Sabendo previamente da extinção da III
Divisão, depois de vários insucessos na tentativa de subir mais um escalão, a
direção fabrilista escolheu para treinador o experiente Conhé, adepto do clube
e com passagens por várias equipas técnicas do Vitória de Setúbal.
Em relação a 2011/12, o emblema
barreirense reforçou-se em quase todos os sectores: Bonifácio (guarda-redes),
Fabinho (lateral-direito), Manteigas (lateral-esquerdo), Mota
(defesa-central/médio), Cunha e Janu (avançados) nunca passaram de
alternativas. Já Marinheiro, Rui Correia (ambos centrais), Miguel Pimenta e
Luís Conceição (ambos médios-defensivos) e Bolinhas (extremo) foram bastante
utilizados. Rui Martinho, Rafael Matos e Banana foram os ex-juniores que
compuseram o plantel, sendo que apenas o último foi opção regular.
A temporada começou bem, com oitos jogos
sem perder, dois deles para a Taça de Portugal, onde o GD Fabril chegou até aos
Oitavos-de-final, tendo acabado eliminado pelo Belenenses (0-4) em Dezembro, no
Estádio do Restelo. O sucesso nessa competição e a possibilidade de mostrar
serviço num maior palco acabou por pesar na consciência dos jogadores, que não
“metiam o pé” como nos primeiros encontros.
Apenas concentrados no campeonato, os
pupilos de Conhé venceram as três partidas a seguir à eliminação e terminaram o
ano civil de 2012 na liderança da Série E. No entanto, janeiro não foi um mês
fácil: duas derrotas, uma frente ao frágil Peniche e outra em casa diante do
Sacavenense. Pelo meio, empate no derby
do Barreiro (disputado no Pinhal Novo) e vitória suada diante do Amora.
Presença nos seis primeiros em risco? Nada
disso. Até final da fase regular os fabrilistas não mais perderam e terminaram
repartindo a liderança com o Sintrense.
E a intermitente temporada da antiga CUF
não se fica por aqui. No Play-Off de
subida, apenas somou um ponto nos primeiros cinco jogos, caiu para o 6º lugar e
a promoção era agora uma miragem.
Aí, Manuel Correia, treinador experiente
de outras andanças, assumiu o comando da equipa, substituindo Conhé, e à
entrada para a derradeira jornada, estava na 3ª posição, a última que dava
acesso ao Campeonato Nacional de Seniores. Para manter o posto, apenas
precisava de que, na receção ao já despromovido Sacavenense, fizesse igual ou
melhor que o rival Barreirense na sua deslocação a Sintra, frente ao já
promovido Sintrense.
A subida de divisão parecia uma realidade
praticamente já assegurada, mas nesse fatídico encontro, os jogadores entraram
bastante ansiosos, sofreram um golo e foram a perder para o intervalo. A
segunda parte trouxe o empate, mas da margem norte do rio Tejo surgia a notícia
de que o outro clube do concelho tinha vencido o seu jogo, e por isso, a festa
fez-se em tons de vermelho e branco. A desilusão, essa, estava pintada de
verde, e era visível no rosto de atletas, dirigentes e adeptos.
Foi a autêntica “morte da praia”, de uma
equipa promissora que hoje apenas pode sonhar com que haja uma série de
desistências que tragam o GD Fabril para o Campeonato Nacional de Seniores por
motivos de secretaria.
Quanto aos seus jogadores,
individualmente:
Ruben Luís foi um dos pilares da equipa, um daqueles
guarda-redes que dá pontos, com excelentes reflexos, extraordinários voos e até
qualidade a sair de entre os postes. Formado no Sporting, se não chegar longe
na sua carreira, dever-se-á sua baixa estatura, que pode ser vista com
desconfiança por certos dirigentes e treinadores.
Bonifácio, veterano guardião, um velho conhecido da
casa, poucos minutos fez esta temporada.
Carlos André, há sete anos no clube, já faz parte da mobília
e esta época foi sub capitão. É um lateral-direito muito competente, que dá
profundidade ao seu flanco, mas que também o fecha com qualidade.
