quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Um dos heróis da única Taça do Leixões e sete vezes campeão pelo Benfica. Quem se lembra de Jacinto?

Jacinto triunfou no Leixões antes de dar o salto para o Benfica em 1962
Defesa matosinhense e formado no Leixões, numa altura em que era comum muitos produtos da formação ascenderem à equipa principal do clube, os chamados “bebés do Mar”, foi lançado às feras ainda com 19 anos, em 1960-61, e logo nessa época contribuiu para a conquista da Taça de Portugal, a única do emblema alvirrubro.
 
Versátil, podendo alinhar como lateral ou central com igual eficácia, começou como defesa esquerdo, mas foi no eixo defensivo que jogou (ao lado de Raul Machado), devido a problemas de saúde do histórico Raúl Oliveira, na final ganha ao FC Porto (2-0) em pleno… Estádio das Antas, a 9 de julho de 1961.

O mundialista senegalês que pendurou as luvas nos distritais de Setúbal. Quem conhece Khalidou Cissokho?

Cissokho esteve no Mundial 2002 e na... II Divisão Distrital
Lembra-se da seleção do Senegal no Mundial 2002? Chocou o mundo no jogo inaugural ao bater a campeã mundial e europeia França, apurou-se num grupo que também incluía Dinamarca e Uruguai, eliminou a Suécia nos oitavos de final e só foi travada pela Turquia nos quartos.
 
Na baliza dos leões de Teranga nessa que foi a estreia da seleção africana em Mundiais estava Tony Sylva, habitual segunda opção do Mónaco, mas um dos seus suplentes era Khalidou Cissokho, na altura um jovem guarda-redes de 23 anos do Jeanne d'Arc, clube pelo qual se sagrou campeão senegalês em 1999, 2001, 2002 e 2003 e venceu uma Taça da Assembleia Nacional em 2001. O filme repetiu-se dois anos depois, na edição de 2004 da Taça das Nações Africanas, na qual o Senegal não foi além dos quartos de final.

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

O brasileiro que saiu do FC Porto para o Benfica e naturalizou-se português. Quem se lembra de Paulo Pereira?

Paulo Pereira passou quase oito anos no futebol potuguês
Um raro caso de um jogador que saiu diretamente do FC Porto para o Benfica, com um polémico processo de naturalização à mistura que reacendeu o conflito norte-sul.
 
Defesa brasileiro capaz de atuar a central ou lateral e irmão gémeo do mais conceituado Paulo Silas, internacional canarinho que jogou no Sporting, entrou no futebol português em dezembro de 1988 pela porta de um FC Porto em remodelação, na ressaca da conquista do título europeu no ano anterior. Na altura tinha 23 anos e era proveniente dos mexicanos do Monterrey, após ter despontado no modesto São Bento.
 
Com a expetativa não de assumir desde logo a titularidade, mas de assegurar o futuro de uma equipa onde começavam a entrar jovens como Vítor Baía, Domingos, Secretário, Fernando Couto, Rui Jorge, Folha, Jorge Couto ou Jorge Costa, sagrou-se campeão nacional na segunda (1989-90) e na quarta época (1991-92) que passou nas Antas.

O belga que lançou Beto no Sporting mas não chegou ao Natal. Quem se lembra de Robert Waseige?

Robert Waseige orientou o Sporting em 16 jogos em 1996
Experiente treinador belga com alguns trabalhos interessantes no seu país, mas que nunca se havia aventurado no estrangeiro, foi um dos muitos treinadores que iniciaram épocas no Sporting durante um jejum de 18 anos sem títulos nacionais entre 1982 e 2000, mas não chegaram ao Natal.
 
No caso de Robert Waseige, um antigo médio com uma carreira modesta, começou por destacar-se entre 1971 e 1976 ao leme do Winterslag (atual Genk), levando-o da terceira divisão ao primeiro escalão da Bélgica.
 
Também à frente do RFC Liège (1983 a 1992) fez um trabalho meritório, tendo conquistado uma Taça da Liga (1986) e uma Taça da Bélgica (1989-90), tendo ainda atingido a final da taça em 1986-87.

Neste dia em 2000, o Sporting goleou o Vitória em Guimarães com um hat trick de Acosta. Quem se lembra?

