Clube importante no futebol italiano e europeu na década de 1990, o Parma, mergulhou no inferno há três anos: foi impedido de participar nas provas europeias devido a atrasos no pagamento de impostos; mudou duas vezes de proprietário ao preço de... um euro cada; foi último classificado na Serie A, prova na qual foi penalizado em sete pontos devido a salários em atraso; e viu a falência ser declarada em março, por dívidas de 218 milhões de euros (dos quais 63 milhões em salários).
A bancarrota ditou o renascer das cinzas, na Série D (quarta divisão), obrigando os gialloblù (amarelos e azuis) à quinta mudança de nome da sua história, de Parma Football Club SpA para SSD Parma Calcio 1913. Um grupo de investidores parmesões criou a sociedade Nuovo Inizio (Novo Início), com capital social de dois milhões de euros, para gerir o clube, e o antigo treinador da equipa, Nevio Scala, tornou-se presidente.
Aí começou uma escalada que só terminou há pouco mais de uma semana, quando o emblema parmesão venceu no terreno do Spezia (2-0) e assegurou o regresso ao patamar maior do futebol transalpino, naquela que foi a terceira promoção consecutiva. “Grande Parma”, escreveu o antigo guarda-redes do clube, Gianluigi Buffon, no Twitter.
O trajeto vertiginoso de queda e subida promoveu uma autêntica revolução no plantel, que quase nada tem a ver com o que esteve na Serie A pela última vez. Quase nada porque vai resistindo o capitão Alessandro Lucarelli, agora com 40 anos e o recorde de futebolista com mais jogos na história do clube que representa há dez anos: 333.
O veterano defesa não tem a mesma importância no futebol mundial de Buffon, Crespo, Verón, Cannavaro, Zola, Asprilla, Brolin, Taffarel, Adriano, Thuram ou dos portugueses Fernando Couto, Sérgio Conceição e Paulo Sousa, figuras do Parma na década de 1990, mas conquistou o estatuto de símbolo do clube, acompanhando-o na travessia pelo deserto.
“Nem acredito nisto, em três anos fizemos algo incrível, fora do comum. Ninguém conseguiria imaginar um final como este: parecia tudo perdido, então ouvimos o rugir dos nossos adeptos. Isto é o culminar de um percurso iniciado há três anos. Sempre nos reerguemos. Este é um grande prémio para o povo de Parma, nunca desisti deles. Disse que o Parma voltaria à Serie A e consegui cumprir a promessa. Agora já posso parar”, afirmou Lucarelli, a pensar em pendurar as botas agora que já conseguiu o que queria. “Eu morri junto com o Parma e com o Parma quero renascer”, proferiu há três anos, aquando da queda ao inferno. “Se fosse pelo meu irmão Cristiano (antigo internacional italiano), nem sequer tinha disputado a Série D, para não manchar a minha carreira. Mas, mesmo que o recomeço fosse incerto, sempre confiei na reconstrução do Parma”, afirmou no ano passado, após a subida à Serie B.
Quatro troféus europeus
O triénio que agora se concluiu foi épico para o Parma, mas nada comparado com o período áureo dos gialloblù, então controlados pela multinacional de produtos lácteos Parmalat.
Numa década memorável, o clube conquistou três Taças (1991/92, 1998/99 e 2001/02), uma Supertaça (1999), uma Taça das Taças (1992/93), duas Taças UEFA (1994/95 e 1998/99) e uma Supertaça Europeia (1999). Faltou apenas o título nacional, que esteve a dois pontos em 1996/97.
Clube importante no futebol italiano e europeu na década de 1990, o Parma, mergulhou no inferno há três anos: foi impedido de participar nas provas europeias devido a atrasos no pagamento de impostos; mudou duas vezes de proprietário ao preço de... um euro cada; foi último classificado na Serie A, prova na qual foi penalizado em sete pontos devido a salários em atraso; e viu a falência ser declarada em março, por dívidas de 218 milhões de euros (dos quais 63 milhões em salários).
ResponderEliminarA bancarrota ditou o renascer das cinzas, na Série D (quarta divisão), obrigando os gialloblù (amarelos e azuis) à quinta mudança de nome da sua história, de Parma Football Club SpA para SSD Parma Calcio 1913. Um grupo de investidores parmesões criou a sociedade Nuovo Inizio (Novo Início), com capital social de dois milhões de euros, para gerir o clube, e o antigo treinador da equipa, Nevio Scala, tornou-se presidente.
Aí começou uma escalada que só terminou há pouco mais de uma semana, quando o emblema parmesão venceu no terreno do Spezia (2-0) e assegurou o regresso ao patamar maior do futebol transalpino, naquela que foi a terceira promoção consecutiva. “Grande Parma”, escreveu o antigo guarda-redes do clube, Gianluigi Buffon, no Twitter.
O trajeto vertiginoso de queda e subida promoveu uma autêntica revolução no plantel, que quase nada tem a ver com o que esteve na Serie A pela última vez. Quase nada porque vai resistindo o capitão Alessandro Lucarelli, agora com 40 anos e o recorde de futebolista com mais jogos na história do clube que representa há dez anos: 333.
O veterano defesa não tem a mesma importância no futebol mundial de Buffon, Crespo, Verón, Cannavaro, Zola, Asprilla, Brolin, Taffarel, Adriano, Thuram ou dos portugueses Fernando Couto, Sérgio Conceição e Paulo Sousa, figuras do Parma na década de 1990, mas conquistou o estatuto de símbolo do clube, acompanhando-o na travessia pelo deserto.
“Nem acredito nisto, em três anos fizemos algo incrível, fora do comum. Ninguém conseguiria imaginar um final como este: parecia tudo perdido, então ouvimos o rugir dos nossos adeptos. Isto é o culminar de um percurso iniciado há três anos. Sempre nos reerguemos. Este é um grande prémio para o povo de Parma, nunca desisti deles. Disse que o Parma voltaria à Serie A e consegui cumprir a promessa. Agora já posso parar”, afirmou Lucarelli, a pensar em pendurar as botas agora que já conseguiu o que queria. “Eu morri junto com o Parma e com o Parma quero renascer”, proferiu há três anos, aquando da queda ao inferno. “Se fosse pelo meu irmão Cristiano (antigo internacional italiano), nem sequer tinha disputado a Série D, para não manchar a minha carreira. Mas, mesmo que o recomeço fosse incerto, sempre confiei na reconstrução do Parma”, afirmou no ano passado, após a subida à Serie B.
Quatro troféus europeus
O triénio que agora se concluiu foi épico para o Parma, mas nada comparado com o período áureo dos gialloblù, então controlados pela multinacional de produtos lácteos Parmalat.
Numa década memorável, o clube conquistou três Taças (1991/92, 1998/99 e 2001/02), uma Supertaça (1999), uma Taça das Taças (1992/93), duas Taças UEFA (1994/95 e 1998/99) e uma Supertaça Europeia (1999). Faltou apenas o título nacional, que esteve a dois pontos em 1996/97.