Esta noite, no Estádio D. Afonso Henriques, o Vitória de Guimarães venceu o Benfica por 1-0 com o golo solitário a ser apontado por Toscano.
Eis a constituição das equipas:
Vitória de Guimarães
Depois de um inicio de época complicado, em que os vimaranenses chegaram a ocupar por algumas jornadas a última posição, o Vitória tem recuperado e actualmente já está isolado no 6º lugar, perseguindo os europeus.
Pedro Mendes e El Adoua (problema no joelho esquerdo) falham o encontro com o Benfica devido a lesão, já N’Diaye esteve ausente toda a semana devido a ter adoecido após a sua participação no CAN 2012.
Benfica
Os encarnados podem somar a 9ª vitória consecutiva na Liga ZON Sagres, no entanto, vêm de uma derrota em São Petersburgo para a Liga dos Campeões frente ao Zenit (2-3) e têm aqui uma das deslocações mais difíceis no que resta jogar do campeonato.
Rodrigo, que sofreu um traumatismo na anca esquerda na sequência de uma falta cometida por Bruno Alves no jogo da Rússia, recuperou e foi convocado. Já Javi Garcia continua ausente devido a um problema muscular.
O jogo começou muito disputado, com grande intensidade mas sem sinais de perigo para ambas as balizas, com o estado do terreno e a pressão alta dos vitorianos a dificultarem a primeira fase de construção de jogo do Benfica.
A primeira ocasião de golo surgiu a meio da primeira parte, na sequência de um lançamento lateral, Rodrigo assistiu Gaitán de cabeça mas o argentino rematou já em dificuldade e o seu remate saiu ligeiramente ao lado.
Aos 37’, Bruno Teles bateu um livre no lado direito com o pé esquerdo, Leonel Olímpio apareceu ao segundo poste e de cabeça colocou a bola no coração da área onde Toscano conseguiu rodar bem e atirar para o fundo das redes, dando vantagem ao Vitória.
Apesar de ser o Benfica que necessitava mais de marcar e discutir o jogo, os vimaranenses entraram melhor no segundo tempo e aos 52’ tiveram uma oportunidade flagrante para ampliar o resultado quando Paulo Sérgio e Toscano não conseguiram finalizar um contra-ataque em que estavam em superioridade numérica.
No minuto seguinte, Nolito consegue isolar-se mas Nilson evitou o golo.
Entretanto, já com Witsel em campo, o Benfica foi crescendo naturalmente no jogo, ainda que sem introduzir uma intensidade muito elevada, e aos 65’ Cardozo com ângulo apertado obrigou o guarda-redes brasileiro do conjunto de Rui Vitória a uma defesa a dois tempos.
A quinze minutos do fim, na marcação de um livre perto da área encarnada, Toscano entrega curto a Bruno Teles que remata forte e rente ao solo mas Artur respondeu com uma intervenção fantástica.
Já no último minuto dos descontos, Nélson Oliveira atirou rasteiro com a bola a passar muito perto.
Os vimaranenses, com um jogo muito bem conseguido, acabaram por vencer.
Já se sabe que a jogar em casa, perante o seu público, o Vitória é uma equipa muito forte e é criado um ambiente muito hostil para qualquer adversário, e o Benfica esta noite não foi excepção.
No início, a partida foi muito disputado, com os minhotos a conseguirem aproveitar melhor o estado do terreno junto à baliza de Artur para povoarem os últimos trinta metros e criarem oportunidades, conseguindo mesmo um golo na sequência de um lance de bola parada. A defesa esteve sempre muito concentrada, e mesmo na segunda parte, em que era na sua área que o relvado estava em pior estado, teve a capacidade de conseguir sempre aliviar o perigo, mesmo quando os encarnados fizeram um maior “pressing”. Sempre que possível, conduzidos por Edgar, Toscano, Barrientos ou Paulo Sérgio, os de Guimarães tentaram sair em contra-ataque, e ainda que sem sucesso, deram água pela barba à defensiva contrária, conquistando assim uma vitória justa.
Analisando os jogadores individualmente, do lado do Vitória de Guimarães, Nilson esteve muito bem entre os postes e especialmente nas saídas a cruzamentos.
Toda a linha defensiva esteve muito concentrada, conseguindo manter esses níveis de concentração durante os 90 minutos, Alex conseguiu anular Nolito e João Paulo “despachou” tudo o que lhe apareceu à frente, duas exibições para Paulo Bento ver. Ainda assim, os brasileiros Defendi e Bruno Teles não tiveram pior e foram importantíssimos ao cortar todos os lances que lhe apareciam pela frente.
João Alves fez uma bela exibição, passeando classe, e Leonel Olímpio foi importante sobretudo a dissecar as jogadas do Benfica, e quando necessário, com recurso a falta.
Quanto aos homens responsáveis para atacar a baliza de Artur, Paulo Sérgio foi muito irrequieto e foi um pesadelo para Emerson, e quando a “pilha” acabou, entrou Nuno Assis. Toscano foi o homem do jogo ao marcar o golo da vitória, Barrientos a “10” fez uma exibição fantástica, conduzindo os ataques com velocidade, técnica e dinâmica, e Edgar, mesmo ficando em branco, fez muito bem as tabelinhas com os seus companheiros mais próximos.
Quanto aos atletas do Benfica, Artur não teve hipóteses no golo sofrido e ainda fez algumas boas defesas.
Maxi Pereira teve um jogo difícil, em que ficou limitado com um cartão amarelo, mas ainda assim, teve um grande lance individual pela direita. Garay e Luisão escorregaram algumas vezes na primeira parte devido ao estado do terreno, mas conseguiram manter a postura durante o resto da partida, e já Emerson fez uma exibição pouco conseguida, com passes falhados e com Paulo Sérgio a dar-lhe muito trabalho.
Matic não conseguiu travar o remate de Toscano mas recuperou algumas bolas, Nolito teve um jogo infeliz pois Alex não lhe concedeu um milímetro, Gaitán não conseguiu pôr em prática a magia mostrada diante do Nacional, e Aimar (sem Witsel em campo, e mesmo com belga já que não havia médio de cobertura) foi obrigado a vir buscar a bola muito atrás e não conseguiu assim dar mais apoio aos avançados nos últimos metros. Rodrigo esteve algo apagado, e Cardozo também.
Com este resultado, fica assim disposta a classificação da Liga ZON Sagres:
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