segunda-feira, 1 de julho de 2013

Taça das Confederações 2013 | Brasil 3-0 Espanha

fifa.com
Esta noite, no Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, o Brasil conquistou pela terceira vez consecutiva a Taça das Confederações, ao bater a Espanha na final por 3-0. Fred (2) e Neymar apontaram os golos.
                                      

Eis a constituição das equipas:


Brasil


Em jogos oficiais, ambas as seleções não se defrontam desde o Mundial 1986, no entanto, a última vez que o Brasil foi vencido por Espanha foi em 1934, no Campeonato do Mundo disputado em Itália.
Nas meias-finais, o escrete derrotou o Uruguai por 2-1.
Fred (3), Neymar (3), Paulinho (2), Jô (2) e Dante apontaram os golos da canarinha na Taça das Confederações.


Espanha


Em caso de vitória, Espanha conquista o único troféu que lhe falta a nível internacional.
Na semifinal, La Roja derrotou Itália nas grandes penalidades (7-6, após o 0-0 no final do prolongamento).
Fernando Torres (5), David Villa (3), David Silva (2), Juan Mata, Pedro e Soldado marcaram os tentos espanhóis na prova.


Cronómetro:

2’ Na sequência de um cruzamento de Fred pela direita, a bola ressalta em Neymar e sobra para Fred que inaugurou o marcador.


8’ Fred serviu Oscar que rematou para fora.

13’ Paulinho tentou o chapéu a Casillas, mas o guardião espanhol estava atento.

20’ Iniesta tentou o golo de longe, mas Júlio César estava atento.

20’ Na resposta a um canto cobrado por Xavi, Torres cabeceou à malha lateral.

32’ Em jogada de contra-ataque, Neymar assistiu Fred que permitiu a defesa de Casillas.

41’ David Luiz impediu o golo de Pedro, sobre a linha de baliza.

44’ Neymar recebeu a bola de Neymar e fuzilou Casillas.


Ao intervalo, Vicente Del Bosque trocou Arbeloa por Azpilicueta.

47’ Fred apontou o 3-0, depois de passe de Hulk e simulação de Fred.


52’ Juan Mata foi substituído por Jesús Navas.

54’ Marcelo cometeu falta sobre Jesús Navas na área brasileira, e foi assinalada uma grande penalidade que Sergio Ramos desperdiçou, tendo acertado no poste.


58’ Casillas evitou um chapéu de Hulk.

59’ Torres cedeu o seu lugar a David Villa.

64’ Depois de um bom lance coletivo, Marcelo acertou na malha lateral.

68’ Piqué travou Neymar em falta quando o brasileiro ía isolado, e foi expulso.

70’ Neymar, de livre direto, atirou acima do alvo.

72’ Sergio Ramos não acertou na baliza.

72’ Saiu Hulk, entrou Jadson.

79’ Fred foi substituído por Jô.

80’ Júlio César negou o golo a Pedro.

83’ Jô chutou para intervenção incompleta de Casillas.

86’ Júlio César efetuou uma grande defesa a remate de David Villa.

88’ Hernanes rendeu Paulinho.

Sem mais ocorrências até final, confirmou-se a vitória do Brasil.
                                                                                                                                                               

Análise:

O Brasil entrou com o pé direito no jogo, e logo aos dois minutos já celebrava um golo, por intermédio de Fred, depois de um cruzamento de Hulk e alguns ressaltos na área espanhola.
Pouco a pouco, La Roja, mesmo sem a habitual dinâmica, foi reagindo, frente a um escrete que ía apostando sobretudo em transições rápidas. Aos 41’, David Luiz impediu de forma milagrosa o golo de Pedro.
Como se costuma dizer, quem não marca arrisca-se a sofrer, e mesmo à beira do intervalo, Neymar combinou bem com Oscar e fuzilou Casillas.
Para o segundo tempo, Vicente Del Bosque lançou Azpilicueta tentando dar ao mesmo tempo consistência defensiva (Arbeloa já estava amarelado) e profundidade ao flanco direito. Mas mais uma vez, quem conseguiu marcar foram os sul-americanos, novamente por Fred, com um remate colocado, depois de receber um passe de Hulk.
A partir daí, as principais notas de destaque foram a grande penalidade desperdiçada por Sergio Ramos, a expulsão de Piqué e os “rodriguinhos” da seleção canarinha, para gáudio da plateia e de uma nação que vive tempos difíceis.


Analisando os atletas em campo, começando pelos do Brasil
Júlio César  (QPR) esteve seguro nas suas intervenções;
Daniel Alves  (Barcelona) apontou uma exibição consistente;  Thiago Silva  (Paris SG), bem posicionado, foi fazendo cortes preciosos recorrendo pouco à falta;  David Luiz  (Chelsea) foi dando conta do recado em tarefas defensivas e sempre que possível saia a jogar, brilhou ao minuto 41 quando impediu o golo a Fred com um carrinho fantástico; e Marcelo  (Real Madrid) cometeu a grande penalidade;
Luiz Gustavo  (Bayern Munique) foi uma referência no que diz respeito à recuperação de bola;  Paulinho  (Corinthians) ajudou no equilíbrio coletivo no processo defensivo e ligou setores na manobra ofensiva; e Oscar  (Chelsea) esperou pelo momento exacto para fazer o passe para o 2-0;
Neymar  (Barcelona) fez um toque, ainda que involuntário, que serviu de assistência para o 1-0, marcou o segundo tento com um remate fantástico e fez uma simulação decisiva no lance do 3-0;  Hulk  (Zenit) fez o cruzamento que originou o primeiro golo do encontro, fez a assistência para o 3-0 e saiu sob forte ovação; e Fred  (Fluminense) voltou a exibir a sua veia goleadora, tendo bisado;
Jadson (São Paulo), habitualmente um organizador, foi lançado para a faixa direita onde acrescentou capacidade de posse de bola; (Atlético Mineiro) desta vez não marcou, mas o resultado já estava feito; e Hernanes (Lazio) teve direito a alguns minutos.


Quanto aos jogadores de Espanha
Casillas  (Real Madrid) fez uma série de intervenções de qualidade, mas não conseguiu evitar os golos brasileiros;
Arbeloa  (Real Madrid) e  Piqué  (Barcelona) não ficaram bem na fotografia do lance que deu o 1-0 ao Brasil, tendo o primeiro travado um duelo intenso com Neymar ao longo do encontro e o segundo exibindo altos níveis de nervosismo, acabando expulso após falta sobre Neymar, quando este seguia isolado;  Sergio Ramos  (Real Madrid) desperdiçou uma grande penalidade; e Jordi Alba  (Barcelona) não deu a habitual profundidade ao seu corredor;
Busquets  (Barcelona) esteve longe do seu nível, não conseguindo equilibrar a equipa, e recuou para central após a expulsão de Piqué; e  Xavi  (Barcelona) e Iniesta  (Barcelona) estiveram sempre muito pressionados e bem mais desapoiados do que é habitual;
Pedro  (Barcelona) foi dos mais inconformados de La Roja, exibiu a sua velocidade, mas pouco conseguiu fazer com ela; Juan Mata  (Chelsea) esteve bastante discreto; e Fernando Torres  (Chelsea) esteve apagado;
Azpilicueta (Chelsea) apenas precisou de dois minutos em campo para se esquecer de marcar Fred, no lance do 3-0; Jesús Navas (Manchester City) conquistou uma grande penalidade assim que entrou; e David Villa (Barcelona) foi lançado numa fase em que os espanhóis já estavam conformados com a derrota.

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