Quando o Bayern conquistou a
Liga dos Campeões, em maio, muitos perguntariam: O que poderia Guardiola ainda
melhorar? O que havia para mudar na melhor equipa europeia?
Mas a resposta depressa
apareceu. Pep foi contratado para aperfeiçoar a máquina bávara, substituindo o
típico futebol vertical e vertiginoso alemão por uma cultura de posse, capaz de
dominar e controlar qualquer adversário. A ideia passou por criar um ciclo
hegemónico, que dê continuidade ao que foi feito em 2012/13.
O Bayern raramente tem
conseguido renovar títulos nacionais nos últimos anos, e para além de se querer
contrariar essa tendência, existe o sonho de ser o primeiro clube a ser campeão
europeu duas vezes consecutivas no século XXI.
O modelo de jogo é semelhante
àquele que Guardiola aplicava no seu Barça, no entanto, os jogadores não são
iguais, têm características diferentes, e por isso, há várias nuances.
É impossível sair a jogar de
zonas tão recuadas, porque nem Neuer, nem os centrais, têm a mesma capacidade
nesse aspeto que Valdés, Piqué e Puyol. Ainda assim, dá a ideia de que
defensivamente os germânicos são mais sólidos.
Se Daniel Alves funcionava
praticamente como um extremo, agora é Alaba a ter esse papel, embora no flanco
contrário. E embora Rafinha seja ligeiramente mais ofensivo que Abidal,
mantém-se o gosto de Pep por utilizar um lateral mais posicional.
No miolo Lahm ou Javi Martínez
podem não equilibrar tão bem como Busquets, mas têm maior capacidade para
construir. Quanto aos médios-interiores, não tem a mesma precisão de passe
curto que Xavi ou Iniesta, e por isso a novidade passa por variarem o flanco
através de passes mais longos. As trocas posicionais continuam a ser uma
constante.
No Bayern não existe nenhum
Messi, os golos marcados dividem-se de uma forma mais democrática pelos
atacantes, mas a ideia do falso ponta-de-lança é presença assídua. Götze e
Müller são quem tentam replicar o astro argentino, mas com características diferentes,
claro.
Os extremos são mais
corpulentos que os dos blaugrana, e
talvez por isso, a equipa aposte várias vezes na variação de flanco.
Os bávaros são uma máquina
ainda a ser oleada, mas apresenta já números bastante altos de percentagem de
posse de bola, mantendo a veia goleadora e segurança defensiva que já os
caracterizava.
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