Acosta brilhou nos duelos de Guimarães e Alvalade
As minhas primeiras memórias de jogos entre Sporting e Vitória de Guimarães remontam à temporada 2000/01, para a qual os leões partiram na pele de campeões nacionais mas encerraram em terceiro lugar e na qual os vimaranenses não foram além da 15.ª posição, apenas uma acima da zona de despromoção.

Os dois confrontos entre os dois clubes nessa época ficaram marcados por hat-tricks de Beto Acosta, então veterano avançado argentino de 34 anos que no que a campeonato diz respeito marcou quase tantos golos aos minhotos (seis) como às outras 16 equipas (oito).

O ala do Boavista que vestiu a camisola 10 no Benfica. Quem se lembra de Nelo?

Nelo fez grande parte da carreira no Bessa e foi internacional A
Lateral/médio esquerdo portuense, foi uma das grandes figuras do Boavistão entre 1988 e 1997, período no qual somou 202 jogos, nove golos e três troféus com a camisola axadrezada. Chegou a internacional A (11 jogos) e foi levado para o Benfica no tempo da revolução no plantel operada pelo presidente Manuel Damásio e o treinador Artur Jorge, mas não conseguiu replicar na Luz o êxito que teve no Bessa.
 
Formado no Boavista, teve muito que penar até se fixar no plantel principal, tendo passado por empréstimos a Felgueiras e Farense antes de se afirmar verdadeiramente na casa-mãe a partir da temporada 1990-91. Contudo, quando o conseguiu agarrou de tal forma o lugar que logo em outubro de 1990 foi convocado para a seleção nacional A, estreando-se num triunfo sobre a campeã europeia Holanda no Estádio das Antas (1-0).

Recorde aqui grandes jogos da Supertaça Italiana

Supercoppa de Itália teve a edição inaugural em 1988
Vitórias inesperadas, triunfos inéditos, reviravoltas épicas, jogos marcados por grandes golos, goleadas que não estavam no programa, duelos renhidos entre titãs, acontecimentos marcantes e muito mais. Tem sido assim desde que a Supertaça Italiana foi implementada, em 1988.
 
Recorde aqui alguns dos grandes jogos da história da prova.

Neste dia em 2007, Antonio Puerta desmaiou em campo num Sevilha-Getafe e veio a morrer três dias depois. Quem se lembra?

Jogo entre Sevilha e Getafe de agosto de 2007 marcado pela tragédia
Nunca assisti (via transmissão televisiva ou ao vivo) a um jogo entre Sevilha e Getafe, mas lembro-me de um que ficou na memória pelos piores motivos. Aconteceu a 25 de agosto de 2007, no Estádio Ramón Sánchez Pizjuán, e ficou marcado pela morte do futebolista sevilhista Antonio Puerta, aos 22 anos.

Neste dia em 2000, o Galatasaray de Jardel bateu o Real Madrid de Figo para conquistar a Supertaça Europeia. Quem se lembra?

Jardel venceu o troféu no jogo de estreia de Figo pelo Real

Tal como mencionei aquando de A minha primeira memória de… uma Supertaça Cândido de Oliveira, comecei a ver futebol em meados de 2000 e, a minha primeira memória de várias competições remonta a esse ano. A Supertaça Europeia não foi exceção.

Na altura, a prova era disputada jogo único – algo que se mantém desde 1998 – no Estádio Louis II, no Mónaco – foi assim entre 1998 e 2012 -, e pela primeira vez entre o vencedor da Liga dos Campeões e da Taça UEFA. Até então, o troféu era discutido entre os vencedores da Champions e da Taça das Taças, torneio extinto em 1999.

Neste dia em 2001, um hat trick de Mantorras ao Vitória de Setúbal motivou comparações com Eusébio. Quem se lembra?

Sadino Paulo Ferreira e benfiquista Mantorras lutam pela bola
Recordar o primeiro jogo entre Benfica e Vitória de Setúbal é como voltar à infância, a tempos que infelizmente não se repetirão. Lembro-me que estava de férias com os meus pais em Lagos e que um tio emigrado em França e o seu filho francês mas benfiquista apaixonado como poucos tinham ido ao antigo Estádio da Luz assistir ao encontro. O campeonato estava no início, na 3.ª jornada, e o encontro foi disputado no final de uma tarde de verão, a 25 de agosto de 2001.

domingo, 24 de agosto de 2025

O canhoto açoriano do Sporting que bisou nos 7-1 ao Benfica. Quem se lembra de Mário Jorge?

