Nome: Mamede Adil Karolia Ahmed
Data de
Nascimento: 1
de Outubro de 1983 (29 anos)
Naturalidade: Barreiro
Nacionalidade: Portuguesa
Posição: Ala
Altura: 175 cm
Peso: 65 kgs
Clube atual: GD Fabril
(desde 2008/09)
Clube anterior:
Os
Pantufas (2005/06 a 2007/08)
David Pereira –
Qual é a sensação em capitanear o Fabril na 1ª divisão nacional?
Adil - É um orgulho e uma honra ser capitão
do GD Fabril, sentir que temos uma responsabilidade acrescida de defender ainda
mais os nossos princípios de equipa e os pergaminhos e a história deste grande
Clube.
DP – Quais as
principais diferenças sentidas no que diz respeito ao jogo, da 1ª divisão para
a 2ª? Como tem sido a adaptação?
A – As diferenças são enormes, o ritmo de
jogo é muito mais elevado, as equipas são melhores em termos técnicos e táticos,
a própria organização de jogo engloba outros fatores, tem sido uma experiência
fantástica. Em relação à adaptação, tem sido em crescente, a sorte ou o azar
como queiram chamar, ditou que nas três primeiras jornadas calhasse-nos os três
primeiros classificados da época anterior (Benfica, Fundão e Sporting), e isso
ajudou-nos imenso a crescer como equipa e o próprio andamento de 1ª divisão,
perdemos como era natural, mas acreditamos que com trabalho sério e forte
podemos fazer coisas engraçadas neste campeonato.
DP – Acredita
na manutenção do Fabril?
A – Claro que sim, é para isso que
trabalhamos durante a semana, temos a noção que será muito complicado e que
temos que jogar sempre nos limites para conseguir o objetivo, cada jogo tem a
sua história e é nesses 40 minutos que temos que dar tudo, porque quando se
acaba já não há volta a dar e não vale a pena lamentar, acredito que temos
equipa para nos manter, temos um bom grupo, um bom espirito de equipa e
entreajuda, e já provámos isso durante estes anos.
DP – Qual a sua
opinião sobre o treinador, Naná, que o tem acompanhado neste trajeto vitorioso
que contempla duas subidas de divisão consecutivas?
A – Naná é um treinador muito ambicioso e um
apaixonado pelo futsal, ele vive-o 24 horas por dia. Tem um currículo
invejável, tem sete subidas de divisão (se não estou em erro) e isso fala por
ele. Confiou em nós, acreditou em nós e fez-nos acreditar que jogo a jogo que
iriamos crescer muito como equipa. Ele é um treinador de pormenores, acredita
muito em pormenores, treinamos os pormenores onde se calhar a maior parte das
equipas não trabalha. Ele vê o jogo de outra maneira, ele jogou e foi
Guarda-Redes e tem outra perceção, atrevo-me a dizer que se não fosse ele,
nunca iria jogar na 1ªdivisão e subir duas vezes consecutivas e disputar
títulos de campeão nacional, nem nos nossos melhores sonhos isto era possível.
DP – Como
explica a progressão desta modalidade no clube nos últimos anos? O que pensa
estar por detrás de tão bem sucedido trajeto?
A – A Direção tem apoiado muito o crescimento
do Futsal. Não nos tem faltado nada e tem cumprido religiosamente o que
prometeu. O Naná tem ajudado muito o Futsal do Fabril a evoluir, com as suas
ideias, com a sua experiência e com a colaboração de uma equipa fantástica por
detrás dele: o Paulo Papa, Mario Santiago, Miguel Lopes, Jorge Loureiro, Hugo
Miranda, treinadores da formação, os pais dos miúdos (peço desculpa se me
esqueci de alguém), tudo isto em prol dum objetivo, engrandecer ainda mais o GD
Fabril.
DP – Aos 29
anos, que expetativas ainda tem para a sua carreira? Ambiciona tornar-se
profissional?
A – As expectativas que tenho é sempre em
melhorar de ano para ano, gosto de ter sempre os pés assentes no chão e nunca
pensar a longo prazo, continuar a ter alegria para continuar a jogar e ajudar
sempre a minha equipa e se possível continuar a jogar neste patamar, onde jogam
os melhores jogadores do país. Em relação a ser profissional, não escondo que
era um sonho, ainda para mais quando damos tanto em prol de uma modalidade que
nos apaixona, motiva, mas neste momento com 29 anos já não penso nisso, já
tenho idade para ter juízo.
DP – Porquê a
escolha pelo Futsal e não pelo Futebol 11?
A - É uma história curiosa, comecei por jogar
futebol 11 e joguei durante quatro anos, na altura chumbei na escola e os meus
pais acharam por bem tirarem aquilo que mais gostava que era jogar à bola, no
entanto, comecei a treinar às escondidas numa equipa que naquela altura era de
futebol salão, onde jogavam os meus amigos (por acaso jogava também o Bruno
Constantino). Dava para ir treinar porque era cedo e os meus pais chegavam
tarde a casa por causa do trabalho, tinha que ir “estudar”, “fazer trabalhos de
grupo” todos os fins-de-semana por causa dos jogos. A meio da época já tinha
boas notas na escola e contei que estava a jogar futebol salão e como já era
“bom aluno” eles não se chatearam, e ainda foram comigo quando no final de
época fomos a Espanha jogar a Taça Ibérica, há males que vêm por bem...
DP – Qual é
para si o melhor jogador da 1ª divisão nacional? E do Mundo?
A – O melhor jogador da 1ª divisão, sem
dúvida, o Divanei, um jogador muito inteligente a servir os seus colegas, um
controlo de bola fantástico, sempre de cabeça levantada, um jogador
extraordinário. Do Mundo, claramente, Falcão, espalha magia e classe pelas
quadras, um finalizador nato, Deus deu-lhe um dom especial naqueles pés, em
especial o esquerdo, há uns anos fui de propósito a Portimão com amigos, só
para ver ao vivo e naquela altura jogava no Malwee e vieram jogar um Mundialito
de clubes.
DP – Qual é o
seu colega que acha mais provável que chegará a representar um dos grandes
(Sporting ou Benfica) da modalidade e até mesmo chegar à seleção nacional?
A – Não é fácil chegar a esse patamar, mas como
é obvio era um enorme orgulho em ver um dos nossos chegar até lá, é um caminho
muito difícil e complicado. A nossa equipa tem uma média de idades a rondar os
32/33 anos, é uma equipa adulta, mas se dessem uma oportunidade ele não iria
deixar de aproveitar, por isso escolhia o Joãozinho.
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