Esta noite, no Estádio da Mata Real, Paços de Ferreira e FC Porto empataram 1-1, num jogo a contar para a 24ª jornada da Liga ZON Sagres. Ricardo na própria baliza abriu o marcador para os dragões e Melgarejo repôs a igualdade.
Eis a constituição das equipas:
Paços de Ferreira
Apesar de por tradição o Paços ser considerada uma equipa forte a jogar em casa, esta época têm a pior defesa da competição na condição de visitados.
Depois de na primeira parte da temporada terem sido praticamente considerados candidatos à despromoção, conseguiram recuperar e já estão seis pontos acima da linha de água.
Sassá, Tony e Manuel José estão lesionados.
FC Porto
Os dragões têm neste jogo uma boa oportunidade para se afastarem do Benfica, que sexta-feira empatou em Olhão.
Danilo e Djalma por lesão, e Maicon por castigo falham o encontro da Mata Real. Fernando regressou aos convocados mas começa o jogo no banco.
O FC Porto foi ocupando o meio-campo pacense nos minutos iniciais da partida, mas sem criar perigo. Do outro lado, o Paços explorava a capacidade de velocidade e de drible de Michel para tentar gerar desequilíbrios no último terço do terreno.
Aos 18’, James Rodríguez isolou Lucho que tentou o chapéu a Cássio mas desviou o esférico com a ponta dos dedos.
Pouco depois, João Moutinho fez um grande passe para Hulk na direita que assistiu Janko para o coração da área mas o austríaco acertou mal na bola e esta bateu no poste e foi para fora.
Á passagem da meia hora, Hulk fez uma diagonal a partir do seu flanco e rematou para defesa do guardião dos castores, e na recarga Janko, muito pressionado, não conseguiu marcar.
Para o segundo tempo, Vítor Pereira trocou Defour por Fernando e os dragões marcaram logo no minuto inicial, após arrancada de Hulk pela direita o seu cruzamento foi desviado por Ricardo para o interior da sua própria baliza.
Aos 52’, Lucho picou a bola para o interior da área onde o “Incrível” já muito em cima de Cássio, permitiu a defesa do guarda-redes pacense.
Seis minutos depois, “El Comandante” serviu João Moutinho que atirou forte mas ao lado.
A meio da segunda parte, Hulk fez nova diagonal a partir do seu flanco e depois rematou para defesa de Cássio.
Logo a seguir, Luisinho perdeu a bola para o internacional brasileiro mas o guardião do Paços voltou a negar-lhe o golo.
Á entrada para o último quarto de hora, o duelo entre o atacante do FC Porto e o guarda-redes pacense repetiu-se, novamente com vantagem para o dono da baliza dos homens da casa.
Aos 78’, Melgarejo empatou o jogo, cabeceando para o fundo das redes um pontapé de canto marcado por Josué (tinha substituído Vítor).
Apesar dos esforços do técnico dos dragões, que abdicou de Sapunaru para colocar Varela, o empate permaneceu e os azuis e brancos não conseguiram aproveitar o deslize do Benfica e podem-se deixar ultrapassar pelo Sp. Braga no topo da tabela.
O FC Porto esteve sempre por cima do jogo, controlando-o do primeiro ao último minuto, criou boas ocasiões, no inicio da segunda parte conseguiu marcar através de um auto-golo e tentou ampliar a vantagem mas encontrou um opositor de peso para fazer o 2-0: Cássio. Foram diversas as vezes que o guardião brasileiro evitou o tento dos dragões, especialmente a Hulk, e já na recta final da partida, o Paços conseguiu o empate numa das raras oportunidades que teve para conseguir alvejar a baliza adversária.
Os campeões nacionais em título ainda tentaram voltar a estar na frente do marcador, mas não o conseguiram e a igualdade acabou por premiar a eficácia dos castores e penalizar essa falta de eficiência dos portistas.
Analisando os atletas, começando pelos do Paços…
Cássio foi gigante entre os postes, um dos principais responsáveis pelo ponto conquistado pela equipa.
Nuno Santos foi competitivo e não deixou James brilhar, Filipe Anunciação adaptou-se bem a central, Ricardo foi infeliz ao marcar na própria baliza e Luisinho mostrou alguns bons pormenores a atacar mas Hulk foi forte de mais para ele e foram várias as vezes em que o brasileiro o ultrapassou.
André Leão, Luiz Carlos e Vítor, cada um há sua maneira e com as suas características próprias, foram muito trabalhadores.
Melgarejo para além da velocidade e técnica que já lhe são reconhecidas e têm sido destacadas pela imprensa, mostrou também ser um bom cabeceador, pois foi de cabeça que marcou o golo da sua formação. Alvarez não esteve tanto em jogo como o paraguaio no seu flanco mas mostrou qualidade e Michel foi o “Hulk do Paços”, dada a sua capacidade física, técnica e rapidez.
Josué acrescentou melhor colocação de bola, sobretudo nas bolas paradas, e foi ele que marcou o canto para o golo de Melgarejo. Caetano entrou para as transições rápidas mas teve poucas oportunidades para explorar essa situação.
Quanto aos jogadores do FC Porto…
Helton não foi obrigado a defesas complicadas, Sapunaru teve Melgarejo a dar-lhe que fazer durante o jogo todo, Rolando falhou na antecipação ao lance do golo do Paços, Otamendi esteve bem e Alvaro Pereira acusou a dimensão do campo, não conseguindo dar a mesma profundidade ao flanco esquerdo como é habitual.
Defour como médio mais recuado esteve muito longe de ser um “polvo” como Fernando, João Moutinho foi intenso a defender e atacar, distribuindo passes de grande classe e Lucho que até fez uma boa primeira parte, desapareceu na segunda, mostrando até pouco brio e solidariedade para com os colegas nas abordagens aos lances.
Hulk foi o melhor dos dragões, sempre a procurar diagonais, a inventar espaços e a procurar o remate, mas infelizmente para ele, hoje Cássio negou-lhe o golo por várias vezes. James esteve muito desaparecido do jogo e Janko desperdiçou as bolas oportunidades que teve.
Fernando trouxe muita segurança defensiva, e quando se fala no sector defensivo do FC Porto como o ponto fraco da equipa e olha-se para os números que apontam os dragões como defesa menos batida do campeonato, estes não são dados contraditórios, o processo defensivo dos azuis e brancos não se resume aos homens do sector mais recuado mas também a este “Polvo” que é um excelente recuperador de bolas, roubando-as ao adversário, interceptando linhas de passe e pressionando o portador do esférico, parecendo invisível mas tendo uma importância letal, com pouca recorrência à falta. Kléber não trouxe mais que Janko e Varela entrou tarde, teve uma oportunidade mas desperdiçou-a.
Com este resultado, fica assim disposta a classificação da Liga ZON Sagres:
Boas,
ResponderEliminarMau muito mau ... não pelo jogo em sí porque poderiamos ter marcado mais um par de golos ... mas mau para o meu coração, mau porque perdemos mais uma oportunidade de nos distanciarmos para 3 que seriam 4 pontos e fundamentalmente mau porque se o braga ganha deixamos a liderança, e como diz o ditado candeia que vai á frente ...
Um abraço
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