Mário Jorge somou 261 jogos e 21 golos pelo Sporting entre 1979 e 1991
Um dos melhores jogadores açorianos de sempre, um pódio que certamente dividirá com o goleador Pauleta e o comendador Eliseu. Natural de Ponta Delgada, fez toda a formação do Sporting, afirmando-se cedo como um promissor futebolista graças a características como qualidade técnica, visão de jogo e velocidade de execução.
 
Canhoto capaz de fazer todo o flanco esquerdo, dividiu a carreira entre as posições de lateral e de médio ala, com semelhante nível de desempenho.
 
Foi lançado na equipa principal dos leões por Rodrigues Dias a 12 de setembro de 1979, nos minutos finais de uma vitória caseira sobre o Estoril (2-0), numa altura em que tinha 18 anos praticamente acabadinhos de fazer, o que no final dessa época lhe valeu o estatuto de campeão nacional.

O príncipe nigeriano que brilhou na baliza do Farense. Quem se lembra de Rufai?

Peter Rufai defendeu a baliza do Farense entre 1994 e 1997
Titular da seleção nigeriana em dois Mundiais (1994 e 1998), é considerado por muitos o melhor guarda-redes da história do Farense. Afinal, chegou ao São Luís após ter ajudado as superáguias a atingir os oitavos de final no Campeonato do Mundo disputado nos Estados Unidos – algo que parece impensável nos dias de hoje – e logo na época de estreia contribuiu para o quinto lugar na I Divisão e consequente inédito apuramento para a Taça UEFA.
 
Embora tenha chegado ao emblema algarvio à beira dos 31 anos, após ter despontado em África (Stationery Stores e Femo Scorpions na Nigéria e Dragons no Benim) e jogado na Bélgica (Lokeren e Beveren) e Países Baixos (Go Ahead Eagles), foi a tempo de realizar duas temporadas e meia de grande nível. Ao serviço dos leões de Faro atuou em 67 partidas e sofreu 69 golos.

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

O Czar dos Balaídos que não se deu bem no Benfica. Quem se lembra de Mostovoi?

Mostovoi não foi além de 17 jogos e dois golos pelo Benfica
Foi, dos três russos que reforçaram o Benfica no início da década de 1990, o que fez melhor carreira. Em termos de clubes e de seleção. Mas foi o que teve mais dificuldades para se afirmar na Luz.
 
Proveniente do Spartak Moscovo, com um título europeu de sub-21 (1990) no currículo e já internacional A pela União Soviética e pela Comunidade dos Estados Independentes (CEI), Aleksandr Mostovoi aterrou em Lisboa em janeiro de 1992, meio ano depois de Iuran e Kulkov, o que fez toda a diferença. Porquê? Porque foi contratado, tal como os compatriotas, a pedido de Sven-Göran Eriksson, mas devido a problemas com o visto já não foi inscrito a tempo de jogar às ordens do sueco, que se mudou para a Sampdoria no verão desse ano.

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

O canhoto de Castro Daire que fez mais de 50 jogos pelo Benfica. Quem se lembra de Luís Carlos?

Luís Carlos conseguiu uma internacionalização pela seleção A
Extremo canhoto com alguma qualidade técnica, subiu a pulso na carreira: estreou-se como sénior no Oriental em 1991-92, na antiga III Divisão Nacional, entrou na I Liga pela porta do Salgueiros no verão de 1997, reforçou o Benfica em dezembro desse ano e somou a única internacionalização A que tem no currículo em agosto de 1998.
 
Nascido em Vila Nova, concelho de Castro Daire, em 21 de agosto de 1972, cresceu na freguesia lisboeta de Marvila e fez toda a formação no Oriental, clube no qual também fez a transição para sénior, tendo sido companheiro de equipa de Costinha, dois anos mais novo.
 
Após cinco temporadas no emblema grená, mudou-se para o Nacional da Madeira no verão de 1996, reencontrando o treinador José Moniz, e no final da época, já sob a orientação do brasileiro Jair Picerni, festejou a subida à II Liga.