O seu suplente foi Fabinho, que
teve algumas oportunidades durante a temporada, até como extremo, que exibiu
algumas competências como a velocidade, mas insuficiente para ganhar o lugar.
A zona onde os fabrilistas estavam melhor
servidos, arrisco-me a dizer, era no eixo defensivo. Rui Correia é um
central completo: forte no jogo aéreo, no corte, rápido, elegante e com
capacidade para sair a jogar, exibindo uma classe que o catapultou para o
Portimonense, das ligas profissionais.
O seu parceiro do centro da defesa era Marinheiro,
mais discreto, mas também muito competente, também ele forte no jogo aéreo, mas
também duro e com um espírito guerreiro, capaz de dar o peito às balas. Um
exemplo disso foi na última partida, diante do Sacavenense, em que evitou um
0-2 com um corte milagroso, no qual ofereceu o corpo à bola para tapar a
baliza.
A alternativa a estes dois era Mota,
oriundo do vizinho Luso, que nunca comprometeu e ainda fez sonhar a antiga CUF
com a subida, quando apontou o golo da vitória em Ponte de Sor, na penúltima
jornada do Play-Off.
Na esquerda, Paulo Letras foi o
dono do lugar, apresentado com principal particularidade o facto de ser…
destro. É ágil e forte a colocar a bola, é também um especialista em livres
diretos.
Manteigas foi contratado para lhe fazer concorrência,
mas do pouco que jogou, não convenceu.
Atuando maioritariamente, em 4x2x3x1, o
duplo pivot do meio-campo foi talvez
a zona que foi sofrendo mais alterações ao longo da época. Começou com Espanta (Nuno Jorge),
ex-capitão, elemento forte na luta pelo esférico, e também com Miguel
Pimenta, muito franzino, mas com grande empreendorismo, não dando uma bola
como perdida, o tipo de jogador que faz falta a qualquer equipa.
Depois surgiu Luis Conceição, um centro-campista mais robusto, que foi opção durante parte da temporada, e já no final, Mário Jorge, que no Play-Off foi dos melhores da sua formação, chegando a fazer com que os adeptos perguntassem por que razão passou tanto tempo no banco.
Depois surgiu Luis Conceição, um centro-campista mais robusto, que foi opção durante parte da temporada, e já no final, Mário Jorge, que no Play-Off foi dos melhores da sua formação, chegando a fazer com que os adeptos perguntassem por que razão passou tanto tempo no banco.
Como “10”, houve essencialmente dois
homens que ocuparam essa posição, e ambos passaram pela formação do Sporting. O
dinâmico Danilo, com boa capacidade de transporte do esférico, foi quase
sempre o dono do lugar, no entanto, o tecnicista mas cada vez mais pesado Bruno
Cruz também foi várias vezes opção.
A faixa esquerda esteve quase sempre
entregue a Bolinhas, um extremo de movimentos verticais, boa capacidade
de cruzamento e até de remate, tendo apontado vários golos ao longo da
temporada.
Na direita, se Ruben Guerreiro não
ocupava essa posição era porque ou estava lesionado ou jogava como
ponta-de-lança. Tecnicista, com visão de jogo e capacidade de drible e de
elevação, foi dos melhores fabrilistas em 2012/13.
O ex-júnior Banana não desiludiu,
mostrando velocidade e um estilo peculiar que lhe valeram oito golos ao longo
da temporada. Verdade seja dita que ninguém conseguiu ter melhor registo, ainda
que tenha sido igualado por dois colegas.
No eixo do ataque, Catarino (41
anos) não foi titular tantas vezes como na época anterior, mas ainda assim foi
o jogador mais utilizado nessa posição. Não marcou 17 como em 2012/13, mas
apontou oito tentos. Sempre perigoso no jogo aéreo e com faro para o golo.
Cunha fez a primeira parte da época, mas raramente foi titular, e quando o
foi, não jogava como ponta-de-lança mas sim no apoio, fosse atrás ou num
flanco.
Janu entrou em Janeiro, não faturou por nenhuma ocasião, mas mostrou ser
um jogador pressionante, e de coletivo.
