Esta noite, no Estádio José Alvalade, o Sporting derrotou o Saint-Étienne por 3-1, no jogo de apresentação dos leões aos seus adeptos e associados. Carrillo (2) e Wolfswinkel (de grande penalidade) marcaram para os lisboetas, e Sako para os gauleses.
Eis a constituição das equipas:
Sporting
Este será o quinto jogo dos leões na pré-temporada, depois das vitórias sobre Atlético do Cacém (11-0) e Sheffield Wednesday (2-0), dos empates em jogos de 45 minutos diante do Belenenses e Atlético (ambos 0-0, embora com triunfo nas grandes penalidades), e da derrota frente ao Charlton (0-1).
Saint-Étienne
Os “verts”, campeões franceses por dez ocasiões, ficaram em 7º na última edição da Ligue 1.
Nesta pré-época, registaram uma vitória e dois empates nos três jogos disputados, diante do Ajaccio (1-1), Lens (0-0) e Tours (2-0).
Para já, os principais reforços são Renaud Cohade (ex-Valenciennes), François Clerc (ex-Nice) e Firas Mugrabi (ex-Maccabi Netanya).
O Saint-Étienne estava a ser superior na fase inicial da partida, conseguindo-se aproximar com maior facilidade da área contrária.
30’ Wolfswinkel apareceu desmarcado, ligeiramente descaído pela esquerda, e face à saída de Ruffier entre os postes, serviu André Martins que com a baliza deserta precipitou-se e atirou ao lado.
O jogo estava agora mais equilibrado, até mesmo com algum ascendente do Sporting, que se foi chegando à frente e foi tendo menos dificuldade em sair para o ataque de forma organizada.
35’ Na sequência de um cruzamento de Diego Capel pela direita, Carrillo fugiu à marcação de Nicolita e cabeceou para o fundo das redes.
O Sporting chegou ao interregno com quase 70% de posse de bola, ainda que alguma dessa percentagem tenha sido de passes entre os quatro homens da defesa na tentativa de esperarem por alguma movimentação na zona do meio-campo para fazer a equipa progredir no terreno.
Ao intervalo, Ricardo Sá Pinto trocou Rui Patrício, Cédric, Boulahrouz, Pranjic, Elias e Schaars por Marcelo Boeck, Pereirinha, Daniel Carriço, Xandão, Insúa, Gelson Fernandes e Adrien Silva.
50’ Diego Capel, na marcação de um livre lateral, cruzou para o segundo poste onde Daniel Carriço, com tudo para marcar de cabeça, não acertou no alvo.
59’ Após um grande passe de Adrien Silva a isolar Wolfswinkel nas costas de Perrin, o holandês deu um toque demasiado comprido para o lado direito que acabou por servir de passe para Carrillo que só teve de encostar para o 2-0.
60’ Jeffrén e Rinaudo renderam Carrillo e André Martins.
Adrien Silva passou a jogar como “10”.
No Saint-Étienne, Clerc foi substituído por Bakary Sako.
Nicolita recuou para lateral-direito.
69’ Daniel Carriço cedeu o seu lugar a Onyewu.
71’ Diego Capel foi derrubado na área por Perrin e foi assinalada uma grande penalidade, que Wolfswinkel converteu em golo.
73’ Alonso, Kitambala e Lemoine substituíram Aleksic, Cohade e Perrin.
75’ Na sequência de um canto favorável aos “verts”, Bakary Sako, num pontapé de ressaca à entrada da área reduziu a desvantagem.
77’ Saíram Wolfswinkel e Capel para as entradas de Diego Rubio e Wilson Eduardo.
78’ Após um livre lateral pela direita, Mignot saltou mais alto que os defesas leoninos e cabeceou para defesa de Marcelo Boeck.
80’ Saiu Gradel, entrou Hamouma.
90+3’ Hamouma obrigou Marcelo Boeck a aplicar-se.
