Esta noite, no Estádio Maracanã, no Rio de
Janeiro, o Brasil conquistou pela terceira vez consecutiva a Taça das
Confederações, ao bater a Espanha na final por 3-0. Fred (2) e Neymar apontaram
os golos.
Eis a constituição das equipas:
Brasil
Em jogos
oficiais, ambas as seleções não se defrontam desde o Mundial 1986, no entanto,
a última vez que o Brasil foi vencido por Espanha foi em 1934, no Campeonato do
Mundo disputado em Itália.
Nas
meias-finais, o escrete derrotou o Uruguai por 2-1.
Fred (3), Neymar
(3), Paulinho (2), Jô (2) e Dante apontaram os golos da canarinha na Taça das
Confederações.
Espanha
Em caso de vitória, Espanha conquista o único troféu que lhe falta a
nível internacional.
Na semifinal, La Roja derrotou
Itália nas grandes penalidades (7-6, após o 0-0 no final do prolongamento).
Fernando Torres (5), David Villa (3), David
Silva (2), Juan Mata, Pedro e Soldado marcaram
os tentos espanhóis na prova.
Cronómetro:
Ao intervalo, Vicente Del Bosque trocou Arbeloa por Azpilicueta.
Sem mais ocorrências até final,
confirmou-se a vitória do Brasil.
Análise:
O Brasil entrou com o pé direito no jogo, e logo aos dois minutos já
celebrava um golo, por intermédio de Fred, depois de um cruzamento de Hulk e
alguns ressaltos na área espanhola.
Pouco a pouco, La Roja , mesmo sem a
habitual dinâmica, foi reagindo, frente a um escrete que ía apostando sobretudo
em transições rápidas. Aos 41’ ,
David Luiz impediu de forma milagrosa o golo de Pedro.
Como se costuma dizer, quem não marca arrisca-se a sofrer, e mesmo à
beira do intervalo, Neymar combinou bem com Oscar e fuzilou Casillas.
Para o segundo tempo, Vicente Del Bosque lançou Azpilicueta tentando
dar ao mesmo tempo consistência defensiva (Arbeloa já estava amarelado) e
profundidade ao flanco direito. Mas mais uma vez, quem conseguiu marcar foram
os sul-americanos, novamente por Fred, com um remate colocado, depois de
receber um passe de Hulk.
A partir daí, as principais notas de destaque foram a grande
penalidade desperdiçada por Sergio Ramos, a expulsão de Piqué e os
“rodriguinhos” da seleção canarinha, para gáudio da plateia e de uma nação que
vive tempos difíceis.
Analisando os atletas em campo, começando pelos do Brasil…
Júlio César (QPR) esteve seguro nas suas
intervenções;
Daniel Alves (Barcelona) apontou uma exibição
consistente; Thiago Silva (Paris SG), bem posicionado, foi
fazendo cortes preciosos recorrendo pouco à falta; David Luiz
(Chelsea) foi dando conta do recado em tarefas defensivas e sempre que possível
saia a jogar, brilhou ao minuto 41 quando impediu o golo a Fred com um carrinho
fantástico; e Marcelo (Real Madrid) cometeu a grande
penalidade;
Luiz Gustavo (Bayern Munique) foi uma referência
no que diz respeito à recuperação de bola; Paulinho
(Corinthians) ajudou no equilíbrio coletivo no processo defensivo e ligou
setores na manobra ofensiva; e Oscar (Chelsea) esperou pelo
momento exacto para fazer o passe para o 2-0;
Neymar (Barcelona) fez um toque, ainda que involuntário, que serviu de
assistência para o 1-0, marcou o segundo tento com um remate fantástico e fez
uma simulação decisiva no lance do 3-0; Hulk (Zenit) fez o
cruzamento que originou o primeiro golo do encontro, fez a assistência para o 3-0
e saiu sob forte ovação; e Fred (Fluminense) voltou a exibir
a sua veia goleadora, tendo bisado;
Jadson (São Paulo), habitualmente um organizador, foi lançado para a faixa
direita onde acrescentou capacidade de posse de bola; Jô (Atlético
Mineiro) desta vez não marcou, mas o resultado já estava feito; e Hernanes
(Lazio) teve direito a alguns minutos.
Quanto aos jogadores de Espanha…
Casillas (Real Madrid) fez uma série de intervenções de qualidade, mas não
conseguiu evitar os golos brasileiros;
Arbeloa (Real Madrid) e Piqué (Barcelona) não ficaram bem
na fotografia do lance que deu o 1-0 ao Brasil, tendo o primeiro travado um
duelo intenso com Neymar ao longo do encontro e o segundo exibindo altos níveis
de nervosismo, acabando expulso após falta sobre Neymar, quando este seguia
isolado; Sergio Ramos (Real Madrid) desperdiçou uma grande
penalidade; e Jordi Alba (Barcelona) não deu a habitual
profundidade ao seu corredor;
Busquets (Barcelona) esteve longe do seu nível, não conseguindo equilibrar a
equipa, e recuou para central após a expulsão de Piqué; e Xavi
(Barcelona) e Iniesta (Barcelona) estiveram sempre muito
pressionados e bem mais desapoiados do que é habitual;
Pedro (Barcelona) foi dos mais inconformados de La Roja ,
exibiu a sua velocidade, mas pouco conseguiu fazer com ela; Juan Mata
(Chelsea) esteve bastante discreto; e Fernando Torres (Chelsea)
esteve apagado;
Azpilicueta (Chelsea) apenas precisou de dois minutos
em campo para se esquecer de marcar Fred, no lance do 3-0; Jesús Navas
(Manchester City) conquistou uma grande penalidade assim que entrou; e David
Villa (Barcelona) foi lançado numa fase em que os espanhóis já estavam
conformados com a derrota.
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