O mítico guarda-redes que brilhou nas balizas de Varzim e Farense. Quem se lembra de Benge?

Benge notabilizou-se no Varzim ao longo de cinco temporadas
Mítico guarda-redes das décadas de 1960 e 1970, nasceu em Luanda e entrou no futebol português pela porta do Benfica, clube pelo qual chegou a sagrar-se campeão nacional em 1964-65, mas foi nas balizas de Varzim e Farense que mais se notabilizou.
 
Tapado por Costa Pereira e também com a concorrência de Rita, Nascimento e Barroca, deixou a Luz em 1965 para jogar com regularidade na I Divisão ao serviço de Varzim (de 1965 a 1967 e de 1968 a 1971) e Sanjoanense (1967-68). Paralelamente, perdeu o pai, morto no Tarrafal às mãos da PIDE.

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

O central/trinco que trocou a engenharia pelo Sporting e fez história no Santa Clara. Quem se lembra de Barrigana?

Barrigana passou quatro anos no Farense e seis no Santa Clara
Médio defensivo que também podia atuar como defesa central, era um promissor centrocampista do Amarante e tinha recusado abordagens de vários clubes para dar prioridade aos estudos, até porque estava já inscrito no curso de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, quando uma viagem de finalistas a Cascais, na altura da Páscoa de 1990, lhe mudou a vida.
 
Manolo Vidal, então diretor do Sporting, contactou o pai para perguntar se o filho podia ir treinar à experiência com os seniores leoninos. E assim foi. Durante uma semana e meia, o então júnior do Amarante treinou com os craques do emblema de Alvalade, agradou e ficou, tendo assinado um contrato de três anos. Quem não ficou muito agradado foi o Amarante, que quis receber uma indemnização e fez uma queixa à Federação Portuguesa de Futebol, o que impediu o jogador de competir oficialmente durante quase dois anos. “Mais valia treinar ali, no meio daqueles craques, do que jogar em outros clubes”, recordou ao Maisfutebol em maio de 2023.

Recorde os seis jogos das equipas portuguesas em casa do Fenerbahçe

Estádio Sukru Saracoglu foi inaugurado em 1908
Hoje um recinto moderno com capacidade para mais de 47 mil espetadores, o Estádio Sukru Saracoglu é desde quase sempre a casa do Fenerbahçe, tendo sido inaugurado em setembro de 1908, no ano a seguir à fundação do clube, tornando-se na altura no primeiro campo de futebol federado na Turquia.
 
Passou por três renovações (1929 a 1932, 1965 a 1982 e 1999 a 2006) e por várias mudanças de nome, começando por se chamar até ganhar a designação atual em julho de 1998, em alusão ao antigo presidente do Fener (1934 a 1950) e antigo primeiro-ministro turco (1942 a 1946).
 
Localizado na cidade de Istambul, o recinto já recebeu por cinco vezes visitas de equipas portuguesas em jogos oficiais, que se traduziram em três vitórias dos anfitriões, um empate e um triunfo de conjuntos lusos. Mas antes houve um triunfo do Fenerbahçe em… Izmir.
 
Vale por isso a pena recordar os seis jogos de equipas portuguesas em casa do Fenerbahçe.

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Pai de Bruno foi treinador de Mourinho e deu-lhe a primeira equipa para treinar. Quem conhece Fernando Lage?

Fernando Lage Nascimento foi duas vezes campeão distrital 
Bruno Lage e José Mourinho, que esta quarta-feira (20:00, em Istambul) se defrontam como treinadores de Benfica e Fenerbahçe, respetivamente, não são apenas compatriotas. São conterrâneos. E mais importante do que isso: há uma ligação antiga entre as famílias de ambos.
 
Tudo começou no início da década de 1980, nas bancadas do Estádio do Bonfim. “Fui eu que levei o Mourinho para o Comércio e Indústria quando ele passou de júnior a sénior. Eu não o conhecia, só conhecia o pai. Numa conversa de bancada no Vitória, ele estava a falar com amigos, a dizer que ia para o Comércio e eu intercedi. Perguntei-lhe quem era ele e para se explicar, e ele disse que tinha falado com um diretor. E eu disse que quem faz as aquisições do Comércio e Indústria sou eu, e que se quisesse ir para no dia seguinte aparecer no clube para conversarmos. No outro dia foi lá, chegámos a acordo, e ele passou a jogar nos seniores do Comércio e Indústria, na III Divisão Nacional”, contou o pai de Bruno Lage e do seu adjunto Luís Nascimento, Fernando Lage Nascimento, que na altura orientava a equipa alvinegra de Setúbal, em declarações proferidas ao jornal O Setubalense no final de 2016.

