Esta tarde, na Arena Fonte Nova, em
Salvador, Itália derrotou Uruguai por 3-2 nas grandes penalidades, depois de
2-2 no final do prolongamento, conquistando o 3º lugar na Taça das
Confederações 2013. Em tempo regulamentar, Astori e Diamanti marcaram para os
italianos e Cavani para os uruguaios.
Eis a constituição das equipas:
Uruguai
Apesar da boa
prestação nas meias-finais, o Uruguai foi derrotado pelo Brasil (1-2) e por
isso disputa a medalha de bronze.
Abel Hernández
(4), Luis Suárez (3), Lugano, Lodeiro, Diego Pérez, Forlán e Cavani apontaram
os golos da seleção celeste nesta Taça das Confederações.
Itália
Itália nunca perdeu com o Uruguai, em jogos oficiais.
Os italianos foram derrotados na lotaria das grandes penalidades pela
Espanha (7-6, após 0-0 no final do prolongamento) na semifinal da Taça das
Confederações.
Balotelli (2), Chiellini, De Rossi, Pirlo, Giaccherini e Giovinco
marcaram os tentos italianos na prova.
Pirlo, Barzagli, Abate, Marchisio e Mario Balotelli estão lesionados.
Cronómetro:
O Uruguai alterou o seu sistema tático para 3x4x3, passando Maxi
Pereira e Cristián Rodríguez a ocuparem-se dos flancos e Cáceres para o eixo
defensivo.
Intervalo.
A seleção celeste mostrava-se muito pressionante, dificultando mesmo a
primeira fase de construção dos transalpinos.
90+3’
Candreva, de livre direto, não acertou na baliza.
Fim do tempo regulamentar.
Início do prolongamento.
Intervalo do prolongamento.
Final do prolongamento.
Marcação de grandes penalidades:
Buffon defendeu o remate de Forlán;
0-1
Aquilani;
1-1
Cavani;
1-2
El
Shaarawy;
2-2
Suárez;
Muslera travou De Sciglio;
Cáceres permitiu a defesa de Buffon;
2-3
Giaccherini;
Buffon negou o golo a Gargano.
Análise:
Num jogo para praticamente apenas cumprir calendário, a Itália entrou
melhor, conseguindo dominar a primeira metade da etapa inicial, chegando ao
golo por intermédio de Astori, que só teve de encostar depois de um livre
cobrado por Diamanti que ainda tabelou no poste e em Muslera.
A partir daí Óscar Tabárez mudou a disposição dos seus jogadores em
campo, substituindo o 4x3x3 pelo 3x4x3, fechando dessa forma melhor os flancos
e desgastando menos o trio de atacantes em tarefas defensivas.
No entanto, esta alteração sentiu-se sobretudo no segundo tempo, em
que o Uruguai foi mais pressionante, jogou mais no meio-campo contrário, e
chegou ao empate por intermédio de Cavani. Curiosamente, fruto dessa pressão
mais intensa exercida pela seleção celeste, já que tudo começou numa
recuperação de bola a Astori na zona intermédia.
Contra a corrente do jogo, a squadra azzurra chegou ao 1-2 por
Diamanti, de livre direto, mas os sul-americanos pagaram com a mesma moeda, por
Cavani, minutos depois. A ida a prolongamento confirmar-se-ia, sendo o segundo
consecutivo dos transalpinos na competição.
Trinta minutos passaram-se, e apesar da superioridade uruguaia, ambas
as formações não conseguiram evitar a ida aos pontapés da marca de grande
penalidade.
Analisando os atletas em campo, começando pelos do Uruguai…
Muslera (Galatasaray) pareceu mal batido no 0-1;
Maxi Pereira (Benfica) fez todo o corredor
direito, sobretudo a partir da meia hora de jogo; Lugano
(Málaga) e Godín (Atlético Madrid) formaram uma dupla que
raramente foi batida; e Cáceres (Juventus) mudou-se para o
centro da defesa quando o Uruguai passou a jogar em 3x4x3;
Arévalo Rios (Palermo) e Gargano
(Inter) tiveram a desgastante tarefa de ser médios de cobertura, tendo em conta
que os alas (Forlán e Suárez) raramente recuavam em tarefas defensivas, tendo o
segundo feito a assistência para o 1-1; e Cristián Rodríguez
(Atlético Madrid) passou a ser o flanqueador do lado esquerdo quando o sistema
tático foi alterado;
Forlán (Internacional) e Luis Suárez (Liverpool) fizeram
parte do bastante móvel trio de avançados da seleção celeste, mas apoiaram
pouco os laterais nas tarefas defensivas, e talvez por aí, Óscar Tabárez tenha
apostado na tal alteração tática; e Cavani (Nápoles) bisou,
demonstrando raça e grande classe;
Álvaro González (Lazio) entrou bem no encontro, assumindo
a função de flanqueador, primeiro para o lado esquerdo e depois para o direito;
Álvaro Pereira (Inter) deu nova vida ao corredor esquerdo, dando-lhe
bastante profundidade e capacidade de último passe; e Diego Pérez
(Bolonha) refrescou o miolo.
Quanto aos jogadores de Itália…
Buffon (Juventus) não teve responsabilidades no golo uruguaio, brilhou ao
minuto 67, quando fez duas defesas sucessivas a remates de Diego Forlán e nos
pontapés da marca de grande penalidade, tendo defendido três;
Maggio (Nápoles) esteve contido em subir pelo flanco; Astori (Cagliari)
inaugurou o marcador e deu boa conta do recado a nível defensivo, mostrando-se
um central veloz, à exceção do lance em que perdeu a bola à saída do seu
meio-campo e que originou o 1-1, e saiu já no prolongamento em inferioridade
física; Chiellini (Juventus) impôs-se no eixo defensivo; e De
Sciglio (Milan) deu profundidade ao corredor esquerdo;
De Rossi (Roma) jogou com limitações físicas e por isso não esteve ao seu
nível, mas foi assertivo nas suas ações; Montolivo (Milan), pouco
rotativo, não conseguiu ser influente na construção de jogo, e foi expulso por
acumulação de amarelos, já na segunda parte do prolongamento; e Candreva
(Lazio) foi o homem que do trio de médios mais recuados apoiou o ataque com
maior frequência;
Diamanti (Bolonha) foi o homem das bolas paradas, acertou na trave no livre
direto que originou o 0-1 e acabou por apontar o 1-2 por essa via, já no
segundo tempo; El Shaarawy (Milan) esteve bastante
irrequieto; e Gilardino (Bolonha) esteve discreto;
Aquilani (Fiorentina) refrescou o miolo; Giaccherini (Juventus) apareceu
pouco; e Bonucci (Juventus) rendeu o desgastado Astori no eixo
defensivo, sem comprometer.
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