Quando o espetáculo da WWE se tornou uma
atração em Portugal, por volta de 2005, John Cena já era a principal estrela da
promotora norte-americana, no entanto, tinha alguns nomes de peso com os quais
ombreava nessa posição.
Batista, Triple H, The Undertaker, Shawn
Michaels, JBL, Kurt Angle, Edge, Randy Orton, Chris Benoit, Eddie Guerrero e Rey
Mysterio eram, entre outros, atrações capazes de gerar momentos, rivalidades e
combates que faziam sonhar os fãs.
Com o passar dos anos, alguns destes nomes
foram desaparecendo, uns por que se retiraram dos ringues, outros porque
mudaram de ares, e tragicamente, ainda houve os que faleceram. E claro, aqueles
que perderam influência e vão aparecendo, ou vagamente, ou de uma forma menos
importante na programação.
Era por isso necessária haver uma renovação,
de forma equilibrada, entre abandonos de veteranos, e ascensão de novos
valores. Só que o ritmo das saídas foi mais abundante, porque, num espetáculo
desportivo como este, as lesões, suspensões e as “promessas adiadas” também são
realidades.
Edge foi obrigado a retirar-se no momento
em que era campeão mundial e Rey Mysterio está constantemente na sala de operações,
só para referir dois nomes, e as apostas feitas em Bobby Lashley, John Morrison
e mais recentemente The Miz, Wade Barrett ou Jack Swagger parecem ser em vão.
John Cena tem por isso, desde 2005, sido
constantemente a grande cara da companhia, praticamente sem rival. É ele que
gera mais reações na plateia, que vende mais merchandising, um dos principais motivos para que os fãs comprem os
bilhetes para os eventos, e só agora chegou aos 36 anos. No entanto, quando se
fala de entretenimento, ver a mesma cara a assumir o protagonismo durante tanto
tempo, torna-se entediante, e por isso, enquanto a WWE experimentava rivais
para Cena, as audiências e vendas de PPV’s foram caindo.
O primeiro a ser alvo de grande aposta foi
Randy Orton, com quem teve inúmeros combates de cabeça-de-cartaz frente ao “Marine”,
mais de uma dezena em grandes eventos, contam os fãs, que viram entre eles
praticamente todo o tipo de estipulações. No entanto, Orton nunca conseguiu
criar a mesma empatia com o público, e por isso, foi perdendo influência a
partir de 2010, sensivelmente.
No verão de 2011, surgiu CM Punk, que com
mais liberdade, chocou os fãs com as suas promos
incisivas, correspondeu nos combates, foi campeão da WWE durante 434 dias
consecutivas (reinado mais longo dos últimos 25 anos) e conseguiu gerar algum
lucro. Mas nos PPV’s, mesmo sem o cinto na sua posse, era Cena que tinha o
embate cabeça-de-cartaz. Apesar de todo o alarido, Punk não conseguiu assumir o
papel principal.
Agora, em 2013, depois de ascensão
conseguida há custa de um extraordinário trabalho produzido nos últimos três
anos, surge Daniel Bryan. Desde cedo que Bryan mostrou que consegue tornar
muito entusiasmantes combates que à partida seriam desinteressantes, por isso,
imagine-se agora no topo. Tem a frase de marca do momento na WWE, “Yes! Yes! Yes!”, fazendo esquecer os “Woooooooooo” de Ric Flair, tornando o
ambiente à sua volta bastante barulhento. Parece ter conquistado bastante público
juvenil, algo que Punk não tinha conseguido, e tem um visual bastante próprio,
com uma barba longa que anda há muito tempo por fazer. No entanto, na promotora
de Vince McMahon, é muito mais difícil manter-se no topo do que lá chegar…
Nomes como Sheamus, Alberto Del Rio e Dolph
Ziggler são apostas secundárias.
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