O húngaro que guiou o Benfica à dobradinha de 1980-81. Quem se lembra de Lajos Baróti?

Lajos Baróti orientou o Benfica entre 1980 e 1982
“Foi o melhor treinador da nossa história”. Foi assim que o presidente da federação húngara se referiu a Lajos Baróti aquando da morte do treinador em vésperas do Natal de 2005, aos 91 anos.
 
Afinal, foram 117 jogos efetuados ao leme da seleção magiar, incluindo nos mundiais de 1958, 1962, 1966 e 1978, e façanhas hoje praticamente impensáveis para o futebol daquele país como o título de campeão olímpico nos Jogos de Tóquio (1964), a medalha de bronze nos de Roma (1960) e o terceiro lugar no Euro 1964.
 
Pelo meio, venceu um campeonato (1957) e uma taça (1973) pelo Vasas SC e esteve associado ao período dourado do histórico Újpest (na altura Újpesti Dózsa), com a conquista de um tricampeonato (1969, 1970 e 1971), duas taças (1969 e 1970) e a presença na final da Taça da Cidades com Feiras em 1968-69.

O central com 307 jogos nas ligas profissionais e treinador com subidas seguidas pelo Barreirense. Quem se lembra de Duka?

Duka representou Barreirense, Espinho, Campomaiorense e Portimonense
Defesa central nascido a 18 de agosto de 1972 na vila de Ribeira Grande, na ilha cabo-verdiana de Santo Antão, mas radicado na zona do Barreiro desde tenra idade, começou por jogar nas camadas jovens de pequenos clubes daquela cidade da margem sul, nomeadamente Silveirense e Santoantoniense.
 
No emblema de Santo António da Charneca foi pela primeira vez companheiro de equipa do também central Paulo Fonseca, com quem seguiu para os iniciados do Barreirense no verão de 1986.
 
Em 1990-91, ambos foram lançados, ainda juniores, na equipa principal dos alvirrubros, que nessa época desceram da II Liga à II Divisão B. Duka, cujo nome de nascimento é Adriano da Luz Duarte, foi o primeiro dos dois a dar o salto, tendo saído para o Sp. Espinho no verão de 1994.

domingo, 17 de agosto de 2025

O único jogador do FC Porto a apontar um póquer ao Benfica. Quem se lembra de Lemos?

Lemos viveu tarde de sonho nas Antas a 31 de janeiro de 1971
Os anos vão passando e Lemos continua na história como o único jogador do FC Porto a apontar quatro golos num clássico com o Benfica.
 
Numa fase em que os dragões já levavam quase 12 anos de um jejum sem títulos nacionais, toda a equipa se riu quando o speaker de serviço das Antas anunciou, antes dessa partida disputada a 31 de janeiro de 1971, prémios de 100 contos em tintas Dukaline, um televisor, um gira-discos, uma máquina de lavar loiça e um frigorífico ao jogador dos azuis e brancos que marcasse três golos. Missão impossível? Não para este avançado nascido a 2 de fevereiro de 1950 em Angola.
 
Cerca de duas horas depois desse anúncio vindo da cabine de som, Lemos marcou os três golos que lhe garantiram o prémio e ainda faturou mais um como bónus. Foi a grande tarde da carreira do atacante portista, autor de todos os tentos de uma goleada por 4-0 sobre o rival, e uma prenda antecipada para um jovem que estava a dois dias de comemorar o 21.º aniversário.

sábado, 16 de agosto de 2025

Seis vezes melhor do mundo e campeão mundial e europeu. Qual a vossa principal memória de Ricardinho?

Ricardinho espalhou magia nas quadras durante mais de duas décadas
O ala internacional português Ricardinho anunciou este sexta-feira, aos 39 anos, o final de uma carreira no futsal repleta de títulos e prémios individuais que o deixam na galeria dos melhores de sempre na modalidade.
 
