segunda-feira, 29 de julho de 2013

EURO 2013 (Sub-19) | Espanha 1-2 França

uefa.com
Esta tarde, no Estádio Alyataus M. Centrinis, em Kaniükai, a França derrotou a Espanha por 2-1, num jogo a contar para as meias-finais do EURO 2013 (Sub-19). Rodríguez (de grande penalidade) inaugurou o marcador para La Roja, mas Benzia e Conte restabeleceram a reviravolta.


Eis a constituição das equipas:


Espanha


La Roja tentará conquistar um Europeu de Sub-19 pela sétima vez, sendo a atual recordista.
A Espanha fez o pleno na fase de grupos: três vitórias em três jogos, nove pontos e 1º lugar no Grupo A.
Iker Hernández (2), Sandro Ramírez (2), Fede Vico e Álvaro Vadillo marcaram os golos espanhóis na prova.


França


Os gauleses, em fases finais de Europeus de Sub-19, nunca foram derrotados pela Espanha em tempo regulamentar. Apenas foram batidos nas grandes penalidades, por duas ocasiões.
A França qualificou-se em 2º lugar no Grupo B, com cinco pontos.
Adrien Hunou (2) e Yassine Benzia foram os autores dos tentos de Les Bleus na prova.
Mendy está lesionado e falha o resto do torneio.


Cronómetro:

Jogo pausado, com os espanhóis a tentarem controlar através da posse de bola.

13’ Martial recebeu o esférico de Rabiot, fletiu da esquerda para a zona central e rematou para defesa de Blanco.

26’ Conte derrubou Vadillo na área gaulesa, e foi assinalada uma grande penalidade que Rodríguez converteu em golo.


28’ Jean desmarcou Benzia nas costas de López, e este restabeleceu a igualdade.


34’ Benzia, de livre direto, obrigou Blanco a grande intervenção.

34’ Rabiot furou pela esquerda e depois chutou à malha lateral.

39’ Benzia apareceu desmarcado por Rabiot, e depois atirou para defesa de Blanco.

A Espanha só conseguia circular o esférico entre os seus defesas e médios-defensivos, tal a densidade de jogadores franceses atrás da linha da bola.

Intervalo.

49’ Na sequência de um canto cobrado pela esquerda por Vadillo, López cabeceou por cima.

62’ Hernández foi substituído por Ramírez.

63’ Francis Smerecki trocou Jean por Rodrigues.

68’ Bellerín subiu pelo seu flanco e cruzou rasteiro para a entrada de Vadillo, que rematou à malha lateral.

73’ Traoré rendeu Moi Gómez.

80’ Saiu Rodríguez, entrou Torro.

90’ Vico atirou para fora.

90’ Gbamin substituiu Hunou.

Fim do tempo regulamentar.

Inicio do prolongamento.

94’ Martial cedeu o seu lugar a Nangis.

98’ Benzia serviu Nangis, mas este não conseguiu bater Blanco.

105’ Na sequência de um pontapé de canto, Rodrigues cruzou para a entrada da área, Íñiguez e López falharam o alívio e a bola sobrou para Conte que apontou o 1-2.


Intervalo do prolongamento.

106’ Blanco negou o golo a Nangis.

109’ Vadillo, de livre direto, não acertou na baliza.

114’ Rabiot isolou Nangis, mas este voltou a perder o duelo com Blanco.

Sem mais ocorrências até final, confirmou-se o triunfo da França, que irá encontrar a Sérvia no encontro decisivo.


Análise:

A Espanha desde cedo que quis assumir o controlo do jogo, através da posse de bola, algo que já está mais do que contido no ADN nas seleções jovens de La Roja.
No entanto, face à densidade gaulesa no seu meio-campo defensivo, as ocasiões de golo a favor dos espanhóis não abundaram, e o golo só surgiu através de uma grande penalidade, cobrada de forma irrepreensível por José Rodríguez.
A resposta francesa não se fez tardar e dois minutos depois, Jean lançou Benzia em velocidade e este empatou o encontro com um remate certeiro.
A toada do encontro continuou no segundo tempo, sem muitas oportunidades para ambos os lados, e também sem golos, por isso, a decisão ficou para o prolongamento.
Já no tempo extra, apesar de La Roja continuar a controlar o encontro, a França dispôs de duas boas oportunidades, e se na primeira Nangis permitiu a defesa de Blanco, na segunda, após duas tentativas falhadas de aliviar a bola de López e Íñiguez, Conte assinalou a reviravolta.
Na etapa complementar do prolongamento, Les Bleus preocuparam-se sobretudo em segurar a vantagem, algo que haveriam de conseguir.


Analisando os atletas em campo, começando pelos da Espanha
Blanco (Celta Vigo) fez várias intervenções de elevado grau de dificuldade;
Bellerín (Arsenal) e Gayá (Valencia) deram bastante profundidade aos respetivos flancos; Sánchez (?) esteve a bom nível; e López (Sporting Gijón) viu Benzia fugir-lhe pelas costas no lance do 1-1 e falhou de forma incrível o alívio no lance do 1-2;
Rodríguez (Real Madrid) joga com grande serenidade, sendo um dos construtores de jogo, certeiro no passe, posiciona-se sempre de forma a cobrir as subidas de Bellerín pelo corredor direito, e cobrou de forma irrepreensível o penalty que deu o 1-0; Íñiguez (Villarreal), menos influente, que o seu colega de setor, é um médio de processos simples, mas esteve muito mal na fotografia na tentativa de aliviar a bola no lance que deu o segundo golo à França; e Vico (Anderlecht) foi o playmaker, mas só conseguiu pegar no jogo em zonas bastante recuadas;
Vadillo (Betis) é veloz e conquistou a grande penalidade; Moi Gómez (Villarreal) apareceu pouco; e Hernández (Real Sociedad) esteve apagado;
Ramírez (Barcelona) pouco se viu; Traoré (Barcelona) refrescou o corredor direito, onde acrescentou velocidade; e Torro (Real Madrid) entrou como medida de prevenção, já que Rodríguez estava já amarelado.


Quanto aos jogadores da França
Beunardeau (Le Mans) esteve seguro nas suas intervenções;
Ikoko (Paris SG) chegou por várias vezes atrasado aos lances, sobretudo na segunda parte; Conte (Paris SG) cometeu a grande penalidade que originou o 1-0, mas redimiu-se ao apontar o segundo golo francês; Laporte (Athletic) esteve irrepreensível; e Moreira (Rennes), embora fosse um destro no lado esquerdo, até foi mais ofensivo que o lateral contrário;
Azouni (Marselha) foi o médio mais posicional, quase exclusivo para tarefas defensivas; Hunou (Rennes) libertou-se pouco da sua posição, não conseguindo ser influente no último terço, naquele que foi um jogo de sacrifício; e Rabiot (Paris SG) foi o centro-campista que mais se soltou, exibindo mais uma vez a sua elegância e qualidade de passe;
Jean (Troyes) fez a assistência para o 1-1; Martial (Mónaco) gosta de fletir da esquerda para a zona central; e Benzia (Lyon), algo desapoiado, restabeleceu a igualdade depois de um bom movimento em desmarcação;
Rodrigues (Toulouse) tentou dar nova vida ao ataque gaulês, e acabou por fazer o cruzamento para o 1-2; Gbamin (Lens) refrescou o miolo; e Nangis (Caen) dispôs de três boas oportunidades para marcar, todas no prolongamento, mas Blanco travou-as.

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