, Vitória de Setúbal, Real Sociedad e Sporting e que, após três épocas na II Liga, tem sido passado no Campeonato de Portugal no dois últimos anos e meio: em 2017-18 no Sintrense e desde a temporada transata nos aldeanos.


Além destes, há que fazer menções honrosas a outros jovens valores como o guarda-redes Diogo Arreigota, rápido a sair de entre os postes; o central/médio defensivo Vumi Mpasi, que concilia porte físico (1,85 m) a uma considerável capacidade para sair a jogar; o médio defensivo Miranda, eficiente nas tarefas de cobertura, mas que também sabe fazer a bola rolar; o médio André Gomes, influente na construção de jogo; o capitão Marcelo, centrocampista com cultura tática e serenidade para atuar em qualquer posição do miolo; e o avançado Kenedy, forte fisicamente (1,90 m) e sempre à procura de atacar a profundidade.
























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