Eleito por um recorde de seis vezes o melhor jogador de futsal do mundo, em 2010 e entre 2014 e 2018, pelo portal especializado Futsal Planet, Ricardinho começou no Miramar FC, notabilizou-se no Benfica e passou pelo Nagoya Oceans (Japão), CSKA Moscovo (Rússia), Inter Movistar (Espanha), ACCS (Paris), Pendekar United (Indonésia), Riga FC (Letónia) e Ecocity Genzano (Itália), o último clube da carreira.

Recorde aqui grandes jogos da Premier League

O troféu da Premier League
Vitórias inesperadas, triunfos inéditos, reviravoltas épicas, jogos marcados por grandes golos, goleadas que não estavam no programa, duelos renhidos entre titãs e muito mais. Tem sido essa a toada da apaixonante Premier League.
 
Recorde aqui alguns dos grandes jogos da história da prova.
 

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Neste dia em 2004, Mourinho estreou-se na Premier League com uma vitória sobre o Manchester United. Quem se lembra?

Fortune e Lampard em disputa de bola em agosto de 2004

Lembro-me bem do primeiro jogo entre Chelsea e Manchester United a que assisti. Os blues, adquiridos cerca de um ano antes pelo magnata russo Roman Abramovich num projeto pioneiro no futebol europeu, estavam em ascensão na hierarquia do futebol mundial e tinham contratado José Mourinho, recém-coroado campeão europeu pelo FC Porto, para assumir o comando técnico.

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Defesa goleador do Sporting e primeiro brasileiro a jogar por Portugal. Quem viu jogar Lúcio?

Lúcio representou o Sporting entre 1959 e 1964
Muito antes de Deco, Pepe, Liedson, Dyego Sousa, Otávio e Matheus Nunes (e de Celso, já agora…) houve Lúcio, o primeiro futebolista nascido no Brasil a jogar pela seleção portuguesa e também um defesa central especialista na execução de livres diretos.
 
Nascido em Manhuaçu, no estado de Minas Gerais, mas filho de pai fafense e mãe portuense, jogava no América do Rio de Janeiro quando, durante digressão europeia do clube carioca, acabou contratado pelo Sporting em dezembro de 1959.
 

O treinador brasileiro bicampeão pelo FC Porto. Quem se lembra de Carlos Alberto Silva?

Carlos Alberto Silva orientou o FC Porto entre 1991 e 1993
Treinador que guiou o modesto Guarani a um inédito campeonato brasileiro em 1978 e a seleção do Brasil à medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Seul (1988) e à de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 1987, ingressou no comando técnico do FC Porto em julho de 1991, sucedendo a Artur Jorge após os dragões terem falhado a revalidação do título.
 
Ao leme de uma equipa onde pontificavam nomes como Vítor Baía, Aloísio, Fernando Couto, João Pinto, Domingos, André, Rui Filipe, Jaime Magalhães, Timofte ou Kostadinov, venceu a Supertaça Cândido de Oliveira e o título nacional na época de estreia, tendo ainda atingido a final da Taça de Portugal, perdida para o Boavista (1-2). Na temporada seguinte, 1992-93, levou os azuis e brancos ao bicampeonato.

O chileno que rescindiu com o Benfica devido a um passaporte falso. Quem se lembra de Escalona?

Escalona disputou apenas onze jogos oficiais pelo Benfica
Chegou a Portugal em julho de 2000, aos 21 anos, rotulado de um promissor lateral esquerdo chileno e depois de o Nápoles não o ter conseguido contratar ao Torino. Estreou-se numa vitória sobre os norte-irlandeses do Linfield num particular disputado a 2 de agosto em Belfast, e deixou de tal forma boa impressão que o Record lhe dedicou a manchete no dia seguinte: “Brilho. Escalona entusiasma na estreia pelo Benfica.”
 
Dias depois, reforçou o otimismo dos benfiquistas em relação à sua contratação com uma frase forte: “Mostrarei em campo quem sou.”
 
Julgava-se que seria apenas o início de um percurso bem-sucedido, mas afinal foi o canto do cisne para o jovem esquerdino recrutado com a ajuda do compatriota Cristián Uribe – médio do Benfica que o convenceu a rumar à Luz –, que passou praticamente toda a temporada 2000-01 na sombra do paraguaio Rojas e do jovem Diogo Luís.