Na festa de apresentação do plantel aos associados, o Saint-Étienne mostrou logo de inicio que estava em Alvalade para discutir o resultado, parecendo ter processos mais definidos, chegando ao ataque com maior frequência e até de certa forma, acalmando o público, que parecia morno nesta fase, no entanto, a partir dos 20/25 minutos o Sporting foi equilibrando a partida e até criando algum ascendente, marcando já na recta final por Carrillo.
No segundo tempo, os leões mantiveram o domínio apesar das sete alterações (nos sete postos mais defensivos) e chegaram ao 2-0 à passagem da hora de jogo, novamente pelo extremo peruano.
Dez minutos depois, Capel ganhou uma grande penalidade que Wolfswinkel transformou em golo, e a partir daí, com mais alterações, a equipa lisboeta não foi capaz de manter o mesmo ritmo até final, e foi nessa altura que o Saint-Étienne reduziu a desvantagem.
Analisando os atletas em campo, começando pelos do Sporting…
Rui Patrício esteve mal numa saída a um cruzamento, numa das poucas vezes que foi chamado a intervir;
Cédric foi tímido mas não comprometeu; Boulahrouz mostrou-se muito forte pelos ares, com grande capacidade de impulsão; Rojo tem talento a sair a jogar e antecipar-se aos lances; e Pranjic deu profundidade ao flanco esquerdo, mas nem sempre foi bem sucedido nos cruzamentos;
Elias apareceu em zonas mais adiantadas com maior frequência; Schaars fez uma exibição com algumas oscilações; André Martins não teve muito protagonismo;
Carrillo bisou, evidenciando a qualidade no jogo aéreo já demonstrada na época transacta, mas também, mais maturidade, perdendo menos a bola, e melhor no passe e na desmarcação, tomando melhores decisões; Diego Capel fez a assistência para o 1-0 e ganhou a grande penalidade; e Wolfswinkel serviu involuntariamente o extremo peruano no lance do 2-0 e ainda facturou de “penalty”;
No que diz respeito aos suplentes utilizados: Marcelo Boeck, sem culpas no golo sofrido, ainda fez uma intervenção fantástica; Pereirinha teve bons pormenores mas continua pouco intenso e agressivo; Xandão, Onyewu e Daniel Carriço não comprometeram; Insúa exibiu-se satisfatoriamente mas parece não ter ainda ganho a luta pelo lado esquerdo da defesa; Gelson Fernandes e Rinaudo foram sempre agressivos a defender; Adrien Silva entrou inicialmente para o meio-campo defensivo, fez um fantástico passe para Wolfswinkel na jogada do 2-0 e acabou como “10”, Jeffrén não deslumbrou; Wilson Eduardo apareceu por uma ocasião, rematando à baliza; e Rubio nada acrescentou.
Quanto aos jogadores do Saint-Étienne…
Ruffier não teve culpa nos golos encaixados;
Clerc e Ghoulam fecharam bem ao meio; Perrin viu Wolfswinkel fugir-lhe nas costas no lance do 2-0 e ainda cometeu a grande penalidade; e a Mignot não há nada a apontar;
Guilavogui é um médio possante; Clément foi discreto; e Cohade, sempre metros atrás do ponta-de-lança, não deu nas vistas;
Nicolita não acompanhou Carrillo no 1-0 e acabou como lateral-direito; Max Gradel ora à direita, ora à esquerda, demonstrou qualidade, com velocidade e técnica; e Aleksic esteve apagadíssimo.
Quanto aos suplentes utilizados, o destaque vai para Bakary Sako, que reduziu a desvantagem; no que diz respeito ao resto, pouco acrescentaram.
Sim senhor, ao que parece, temos aqui um visionário.
ResponderEliminarHonestamente, e como o meu feedback enquanto leitor é importante, estava à espera de outro tipo de blog quando o tema são análises desportivas. Do género análises táticas.
Mas estou impressionado com o que vi
David, experimente o meu projeto e vamos falar sobre isso
www.teoriadofutebol.com
Valter Correia