Esta noite, em Coimbra, Académica e Benfica empataram sem golos, em jogo a contar para a Liga ZON Sagres.
Eis a constituição das equipas:
Académica
A briosa não vence em casa para o campeonato desde 26 de Setembro, os resultados recentes não têm sido os melhores, no entanto, estão qualificados para a Taça de Portugal, onde defrontarão o Sporting.
Abdoulaye e Pape Sow castigados, e Diogo Gomes, Orlando e Éder por lesão, falham o encontro com o Benfica.
Benfica
Depois de duas derrotas consecutivas, uma com o Zenit para a Liga dos Campeões (2-3), e outra com o Vitória de Guimarães para a Liga (0-1), o Benfica procura vencer em Coimbra para assegurar a liderança do campeonato antes do clássico da próxima jornada diante do FC Porto.
Luisão, castigado, é ausência de peso. Rodrigo, surpreendentemente, ficou fora dos 18 eleitos para o jogo.
A partida começou equilibrada, com ligeiro ascendente para os encarnados, que aos 18’ criaram a primeira ocasião de golo quando Maxi Pereira fez um cruzamento para Aimar que apareceu ao primeiro poste a cabecear, no entanto, Peiser impediu o tento do argentino.
Três minutos depois, o lateral-direito uruguaio do Benfica rematou forte de fora da área mas a bola saiu por cima.
Na primeira parte a Académica jogou acima de tudo para não perder, mostrando poucas intenções de querer ganhar o jogo, com os seus jogadores a procurarem acima de tudo não se posicionarem, pois atacavam em 4-3-3 mas defendiam em 4-4-2 com Edinho e Danilo a serem os dois homens que faziam uma pressão nas zonas mais adiantadas e com os extremos, Adrien e Diogo Melo a fazerem o quarteto intermédio.
Ao intervalo, Jorge Jesus percebeu que precisava de dar mais mobilidade ao ataque, e como o processo ofensivo dos estudantes era praticamente inexistente, optou por trocar o médio-defensivo Matic pelo avançado Nélson Oliveira, e logo aos 21 segundos da segunda parte o jovem português isolou-se a passe de Aimar e quase marcava.
Seis minutos depois, Nélson Oliveira apareceu pela direita e cruzou para o interior da área, e Flávio Ferreira ao tentar cortar o lance, enviou a bola à trave, fazendo quase auto-golo.
Ainda assim, Jesus continuou a pensar que era preciso agitar ainda mais as coisas e substituiu o apagado Gaitán por Nolito.
Com menos equilíbrio defensivo dos lisboetas, notou-se maior atrevimento da Académica e aos 54’, Saulo de longe obrigou Artur a defesa muito complicada.
O jogo estava claramente mais aberto, e dois minutos depois, o moralizado Nélson Oliveira em boa posição rematou para boa defesa de Peiser, e na recarga tanto Diogo Melo como o guarda-redes francês da briosa impediram o golo de Maxi Pereira.
Aos 64’, na sequência de um livre completamente ensaiado, Cardozo apareceu na cara do guardião do conjunto de Coimbra, mas este voltou a negar uma alteração no marcador.
A dez minutos do fim, Danilo e Saulo chocaram cabeça com cabeça, ficaram ambos combalidos e a sangrar e tiveram de ser substituídos, por Rui Miguel e Marinho respectivamente.
Assim que o jogo foi reatado, na sequência de um lançamento longo de Maxi Pereira, Nélson Oliveira apareceu ao segundo poste mas não conseguiu dar vantagem ao Benfica.
Aos 90+5’ (o árbitro deu seis minutos de compensação), depois de uma série de ressaltos confusos, o jovem português voltou a permitir nova defesa a Peiser.
Até final, nada mais a registar, com um empate sem golos a ser o resultado da partida. Durante a partida, o Benfica foi sempre superior, na primeira parte não criou muitas ocasiões de golo, mas a Académica fechou-se muito e raramente saiu do seu meio-campo, e na segunda, os encarnados abriram o jogo, foram mais efusivos no ataque, mas foram menos seguros defensivamente, já que Matic saiu ao intervalo, e apesar de terem mais e melhores oportunidades para se colocarem em vantagem, houve períodos em que estiveram tão perto de marcar como de sofrer, já que a briosa apostou muito no contra-ataque, maioritariamente conduzidos por Diogo Valente (entrou para o lugar de Magique) sobre o flanco esquerdo.
Analisando individualmente os atletas, começando pela Académica, Peiser fez uma exibição fantástica e pode ser claramente apontado como homem do jogo.
Cédric e Hélder Cabral não atacaram muito mas fecharam bem, com o primeiro a ser mais lúcido que o segundo, e os centrais estiveram em grande nível.
Diogo Melo foi importantíssimo a segurar o meio-campo, onde teve a preciosa ajuda de Adrien Silva, que para além dessas tarefas defensivas, sempre que teve se encarregar de distribuir jogo, fê-lo bem. Danilo foi o médio mais solto, e a defender foi com Edinho as duas unidades mais adiantadas do conjunto orientado por Pedro Emanuel.
Magique esteve apagado, e quando Diogo Valente entrou, mexeu com a equipa e com o jogo. Saulo foi importante a segurar a bola no meio-campo adversário, e Edinho foi a referência do ataque mas não teve grandes oportunidades para marcar.
Quanto ao Benfica, Artur foi obrigado a uma grande defesa aos 54’ e foi seguro nas saídas aos cruzamentos.
Maxi Pereira atacou bem, mas na segunda parte houve momentos em que as suas subidas desequilibraram a equipa, com agradecimentos por parte de Diogo Valente. Jardel falhou alguns passes, mas a defender esteve a bom nível, tal como Garay, e Emerson esteve q.b., não tem grande capacidade ofensiva mas não comprometeu defensivamente.
Matic defendeu em zonas muito mais adiantadas no terreno, quis ser um “8” e não conseguiu fazer esquecer Javi Garcia, antes pelo contrário, sendo substituído ao intervalo. Witsel ajudou a equilibrar a equipa, mas devido à irreverência do seu companheiro de meio-campo defensivo na primeira metade e pela solidão na sua zona do terreno na segunda parte não conseguiu ligar bem a defesa e o ataque. Gaitán e Bruno César estiveram algo apagados, e Nolito mexeu bem mais com o jogo quando entrou, até mesmo como o próprio Yannick Djaló que trouxe ainda mais velocidade e profundidade ao flanco direito. Aimar nos primeiros 45 minutos teve pouco espaço, jogando entre os defesas e a primeira linha de médios da Académica, e depois não teve o apoio de Witsel tão próximo e foi obrigado a recuar. Cardozo não se mostrou muito e Nélson Oliveira foi provavelmente o melhor em campo do lado dos encarnados, agitando as águas na segunda parte, aparecendo na esmagadora maioria de lances perigosos da equipa, seja para os concluir ou para servir um companheiro, ainda que sem efeitos práticos.
Com este empate, fica assim disposta a classificação da Liga ZON Sagres:
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