quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Neste dia em 2000, um titular do Sp. Braga perdeu a vida num acidente de viação. Quem se lembra de Pedro Lavoura?

Pedro Lavoura representou Anadia, Académica e Sp. Braga
A uma semana do arranque do campeonato de 2000-01, o Sp. Braga perdeu um dos seus jogadores titulares num trágico acidente de viação. Pedro Lavoura, esquerdino que podia atuar como lateral ou extremo e que na época anterior tinha sido titularíssimo no onze de Manuel Cajuda, morreu quando tinha somente 26 anos.
 
Nascido em Caracas, na Venezuela, mas radicado na região da Beira Litoral desde tenra idade, cresceu futebolisticamente no Anadia e estreou-se como sénior em 1992-93, tendo passado pelo Aguinense, dos distritais da AF Aveiro, antes de se afirmar no regresso aos trevos da Bairrada em 1994-95, na II Divisão B.
 
No verão de 1995 transferiu-se para a Académica, tendo contribuído para a promoção à I Liga em 1996-97. Seguiram-se dois anos no primeiro escalão antes de concluir o ciclo de quatro anos em Coimbra com a despromoção à II Liga em 1998-99.
 
Após a descida de divisão mudou-se para o Sp. Braga, tendo vivido uma temporada de estreia bastante positiva no Minho em 1999-00, com 32 jogos disputados, 30 deles na condição de titular.
 
Preparava-se para a segunda época quando, ironicamente, perdeu a vida na data em que se assinala o Dia Mundial do Canhoto. Seguia com outros dois jovens, que também vieram a morrer, numa viatura que se despistou e embateu contra um muro na Estrada Nacional 235, em Oliveira do Bairro, no distrito de Aveiro, por volta das 7:15.
 
Estava a gozar uma folga e tinha ido a Aveiro festejar o aniversário de um primo de um dos amigos que viria a morrer, Alexandre Timóteo, depois de na véspera ter atuado 66 minutos com a camisola do Sp. Braga, frente à União de Leiria, num jogo particular. Após uma noite passada na discoteca Estação da Luz, em Quintãs, preparava-se para regressar a casa quando sofreu o acidente fatal ao volante do seu Porsche.
 
O embate foi de tal forma violento, até pela velocidade excessiva em que seguia o veículo, que o carro se partiu em duas partes e desfez por completo o muro. Enquanto a dianteira do automóvel permaneceu no local do embate, a traseira percorreu cerca de 50 metros e acabou por arder. Já os corpos foram projetados para fora da viatura, tendo atingido alguns automóveis que estavam estacionados próximo do local do acidente. Um dos bancos chegou a percorrer 20 metros e só parou no interior de um prédio.
 
Acordados pelo estrondo do embate, os habitantes locais depararam-se com um cenário de terror, com restos humanos espalhados pela rua.
 
Este não era o primeiro acidente grave de Pedro Lavoura, que já em 1997 se havia despistado na A1, perto de Santarém, tendo sofrido queimaduras graves, fraturas e uma lesão grave na cervical. Foi submetido a várias operações plásticas para reconstituir o rosto e esteve vários meses afastado dos relvados.



  



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