André Gomes, Bernardo Silva, Renato
Sanches e Gonçalo Guedes. O Centro de Estágios do Benfica, no Seixal, tem
estado a produzir verdadeiros craques, capazes de contribuir para o desempenho
desportivo da equipa sénior e de gerar enormes mais-valias em termos
financeiros.
O sucesso da fábrica encarnada,
nos últimos anos, é indesmentível, pelo que os adeptos do futebol já fazem
apostas ao próximo ‘canterano’ a ser lançado por Rui Vitória e agarrar um lugar
do plantel principal. O nome do médio-ofensivo João Carvalho, de 20 anos, é um
dos favoritos.
Após um longo percurso pela
formação encarnada e pelas seleções jovens, o centrocampista natural de
Castanheira de Pêra apareceu na equipa B com apenas 17 anos, em 2014, e só na
temporada que agora finda é que está, em termos etários, no primeiro ano de
sénior. Depois de 82 jogos e 12 golos pelos bês benfiquistas, estreou-se na I
Liga em fevereiro, ao serviço do Vitória de Setúbal, emblema que o recrutou por
empréstimo.
À beira-Sado, ganhou rodagem
durante quatro meses, tendo participado em 15 jogos (13 a titular) e apontado
um golo – em pleno Dragão… -, adaptando-se e mostrando o seu valor no patamar
maior do futebol português, onde rapidamente cativou, uma vez que foi eleito
melhor jovem do mês por duas ocasiões.
Baixinho, com apenas 1,70 m, João
Carvalho dá nas vistas pela sua capacidade técnica e qualidade de passe. Com a
bola nos pés, faz tudo bem, apenas com o pé direito – prefere a trivela a
utilizar o esquerdo. Deixa o esférico redondinho nos companheiros, cruza bem,
remata bem, sabe desenvencilhar-se em espaços curtos e mostra inteligência nas
ações. Apesar da tenra idade, é um conhecedor do jogo, acelerando ou
arrefecendo o ritmo consoante as necessidades do coletivo.
Apareceu no Bonfim como ‘10’, mas
José Couceiro desviou-o algumas vezes para o corredor esquerdo, onde atuou como
falso extremo, sempre virado para dentro do campo e sem a tal verticalidade do
típico ala. Ainda assim, deverá ser a jogar no meio, à frente de um ou dois
centrocampistas mais recuados, que vai conseguir convencer Rui Vitória.
Certamente fará a pré-época com o
plantel principal, mas se o destino lhe ditar nova cedência a um clube de I
Liga, não lhe fará mal algum, sobretudo se estiver integrado numa equipa que
goste de ter bola, a filosofia que pode valorizar e potenciar o futebol dele.
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