Num Atlético Mineiro que gosta de
progredir no terreno de pé para pé, fazendo uso de largura máxima e de todos os
setores, não há praticamente nenhum ataque que não passe pelos pés do extremo
Luan.
À direita ou à esquerda, o
baixinho alagoano (1,70 m) de 28 anos transforma-se no motor do time, aparecendo onde necessário para
dar apoio aos companheiros e ajudar a equipa a chegar aos últimos 30 metros.
Quando a bola está nos zagueiros e existe alguma dificuldade em
sair daquela zona, Luan baixa para dar uma solução de passe para prosseguir a
construção de jogo. Numa fase mais adiantada, quando o lateral direito Patric
(ex-Benfica) sobe pelo corredor, aparece por perto para promover tabelinhas e
combinações. Essa promoção de tabelinhas e combinações também é válida no jogo
interior, com homens como Elias (ex-Sporting) ou Cazares como principais
parceiros. E assim, saindo da posição de origem para ir criando situações de
superioridade numérica, permite que a equipa queime linhas e chegue à zona de
finalização. Sempre em alta rotação, muito irrequieto, também aparece no eixo
do ataque para apoiar Ricardo
Oliveira ou colmatar a ausência do avançado nesse espaço.
Toda esta caracterização pode levar
a pensar que Luan é um jogador que faz da intensidade o principal atributo, mas
é preciso não esquecer a qualidade técnica, a precisão de passe (mesmo a longa
distância) e a velocidade que o têm tornado num dos principais
desequilibradores do Galo desde 2013.
Depois de mais de 250 jogos, uma
Libertadores (2013) e uma Copa do Brasil (2014) conquistadas ao serviço do
clube, Luan surge no início desta temporada como uma das principais figuras de
um Atlético Mineiro que, às ordens de Levir Culpi, tem argumentos para chegar
longe nas várias competições em que está envolvido.
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