O Barcelona foi esta noite ganhar em casa do Real Madrid por 2-1 na 1ª mão dos quartos-de-final da Copa del Rey, colocando-se em vantagem na eliminatória. Cristiano Ronaldo, Puyol e Abidal fizeram os golos.
Eis a constituição das equipas:
Real Madrid
Ao Real Madrid cabe a maior responsabilidade desta partida: Defender a Copa del Rey e vencer pela primeira vez o Barcelona esta temporada no quarto jogo disputado entre ambas as equipas.
A grande surpresa no onze é a entrada de Ricardo Carvalho, que já não jogava há três meses. Di Maria, Khedira e Arbeloa falham o encontro devido a lesão.
Nesta competição a formação de José Mourinho eliminou o Ponferradina (2-0 e 5-1) e o Málaga (3-2 e 1-0).
Barcelona
Já não dependendo de si próprio na Liga Espanhola, a equipa de Pep Guardiola quererá certamente vencer este troféu que lhe faltou na temporada transacta.
Nas rondas anteriores o Barça eliminou o L’Hospitalet (1-0 e 9-0) e o Osasuna (4-0 e 2-1).
David Villa, Pedro e Afellay falham o encontro devido a lesão, Keita já está com a selecção do Mali que vai disputar a CAN 2012.
O jogo começou bastante intenso mas equilibrado e sem oportunidades, mas logo aos 11’ o Real adiantou-se no marcador e logo por Cristiano Ronaldo, de pé esquerdo, após grande passe em profundidade de Benzema e drible sobre Piqué.
Cinco minutos depois, Fàbregas pica a bola para dentro da área onde Alexis Sánchez aparece para cabecear à trave num lance que parecia inofensivo.
Aos 25’, Messi aparece com espaço do lado esquerdo e remata rasteiro para grande defesa de Iker Casillas.
Pouco tempo depois, uma boa triangulação entre Xavi, Alexis e Iniesta quase que dava em golo, mas este último atirou por cima.
A primeira parte viu o Barcelona do costume, com mais posse de bola mas cujo estilo de jogo foi anulado pela estratégia defensiva dos “merengues” e pela exibição pouco inspirada de Messi.
Já o Real apresentou um sistema táctico com três médios de contenção que se dedicaram única e exclusivamente a tarefas defensivas, tendo uma participação irrelevante para o jogo ofensivo da equipa, cujas transições consistiam num passe longo para o trio Ronaldo – Benzema – Higuaín que tinham como missão atacar a baliza de Pinto. É que nem os laterais se envolveram no ataque, fechando quase como centrais quando a equipa não tinha a bola. A estratégia deu frutos quando num lance rápido Benzema assistiu Ronaldo para o golo dos “blancos”, mas ofensivamente perdeu bastante gás quando o internacional português sofreu uma lesão que o limitou fisicamente e lhe retirou poder de fogo.
A segunda parte começou praticamente com o Barcelona a marcar, através de um canto cobrado por Xavi, Puyol aparece ao segundo poste antecipando-se a Pepe, cabeceando para o fundo das redes.
Aos 54’, Fàbregas pica a bola para o interior da área onde Iniesta atirou de primeira, mas Sergio Ramos interceptou o remate e o esférico foi desviado para o poste.
O Real respondeu de seguida, e Benzema cabeceia ao ferro após cruzamento de Altintop pela direita, numa altura em que os laterais da formação de José Mourinho já se iam envolvendo mais ofensivamente.
A meio da segunda metade, Mourinho mexeu no xadrez e retirou um dos médios de contenção (Lass Diarra) para colocar um centro-campista de cariz mais ofensivo (Mesut Ozil) e ainda trocou o apagado Higuaín pelo mais explosivo Callejón.
A um quarto de hora do fim, Messi picou a bola de forma perfeita para Abidal que entrou na área e rematou para o 1-2, resultado com que terminaria a partida.