Rui Martinho e Luís Costa poucas vezes foram
utilizados. O primeiro ainda marcou um golo decisivo frente ao Paredes, na Taça
de Portugal, mas o segundo transferiu-se para o Comércio e Indústria na segunda
metade da época.
nesta análise e pelo que vi penso que o ruben luis é bastante fraco a sair dos postes, o que contrasta com o bonifácio que é fortissimo nessa vertente, o que a meu ver é o único senão dele. penso que o carlos andré defende bem e é competente mas não cruza muito bem e num lateral direito é bastante importante. Acho que o labamba era muito melhor jogador que o paulo letras, nunca o achei um bom defesa, para além de o achar lento. depois no meio campo, o espanta parece mostrar que não tem andamento para iso e faltou um companheiro de nivel ao miguel pimenta e ao danilo no meio campo durante muito tempo nesta época. o ruben guerreiro é talvez o melhor jogador desta equipa em termos de potencial mas por vezes parece ser "molengão", provavelmente é o feitio dele. faz grandes jogos mas outras vezes desaparece por completo do jogo. e para mim o pior da equipa, o ponta-de-lança quando numa divisão destas um jogador com 41 é o mais utilizado na frente penso que diz muito. o catarino teve uma boa carreira mas atualmente e a este nivel o fabril precisava de um ponta-de-lança indescutivel e que decidisse, o catarino era útil para entrar e para o choque na area quando fosse necessário mas não como opção principal como muitas vezes aconteceu.
ResponderEliminarpenso que o fabril não pode nunca abordar o ultimo jogo como fez e acho que a ansiedade não desculpa tudo, pois a vontade naquela primeira parte foi zero. para quem queria subir, deu a ideia de que faltou fazer muito mais comparando com outros jogos da equipa e conhecendo a sua capacidade, o momento exigia muito mais. mas pronto o fabril perdeu muio também no inicio da fase final. concluo dizendo que com um ponta de lança, um médio de caracteristicas mais defensivas e, possivelmente, um defesa esquerdo pelo que acima referi o fabril teria tudo para subir sem contestação.
O Ruben Luis não é bastante fraco, ele normalmente consegue socar a bola, mas devido à sua altura, raramente a agarra.
EliminarO Carlos André fez varias assistências, e não nos podemos esquecer a que nível joga... para III Divisão serve, para escalões acima, talvez nao.
Quanto ao Ruben Guerreiro, confesso que na parte final da época também o achei mais lento, no entanto, não podemos esquecer que esteve lesionado no inicio da segunda fase, e com isso pode ter perdido ritmo.
Quanto ao último jogo, reafirmo a minha ideia, notei que a ansiedade em fazer história e devolver o clube a um escalão no qual não jogava há trinta anos pesou na consciência dos jogadores, aliado a um excesso de confiança por enfrentar um adversário que já tinha descido e pelo rival Barreirense ir jogar a casa de um clube já promovido e que contava aí fazer a festa da subida ao ritmo de uma vitória.
41 anos. indiscutivel ***
ResponderEliminarVou só fazer esta citação..."Foi a autêntica “morte da praia”, de uma equipa promissora que hoje apenas pode sonhar com que haja uma série de desistências que tragam o GD Fabril para o Campeonato Nacional de Seniores por motivos de secretaria."
ResponderEliminarAcho que o que está citado não é viável.Basta pensar na época que findou, em que nenhuma equipa despromovida foi convidada a permanecer na Divisão...Exemplo bem próximo...Alcochetense e Olimpico desceram aos Distritais e não foram convidados, sendo convidados clubes dos campeonatos distritais para prenchimento das vagas ,exemplo Vasco Gama Vidigueira ou Amora....
Não é bem assim amigo. O Casa Pia terminou em 3º lugar na Série E e foi convidado a subir. E não podemos esquecer que com o fosso que se criou entre II Divisão e distritais, o bom-senso poderá ser convidar os 4ºs classificados de cada série.
EliminarNo entanto, pelo que tenho lido nos jornais, não há sinais de possíveis desistências.
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