A minha primeira memória de… um jogo entre AC Milan e Nápoles

Pandev empatou o encontro quatro minutos após o 1-0

Depois dos títulos nacionais (1986-87 e 1989-90) e uma Taça UEFA (1988-89) com Diego Maradona e de uma queda a pique nos anos 1990 (com despromoção à Série B em 1997-98 e depois em 2000-01), o Nápoles apareceu revigorado no início da década de 2010, com os três mosqueteiros Cavani, Lavezzi e Hamsik a catapultarem a equipa do sul de Itália para um patamar superior.

 

Entretanto Lavezzi já havia rumado ao Paris Saint-Germain, mas o treinador Walter Mazzarri tinha ainda à disposição, em abril de 2013, futebolistas conceituados como o guarda-redes internacional italiano Morgan De Sanctis, o lateral direito internacional italiano Christian Maggio, o defesa central/lateral esquerdo internacional colombiano Camilo Zúniga, o central internacional argentino Hugo Campagnaro, os médios internacionais suíços Valon Behrami e Blerim Dzemaili e o atacante internacional macedónico Goran Pandev. A dar os primeiros passos na equipa principal estava o extremo Lorenzo Insigne.

 

Já o AC Milan de Massimiliano Allegri parecia uma equipa em fim de ciclo, já sem nada a ver com a equipa que era temida por toda a Europa na década anterior. Thiago Silva e Zlatan Ibrahimovic haviam saído para o Paris Saint-Germain quase um ano antes, ao passo que Alessandro Nesta foi para uma espécie de pré-reforma no Canadá e Clarence Seedorf foi para o Brasil despedir-se dos relvados. Havia ainda uma versão pálida de Robinho e o talentoso e problemático Mario Balotelli. Olhando agora para aquele conjunto de jogadores, até custa a crer como entraram para este encontro da 31.ª jornada da Série A em 3.º lugar, a quatro pontos do segundo classificado Nápoles e a 13 da líder Juventus. Que tempos difíceis para o calcio!

 

Na noite de domingo de 14 de abril de 2013, em San Siro, os rossoneri entraram melhor no encontro e chegaram ao golo à passagem da meia hora, por intermédio do médio internacional francês Mathieu Flamini, a passe do ponta de lança internacional italiano Giampaolo Pazzini (29’). Mas, praticamente na resposta, Hamsik cruzou rasteiro para Pandev, que igualou o encontro (33’).

 

No segundo tempo o ritmo de jogo foi menos intenso e as ocasiões de golo foram bastante escassas, confirmando-se o empate a um golo.

 

Numa crónica redigida para este blogue, destaquei que o jogo foi um com Kevin-Prince Boateng e outro sem o atacante ganês do AC Milan, que saiu lesionado aos 36 minutos. Afinal, o irreverente futebolista africano “entrou a todo o gás” na partida e a equipa tinha nos pés dele uma passagem obrigatória nos “principais lances de ataque”. Depois da lesão de Boateng, “o Nápoles, que entrou mal no encontro, foi-se recompondo”.

 

“A partir do 1-1 o encontro tornou-se mais morno e equilibrado”, com “menos ação perto das balizas”. A principal nota de destaque no segundo tempo foi mesmo a expulsão de Flamini, devido a uma entrada violente sobre Zúniga.

 

Individualmente, do lado do AC Milan destaquei o “intransponível” Philippe Mexès, o “organizador” Montolivo e o “todo-o-terreno” Muntari. Entre os napolitanos realcei a “exibição positiva” de Campagnaro, a “profundidade” dada por Maggio ao flanco direito, a importância de Behrami “na recuperação de bola” e na construção e a forma como Hamsik tratou a bola.