Sporting foi melhor, mas continua sem vencer os outros grandes
Esta noite, no Estádio José
Alvalade, em Lisboa, Sporting e FC Porto empataram a zero, na 1ª jornada do
Grupo B da Taça da Liga.
Eis a constituição das
equipas:
Sporting
O
Sporting nunca venceu a Taça da Liga, mas chegou por duas vezes à final:
2007/08 e 2008/09.
Os
leões são um dos líderes do campeonato, juntamente com FC Porto e Benfica,
todos com 33 pontos.
Os
comandados por Leonardo Jardim têm o melhor ataque da Liga ZON Sagres (33 golos
marcados), uma das melhores defesas (9 sofridos) e o melhor marcador (Fredy
Montero, 13).
FC Porto
O FC
Porto também nunca conquistou a Taça da Liga, e tal como o seu adversário desta
noite, foi finalista vencido em duas ocasiões: 2009/10 e 2012/13.
Os
dragões não vencem em Alvalade desde 2008.
O
conjunto orientado por Paulo Fonseca tem, em igualdade com o Sporting, a melhor
defesa do campeonato.
Cronómetro:
Inicio de jogo intenso em Alvalade, embora com a bola
ainda longe das balizas.
As duas equipas praticavam um futebol apoiado, apesar dos
diferentes triângulos no meio-campo. Ghilas envolvia-se mais do que Slimani
nesse estilo coletivo.
Sporting numa fase muito pressionante e praticamente
instalado no meio-campo adversário.
45+1’
Jefferson atirou à malha lateral.
Intervalo.
Sporting tentava em demasia passes em profundidade pelo
ar.
Sem mais ocorrências até final, confirmou-se o empate.
Análise:
Apesar do resultado, desengane-se quem pensa que o jogo
foi aborrecido. O ritmo foi sempre intenso, com muita combatividade, futebol à
flor da relva e vontade de vencer.
Nem sempre a bola rondou as balizas, especialmente na
primeira parte, mas foi bonita a toada de parada/resposta.
O Sporting foi quase sempre a melhor equipa em campo. Não teve mais
posse, é verdade, mas criou mais perigo, desenvolveu mais e melhores jogadas de
ataque, e criou mecanismos para anular a manobra ofensiva dos dragões, fosse
numa zona mais recuada, ou mais avançada. Valeu ao FC Porto uma prestação muito
inspirada de Fabiano.
Arbitragem fantástica de Olegário Benquerença.
Arbitragem fantástica de Olegário Benquerença.
Analisando os atletas em campo, começando pelos do Sporting…
Marcelo Boeck foi poucas
vezes chamado a intervir, mas mostrou sempre segurança e concentração;
Cédric esteve em grande
plano, exibindo enorme combatividade; Eric Dier apresentou grande
confiança para quem não é opção regular do treinador, e esteve a bom nível; Rojo
nunca hesitou em despachar com pontapé para a frente quando se sentiu apertado;
e Jefferson foi o homem das bolas paradas, e foi eficiente nas suas
tarefas ao longo do jogo;
William Carvalho equilibrou a
equipa, reduziu espaço aos adversários, tapou linhas de passe e ainda ofereceu
alguma verticalidade à equipa a partir de uma posição recuada; André Martins
foi o médio que se aproximou mais do ponta-de-lança, mas esteve menos em foco
que os seus companheiros de meio-campo; e Adrien recuperou imensas
bolas, e fez da noite de Herrera um inferno, pressionando-o constantemente;
Capel apareceu
apenas a espaços e os seus rasgos individuais foram raros; Wilson Eduardo
assinou alguns desequilibrios nos quais se destacam um drible muito bem
conseguido sobre Alex Sandro, do lado direito, ainda na primeira parte; e Slimani
nunca conseguiu ganhar a bola quando esta lhe foi enviada para o espaço vazio,
já que acabou sempre intercetada por um central portista, mas quando a recebeu
de frente, conseguiu dar continuidade aos ataques;
Montero deu mobilidade
ao ataque, mas dispôs de poucas oportunidades para marcar; Carrillo
entrou muito bem, agitando o jogo; e Vítor dispôs de uma das mais
gritantes ocasiões de golo, mas Fabiano fez oposição ao seu remate.
Quanto aos jogadores do FC Porto…
Fabiano esteve sempre seguro e concentrado, assinando três intervenções
fantásticas no mesmo minuto (74’ );
Danilo sentiu bastantes dificuldades sobretudo a partir do momento que Carrillo
foi lançado em campo; Maicon e Mangala fizeram uso da sua
envergadura física, capacidade impulsão e qualidade no jogo aéreo para anular
Slimani nesse aspeto; e Alex Sandro foi muito consistente
defensivamente, embora nem sempre bem apoiado por Licá;
Fernando esteve alguns furos abaixo do que é habitual, e saiu com problemas físicos;
Herrera apresentou-se bastante nervoso, os jogadores do Sporting
aproveitaram isso para o pressionar ainda mais, e tal situação fê-lo falhar
alguns passes; e Carlos Eduardo viu William Carvalho encurtar-lhe
constantemente o espaço, e foi expulso por acumulação de amarelos já na reta
final;
Varela foi consistente e exibiu um ou outro rasgo individual; Licá não
esteve particularmente inspirado, e revelou alguma inércia para acompanhar as
subidas de Cédric; e Ghilas apareceu praticamente uma única vez no
encontro, e foi logo aos 7’ ,
quando rematou por cima;
Lucho trouxe maior serenidade ao meio-campo; Defour fez devidamente a
cobertura defensiva como lhe competia na posição 6; e Jackson Martínez
esteve pouco tempo em campo e não dispôs de oportunidades para marcar.
Com
este resultado, fica assim disposta a classificação da Taça da Liga:
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