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

O irlandês que brilhou no FC Porto na década de 1980. Quem se lembra de Mickey Walsh?

Walsh apontou 56 golos em 123 jogos pelo FC Porto entre 1980 e 1986
Ponta de lança nascido na cidade inglesa de Chorley, mas filho de pai irlandês, o que o tornou elegível para representar a internacionalmente a República da Irlanda, estreou-se como futebolista profissional ao serviço do Blackpool em 1973 e passou os primeiros anos da carreira a competir nas divisões secundárias de Inglaterra, quase sempre com uma boa média de golos.
 
Após mais de 80 remates certeiros em cinco anos no Blackpool, estreou-se na Division One em 1978-79, época que iniciou no Everton e que concluiu no Queens Park Rangers. Ao serviço dos toffees, que pagaram 375 mil libras pelo seu passe em agosto de 1978, estreou-se também nas competições europeias, e logo frente a uma equipa irlandesa, o Finn Harps.

Neste dia em 2000, Sporting e FC Porto iniciaram a disputa da última Supertaça a duas mãos. Quem se lembra?

João Vieira Pinto fez a estreia oficial pelo Sporting neste jogo

Comecei a ver futebol em meados de 2000 e, como acontece com vários outros torneios, a minha primeira memória de uma edição da Supertaça Cândido de Oliveira remonta a esse ano.

Na altura, a prova disputava-se a duas mãos, mas não como nas eliminatórias de hoje em dia, em que os golos marcados fora servem para critério de desempate. Ou seja, caso houvesse um empate no número de golos marcados e sofridos, recorria-se a uma terceiro jogo em campo neutro, designado de finalíssima. Foi o que veio a verificar-se em 2000, entre o Sporting campeão nacional e o FC Porto vencedor da Taça de Portugal, que arrastaram a decisão para 2001.

13 de agosto de 1996, o dia em que Rui Costa marcou ao… Benfica: “Foi o pior golo da minha vida”

Rui Costa muito acarinhado no regresso à Luz
13 de agosto de 1996, Estádio da Luz, Benfica-Fiorentina, jogo de apresentação dos encarnados aos sócios. As águias eram comandadas por Paulo Autuori e tinham em campo jogadores como Preud’homme, Calado, Valdo, João Pinto e Donizete, ao passo que o conjunto de Florença contava, entre outros, com Francesco Toldo, Gabriel Batistuta e… Rui Costa, que pela primeira vez atuava no palco benfiquista na condição de adversário do clube do coração.
 
Bastante acarinhado no regresso a casa dois anos após partir para Itália, o maestro internacional português recebeu flores ainda antes do apito inicial. Mas o momento mais alto da noite ficou guardado para perto do apito final, numa altura em que os lisboetas venciam por 1-0 – golo de Valdo, obtido através de um livre direto ainda nos instantes iniciais. Rui Costa, que minutos antes já tinha ameaçado o empate, recebeu um passe de Batistuta, passou por entre Hélder e Dimas e, já à entrada da pequena área benfiquista, bateu Michel Preud’homme.

Neste dia em 2000, um titular do Sp. Braga perdeu a vida num acidente de viação. Quem se lembra de Pedro Lavoura?

Pedro Lavoura representou Anadia, Académica e Sp. Braga
A uma semana do arranque do campeonato de 2000-01, o Sp. Braga perdeu um dos seus jogadores titulares num trágico acidente de viação. Pedro Lavoura, esquerdino que podia atuar como lateral ou extremo e que na época anterior tinha sido titularíssimo no onze de Manuel Cajuda, morreu quando tinha somente 26 anos.
 
Nascido em Caracas, na Venezuela, mas radicado na região da Beira Litoral desde tenra idade, cresceu futebolisticamente no Anadia e estreou-se como sénior em 1992-93, tendo passado pelo Aguinense, dos distritais da AF Aveiro, antes de se afirmar no regresso aos trevos da Bairrada em 1994-95, na II Divisão B.
 
No verão de 1995 transferiu-se para a Académica, tendo contribuído para a promoção à I Liga em 1996-97. Seguiram-se dois anos no primeiro escalão antes de concluir o ciclo de quatro anos em Coimbra com a despromoção à II Liga em 1998-99.

terça-feira, 12 de agosto de 2025

O craque do FC Porto que morreu em campo. Quem viu jogar Pavão?