Foi uma vitória justa dos catalães que nunca mudaram a sua forma de jogar, mantiveram a identidade e o facto de José Mourinho ter adaptado este Real em função do Barcelona já é um indicador de quem era a equipa mais forte. As transições ofensivas estavam entregues apenas a três homens, com oito a desempenharem tarefas mais defensivas, e quando se trata de uma equipa que pretende vencer competições como a Liga dos Campeões tal não é aconselhável. Ainda que, até dado período do jogo, a estratégia tenha resultado e aguentar o 1-0 até final poderia ser uma realidade, ou até mesmo o ampliar da vantagem se Ronaldo não se tivesse lesionado, mas a verdade, é que tal não aconteceu.
Apesar de serem dos melhores do Mundo, os jogadores “merengues” não são máquinas, também cometem erros, também têm momentos de desconcentração (sobretudo quando o jogo aquece) e desgastam-se e isso acabou por ser crucial para a reviravolta “culé”.
Com as substituições, Mourinho ainda tentou mudar algo mas não foi a tempo.
Em termos individuais, começando primeiros pelos atletas do Real, Casillas não teve culpa nos golos e brilhou quando cortou uma bola de cabeça à entrada da sua área ainda na primeira parte.
Altintop falhou alguns passes e viu o segundo golo do Barcelona nascer pelo seu lado, Ricardo Carvalho e Sergio Ramos estiveram sempre muito atentos e Fábio Coentrão não permitiu que quem lhe surgisse pela frente causasse grandes estragos.
O trio de centro-campistas de contenção esteve igualmente muito concentrado e a ocupar muito bem os espaços, com Pepe a fazer uma grande exibição a desempenhar as suas tarefas, e só por aí poderia ser considerado o melhor do Real esta noite, mas infelizmente teve atitudes que em nada o valorizam, como uma pisadela na mão de Messi.
Cristiano Ronaldo estava a ser uma peça-chave na estratégia da equipa, fechando pelo lado esquerdo, pressionando o portador da bola no seu meio-campo como perto da área contrária e sendo a grande arma nas transições ofensivas que se pediam rápidas. O português de facto tinha as características indicadas para tal e o golo que marcou comprova-o, no entanto, uma lesão debilitou-o fisicamente ainda cedo no jogo e nunca mais pode contribuir para a equipa da mesma forma. Benzema fez os possíveis, estando muito bem a assistir CR7 no tento “merengue” e na segunda parte a cabecear ao poste. Quanto a Higuaín, foi o mais apagado desta “troika”, talvez por jogar fora do seu habitat natural. Creio que se o mais rápido e explosivo Di Maria estivesse disponível e fosse ele a ocupar a ala direita as coisas poderiam ter corrido de uma forma diferente, sobretudo se Ronaldo mantivesse a forma inicial.
Quanto aos suplentes, pouco há a dizer da sua contribuição para o jogo.
Quanto ao Barcelona, Pinto não brilhou muito e pareceu mal batido no golo.
Daniel Alves em parte do jogo voltou a fazer todo o corredor direito mas sem grandes consequências, Piqué não protegeu a baliza no golo do Real, Puyol mostrou toda a sua raça mais uma vez e Abidal das poucas vezes que subiu marcou.
Busquets foi a “âncora” da equipa como Luís Freitas Lobo gosta de dizer, Xavi e Iniesta não tiveram tanto espaço para fazerem o “tiki-taka” e Fàbregas fez uma série de grandes passes para o interior da área que por azar não foram concluídos em golo. Lionel Messi esteve algo apagado mas acabou por ser decisivo ao servir Abidal para o 1-2 e Alexis Sánchez foi chatinho para os defesas.
Desastroso Madrid. Asi no se puede perder. Aunque del Madrid nunca se puede decir que esté muerto. Esperaremos acontecimientos. Saludos.
ResponderEliminarOlá David, e acrescentou o seu blog para o meu blog interessante "Roja y a la Calle"
ResponderEliminarEu gostaria de acrescentar o meu blog para vocês também;)
Um abraço
O seu blog já está adicionado.
ResponderEliminarQuando colocar o meu agradecia que me avisasse. Obrigado
Perspectiva Desportiva
Gracias por tu visita y por tu invitación: Gustoso llevo tu enlace.
ResponderEliminarMe agradó conocer tu blog.
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