terça-feira, 24 de dezembro de 2013

A 'Barcelonização' do Bayern

uefa.com
Quando o Bayern conquistou a Liga dos Campeões, em maio, muitos perguntariam: O que poderia Guardiola ainda melhorar? O que havia para mudar na melhor equipa europeia?

Mas a resposta depressa apareceu. Pep foi contratado para aperfeiçoar a máquina bávara, substituindo o típico futebol vertical e vertiginoso alemão por uma cultura de posse, capaz de dominar e controlar qualquer adversário. A ideia passou por criar um ciclo hegemónico, que dê continuidade ao que foi feito em 2012/13.

O Bayern raramente tem conseguido renovar títulos nacionais nos últimos anos, e para além de se querer contrariar essa tendência, existe o sonho de ser o primeiro clube a ser campeão europeu duas vezes consecutivas no século XXI.

O modelo de jogo é semelhante àquele que Guardiola aplicava no seu Barça, no entanto, os jogadores não são iguais, têm características diferentes, e por isso, há várias nuances.

É impossível sair a jogar de zonas tão recuadas, porque nem Neuer, nem os centrais, têm a mesma capacidade nesse aspeto que Valdés, Piqué e Puyol. Ainda assim, dá a ideia de que defensivamente os germânicos são mais sólidos.

Se Daniel Alves funcionava praticamente como um extremo, agora é Alaba a ter esse papel, embora no flanco contrário. E embora Rafinha seja ligeiramente mais ofensivo que Abidal, mantém-se o gosto de Pep por utilizar um lateral mais posicional.

No miolo Lahm ou Javi Martínez podem não equilibrar tão bem como Busquets, mas têm maior capacidade para construir. Quanto aos médios-interiores, não tem a mesma precisão de passe curto que Xavi ou Iniesta, e por isso a novidade passa por variarem o flanco através de passes mais longos. As trocas posicionais continuam a ser uma constante.

No Bayern não existe nenhum Messi, os golos marcados dividem-se de uma forma mais democrática pelos atacantes, mas a ideia do falso ponta-de-lança é presença assídua. Götze e Müller são quem tentam replicar o astro argentino, mas com características diferentes, claro.

Os extremos são mais corpulentos que os dos blaugrana, e talvez por isso, a equipa aposte várias vezes na variação de flanco.

Os bávaros são uma máquina ainda a ser oleada, mas apresenta já números bastante altos de percentagem de posse de bola, mantendo a veia goleadora e segurança defensiva que já os caracterizava. 

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