Pavão atuou 229 vezes pelo FC Porto entre 1965 e 1973
Quis o destino que tivesse sido no minuto 13 da jornada 13, num dia de jogo nas Antas, um dos momentos de maior azar da história do FC Porto: um dos seus principais craques caiu fulminado no relvado, naquela que viria a ser a primeira morte súbita nos estádios portugueses. A notícia foi anunciada depois de um triunfo, sobre o Vitória de Setúbal (2-0), que ficou por comemorar.
 
Maestro do meio-campo azul e branco ao longo de oito anos (1965 a 1973), começou a jogar à bola nas ruas de Chaves, cidade onde nasceu a 12 de agosto de 1946, e percorreu as camadas jovens do Desportivo de Chaves, mas chegou aos dragões ainda júnior, em 1964, após ter sido descoberto pelo ilustre portista António Feliciano e perante a insistência do então coordenador de formação Artur Baeta. José Maria Pedroto poliu-o entre 1966 e 1969, catapultando-o para a seleção nacional A, e quis o destino que fosse ele o técnico dos sadinos naquele fatídico encontro de 16 de dezembro de 1973.

O búlgaro que brilhou no FC Porto e deixou França de fora do Mundial 1994. Quem se lembra de Kostadinov?

Kostadinov brilhou nas Antas entre 1990 e 1994
Uma das estrelas da geração irrepetível da Bulgária que atingiu as meias-finais do Mundial 1994, foi para o torneio disputado nos Estados Unidos como jogador do FC Porto, clube pelo qual brilhou no início da década 1990, tendo protagonizado uma dupla de ataque demolidora ao lado de Domingos.
 
Nascido em Sófia a 12 de agosto de 1967, despontou no CSKA local e começou a brilhar internacionalmente no Campeonato do Mundo de sub-20 em 1985, na União Soviética, tendo apontado dois golos na caminhada búlgara até aos quartos de final.
 
Após vencer dois campeonatos (1986-87 e 1988-89) e três taças (1986-87, 1987-88 e 1988-89) da Bulgária, e numa altura em que estava já estabelecido na sua seleção – estreou-se na véspera de Natal de 1988 –, transferiu-se para o FC Porto no verão de 1990.

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

O guarda-redes do Sporting que defendeu dois penáltis de Maradona. Quem se lembra de Ivkovic?

Ivkovic defendeu a baliza do Sporting entre 1989 e 1993
Muitos jugoslavos chegaram ao futebol português a partir do final da década de 1980, mas este é especial. Afinal, foi titular indiscutível do Sporting ao longo de quatro temporadas e conseguiu 100 dólares numa aposta ganha a Diego Maradona, após o primeiro de dois penáltis do argentino que defendeu na carreira, ambos em menos de um ano.
 
Nascido em Zagreb a 11 de agosto de 1960, ainda bem no tempo da antiga Jugoslávia, iniciou a carreira no maior clube da cidade-natal, o Dínamo, clube ao serviço do qual venceu a taça nacional em 1979-80 e o campeonato em 1981-82.

11 de agosto de 2001, o dia em que não deixaram jogar o Mantorras. Quem se lembra?

Mantorras alvo de marcação apertada por parte de Alexandre
Recordar o primeiro jogo entre Benfica e Varzim de que me lembro é como recuar à infância, à noite de verão de 11 de agosto de 2001, quando eu e o meu pai nos deslocámos a um café perto do Convento Madre de Deus da Verderena, no Barreiro, para assistirmos a esse encontro da 1.ª jornada da I Liga. Na altura, eu tinha apenas nove anos.
 
À procura de retomar o caminho dos títulos ou pelo menos das classificações honrosas, as águias comandadas por Toni vinham de uma pré-época recheada de bons resultados que contemplavam vitórias sobre Bastia, Galatasaray, Feyenoord e Fiorentina, assim como uma goleada por 13-0 ao modesto Gland durante o estágio na Suíça. A qualidade de alguns dos reforços também entusiasmava, como Zlatko Zahovič, Simão Sabrosa, Ljubinko Drulović e Pedro Mantorras. E depois vivemos num país em que cada bom momento do Benfica é empolado para um nível que muitas vezes desafia a razoabilidade.