Esta tarde, no Estádio Alyataus M.
Centrinis, em Kaniükai, a França derrotou a Espanha por 2-1, num jogo a contar
para as meias-finais do EURO 2013 (Sub-19). Rodríguez (de grande penalidade)
inaugurou o marcador para La Roja , mas Benzia e
Conte restabeleceram a reviravolta.
Eis a constituição das equipas:
Espanha
A Espanha fez o
pleno na fase de grupos: três vitórias em três jogos, nove pontos e 1º lugar no
Grupo A.
Iker Hernández
(2), Sandro Ramírez (2), Fede Vico e Álvaro Vadillo marcaram os golos espanhóis
na prova.
França
Os gauleses, em fases finais de Europeus de
Sub-19, nunca foram derrotados pela Espanha em tempo regulamentar. Apenas foram
batidos nas grandes penalidades, por duas ocasiões.
A França qualificou-se em 2º lugar no Grupo
B, com cinco pontos.
Adrien Hunou (2) e Yassine Benzia foram os
autores dos tentos de Les
Bleus na prova.
Mendy está lesionado e falha o resto do
torneio.
Cronómetro:
Jogo pausado, com os espanhóis a tentarem controlar através da posse
de bola.
A Espanha só conseguia circular o esférico entre os seus defesas e
médios-defensivos, tal a densidade de jogadores franceses atrás da linha da
bola.
Intervalo.
Fim do tempo regulamentar.
Inicio do prolongamento.
Intervalo do prolongamento.
Sem mais ocorrências até final, confirmou-se o triunfo da França, que
irá encontrar a Sérvia no encontro decisivo.
Análise:
A Espanha desde cedo que quis assumir o controlo do jogo, através da
posse de bola, algo que já está mais do que contido no ADN nas seleções jovens
de La Roja.
No entanto, face à densidade gaulesa no seu meio-campo defensivo, as
ocasiões de golo a favor dos espanhóis não abundaram, e o golo só surgiu
através de uma grande penalidade, cobrada de forma irrepreensível por José
Rodríguez.
A resposta francesa não se fez tardar e dois minutos depois, Jean
lançou Benzia em velocidade e este empatou o encontro com um remate certeiro.
A toada do encontro continuou no segundo tempo, sem muitas
oportunidades para ambos os lados, e também sem golos, por isso, a decisão
ficou para o prolongamento.
Já no tempo extra, apesar de La Roja
continuar a controlar o encontro, a França dispôs de duas boas oportunidades, e
se na primeira Nangis permitiu a defesa de Blanco, na segunda, após duas
tentativas falhadas de aliviar a bola de López e Íñiguez, Conte assinalou a
reviravolta.
Na etapa complementar do prolongamento, Les Bleus preocuparam-se sobretudo em segurar a vantagem, algo que
haveriam de conseguir.
Analisando os atletas em campo, começando pelos da Espanha…
Blanco (Celta Vigo) fez várias intervenções de elevado grau de dificuldade;
Bellerín (Arsenal) e Gayá (Valencia) deram bastante profundidade aos
respetivos flancos; Sánchez (?) esteve a bom nível; e López
(Sporting Gijón) viu Benzia fugir-lhe pelas costas no lance do 1-1 e falhou de
forma incrível o alívio no lance do 1-2;
Rodríguez (Real Madrid) joga com grande serenidade,
sendo um dos construtores de jogo, certeiro no passe, posiciona-se sempre de
forma a cobrir as subidas de Bellerín pelo corredor direito, e cobrou de forma
irrepreensível o penalty que deu o
1-0; Íñiguez (Villarreal), menos influente, que o seu colega de setor, é
um médio de processos simples, mas esteve muito mal na fotografia na tentativa
de aliviar a bola no lance que deu o segundo golo à França; e Vico
(Anderlecht) foi o playmaker, mas só
conseguiu pegar no jogo em zonas bastante recuadas;
Vadillo (Betis) é veloz e conquistou a grande penalidade; Moi Gómez
(Villarreal) apareceu pouco; e Hernández (Real Sociedad) esteve apagado;
Ramírez (Barcelona) pouco se viu; Traoré (Barcelona) refrescou o corredor
direito, onde acrescentou velocidade; e Torro (Real Madrid) entrou como
medida de prevenção, já que Rodríguez estava já amarelado.
Quanto aos jogadores da França…
Beunardeau (Le Mans)
esteve seguro nas suas intervenções;
Ikoko (Paris SG)
chegou por várias vezes atrasado aos lances, sobretudo na segunda parte; Conte
(Paris SG) cometeu a grande penalidade que originou o 1-0, mas redimiu-se ao
apontar o segundo golo francês; Laporte (Athletic) esteve irrepreensível;
e Moreira (Rennes), embora fosse um destro no lado esquerdo, até foi
mais ofensivo que o lateral contrário;
Azouni (Marselha) foi o
médio mais posicional, quase exclusivo para tarefas defensivas; Hunou
(Rennes) libertou-se pouco da sua posição, não conseguindo ser influente no
último terço, naquele que foi um jogo de sacrifício; e Rabiot (Paris SG)
foi o centro-campista que mais se soltou, exibindo mais uma vez a sua elegância
e qualidade de passe;
Jean (Troyes) fez a
assistência para o 1-1; Martial (Mónaco) gosta de fletir da esquerda
para a zona central; e Benzia (Lyon), algo desapoiado, restabeleceu a
igualdade depois de um bom movimento em desmarcação;
Rodrigues (Toulouse)
tentou dar nova vida ao ataque gaulês, e acabou por fazer o cruzamento para o
1-2; Gbamin (Lens) refrescou o miolo; e Nangis
(Caen) dispôs de três boas oportunidades para marcar, todas no prolongamento,
mas Blanco travou-as.
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