Esta noite, no Estádio Comunale Friuli, em Udine, o Sporting de Braga apurou-se para a fase de grupos para a Liga dos Campeões ao derrotar a Udinese por 5-4 nas grandes penalidades, depois do 1-1 no final do tempo regulamentar e prolongamento, resultado igual ao da primeira mão. Armero inaugurou o marcador para os transalpinos, Rúben Micael igualou para os portugueses e ainda marcou o “penalty” decisivo.
Eis a constituição das equipas:
Udinese
Aos transalpinos basta um empate sem golos para seguirem para a fase de grupos da Liga dos Campeões.
Depois da igualdade regista na primeira mão, a Udinese perdeu no terreno da Fiorentina por 1-2, para o campeonato italiano.
Sporting de Braga
Os bracarenses estão obrigados a marcar para seguir em frente na competição, e só uma vitória ou uma igualdade com dois ou mais golos lhe dão o apuramento.
Entre as duas mãos, os minhotos derrotaram o Beira Mar por 3-1 numa partida da Liga ZON Sagres.
Em relação à partida da primeira mão, as novidades na Udinese foram a maior proximidade entre Fabbrini e Di Natale, e também o já expectável adiantamento do bloco.
9’ Willians perdeu a bola junto da sua área, Mossoró conseguiu ficar com ela e assistiu Lima, mas Brkic negou-lhe o golo.
25’ Num lance ofensivo construído em futebol apoiado, Basta, na direita, encontrou Armero nas costas de Leandro Salino, e este de cabeça deu vantagem aos transalpinos.
41’ Di Natale, de livre, contou com um desviou da defesa bracarense, e quase batia Beto, que defendeu para canto.
A Udinese, confiante com o tento obtido, estava mais subida no terreno e a arrefecer o ritmo, jogando assim com o resultado.
44’ Numa jogada de contra-ataque dos italianos, a bola sobrou para Armero, que viu o guarda-redes responder ao seu remate com uma intervenção com os pés.
Ao intervalo, Badu rendeu Willians.
52’ Hugo Viana atirou forte de fora da área para defesa de Brkic.
Os minhotos entraram muito bem no segundo tempo, exercendo intensa pressão e povoando o meio-campo contrário, continuando ainda a superioridade no que concerne a posse de bola.
59’ Alan apareceu na zona de finalização e testou os reflexos do guardião transalpino.
60’ José Peseiro trocou Ruben Amorim por Rúben Micael.
69’ Roberto Pereyra cedeu o seu lugar a Pasquale.
71’ Hugo Viana, de livre directo, colocou a bom com força no ângulo, no entanto, Brkic conseguiu impedir o empate.
Mossoró obrigou novamente o guardião sérvio a aplicar-se, e na recarga cruzou à meia volta para Rúben Micael que cabeceou para o fundo das redes.
O Braga estava motivado com o golo, enquanto que a Udinese pareceu a esmorecer.
81’ Fabbrini foi substituído por Maicosuel.
Fim do tempo regulamentar.
90+4’ Paulo César rendeu Alan.
No prolongamento estava-se a assistir a um jogo partido, fruto do desgaste dos jogadores, no entanto, os bracarenses aparentavam maior frescura física.
105’ Beto largou a bola numa saída aos pés de Di Natale, mas depois acabou por travar um remate de Pasquale.
Intervalo do prolongamento.
107’ Éder substituiu Mossoró.
120+1’ Hugo Viana, de livre directo, voltou Brkic a aplicar-se.
Fim do prolongamento, a decisão foi para grandes penalidades:
1-0 Domizzi;
1-1 Lima;
2-1 Pinzi;
2-2 Custódio;
Maicosuel tentou marcar à Panenka, Beto não se deixou enganar;
2-3 Éder;
3-3 Armero;
3-4 Paulo César;
4-4 Di Natale;
4-5 Rúben Micael deu a vitória ao Braga.
Com este resultado, os minhotos arrecadam quase 9 milhões de euros e a sua segunda presença na fase de grupos da Liga dos Campeões.
A Udinese mostrou-se mais ofensiva que na primeira mão, com Fabbrini a actuar bem mais próximo de Di Natale e com a linha do meio-campo e defensiva mais adiantadas no terreno, e apesar do inicio de jogo equilibrado, em que os bracarenses até tiveram uma flagrante oportunidade para marcar, foram os italianos a adiantarem-se no marcador aos 25’, e até perto do intervalo, a justificarem essa vantagem, mostrando confiança, mantendo o bloco subido e jogando com o resultado, arrefecendo o ritmo da partida.
No entanto, os comandos por José Peseiro entraram muito bem na segunda parte, empurraram os transalpinos para a sua zona defensiva, conseguiram introduzir uma intensidade forte, sobretudo com a entrada de Rúben Micael, que para além de dinamizar a equipa, conseguiu o golo do empate.
Até final do tempo regulamentar, foi a formação portuguesa quem esteve mais perto do 2-1, embora ambos os conjuntos não tivessem arriscado muito, tanto nessa fase, como em todo o prolongamento, levando o jogo para as grandes penalidades, onde o Braga foi mais feliz.
Analisando os atletas em campo, começando pelos da Udinese…
Brkic fez uma extraordinária exibição, sempre muito seguro e com reflexos apuradíssimos;
Benatia não acompanhou o movimento de Rúben Micael no 1-1, e juntamente com Danilo e Domizzi, formaram um trio de defesas que passou por bastantes dificuldades, mas que ainda assim não comprometeu;
Basta fez todo o corredor direito, e voltou a estar em evidência, com o cruzamento para o golo; Pinzi, agressivo, soltou-se no apoio aos homens da frente e também a Basta, na direita; Willians, muito empenhado, equilibrou a equipa, foi um recuperador de bolas e saiu surpreendentemente ao intervalo, provavelmente com queixas físicas; Roberto Pereyra não se conseguiu libertar da posição e esteve apagado; e Armero deu vantagem aos transalpinos, no entanto, desperdiçou duas boas oportunidades que poderiam ter arrumado com a eliminatória;
Fabbrini, portador de bom recorte técnico, esteve muito mais próximo do ponta-de-lança do que na primeira mão, tendo participado inclusivamente no 1-0; e Di Natale apareceu sobretudo na cobrança de bolas paradas, já que em lances corridos esteve pouco activo, foi apanhado várias vezes em fora-de-jogo, e foi dos primeiros a acusar o desgaste;
Badu entrou para realizar exactamente as mesmas tarefas que Willians, no entanto, mostrou também a sua dimensão física e velocidade; Pasquale refrescou o corredor esquerdo; e Maicosuel, sem ter estado em grande evidência nos quase 40 minutos que esteve em campo, acabou por ser um dos protagonistas da noite ao falhar um “penalty” à Panenka.
Quanto aos jogadores do Braga…
Beto revelou-se algo intranquilo a segurar o esférico em determinadas ocasiões, mas acabou por estar bem, e não se deixou enganar na grande penalidade batida por Maicosuel;
Leandro Salino falhou na marcação a Armero no 0-1 e em outros lances em que o jogadores da Udinese apareceu em boa posição para marcar; Douglão e Paulo Vinicius formaram uma dupla de centrais bastante sólida; e Ismaily exibiu-se a bom nível, fazendo o habitual vai-vem no corredor esquerdo;
Custódio, revelando alguma lentidão a executar passes, acabou por não comprometer; e Hugo Viana, homem das bolas paradas, foi muito rematador;
Alan esteve apagado na primeira parte, mas melhorou de produção na segunda; Mossoró foi muito desequilibrador, acelerou o jogo, dinamizou o ataque e fez a assistência para o 1-1; e Ruben Amorim pouco acrescentou ofensivamente, e cedo deixou de ter como principal função ajudar a fechar o seu flanco;
Lima nunca se escondeu do jogo, recuou para dar linhas de passe aos colegas, acabou por ficar em branco, mas verdade seja dita que teve poucas ocasiões para finalizar;
Rúben Micael trouxe ainda mais dinâmica ao meio-campo, mostrou não ser incompatível com Mossoró, e foi decisivo, tanto apontando o tento da igualdade, como o “penalty” decisivo que carimbou a presença dos bracarenses na fase de grupos da Liga dos Campeões; e Éder trouxe musculo à equipa e também presença física na área adversária.
O Sporting de Braga estará no Pote 2 do sorteio da Champions, que se realizará quinta-feira.
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