segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Hoje faz anos o ala do Boavista que vestiu a camisola 10 no Benfica. Quem se lembra de Nelo?

Nelo fez grande parte da carreira no Bessa e foi internacional A
Lateral/médio esquerdo portuense, foi uma das grandes figuras do Boavistão entre 1988 e 1997, período no qual somou 202 jogos, nove golos e três troféus com a camisola axadrezada. Chegou a internacional A (11 jogos) e foi levado para o Benfica no tempo da revolução no plantel operada pelo presidente Manuel Damásio e o treinador Artur Jorge, mas não conseguiu replicar na Luz o êxito que teve no Bessa.
 
Formado no Boavista, teve muito que penar até se fixar no plantel principal, tendo passado por empréstimos a Felgueiras e Farense antes de se afirmar verdadeiramente na casa-mãe a partir da temporada 1990-91. Contudo, quando o conseguiu agarrou de tal forma o lugar que logo em outubro de 1990 foi convocado para a seleção nacional A, estreando-se num triunfo sobre a campeã europeia Holanda no Estádio das Antas (1-0).
 
Em 1991-92 ganhou a Taça de Portugal, tendo sido suplente utilizado no triunfo sobre o FC Porto no Jamor (2-1), e no início da temporada seguinte atuou os 180 minutos no duplo confronto com os dragões (2-1 fora e 2-2 em casa) que ditou a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira. Também em 1992-93 contribuiu para a caminhada até à final da Taça de Portugal.
 
No verão de 1994 mudou-se para o Benfica na companhia de Tavares e até foi bastante utilizado na única época que passou de águia ao peito, tendo sido titular em 30 dos 35 que disputou, incluindo sete na Liga dos Campeões, com a mítica camisola com o número 10 nas costas. “Na fase de grupos, ganhámos os jogos todos em casa [Anderlecht, Steaua e Hajduk Split] e empatámos os jogos fora”, recordou ao Diário de Notícias em março de 2016, impotente para impedir a eliminação aos pés do “grande Milan, no qual ainda jogava o Baresi”, nos quartos de final.
 
 
Pelo meio, em janeiro de 1995, capitaneou a seleção nacional que venceu a SkyDome Cup, disputada num tapete sintético no Canadá, tendo atuado no empate com a seleção anfitriã (1-1) e na vitória sobre a Dinamarca (1-0).
 
No final da temporada, porém, Nelo invocou motivos familiares para voltar à Invicta: “Artur Jorge queria que continuássemos, mas a minha mulher não se adaptou a Lisboa, as minhas filhas choravam e a minha cabeça já não estava lá.”
 
A solução encontrada para prosseguir a carreira foi o regresso ao Bessa, onde voltou a ser recebido “de braços abertos”. Em 1996-97, na última temporada que passou no Boavista, venceu novamente a Taça de Portugal.
 
 
Já trintão, prosseguiu a carreira no Rio Ave entre 1997 e 1999. Seguiram-se aventuras ao serviço de Moreirense, Fafe, Lousada, Vizela e Maria da Fonte antes de pendurar as botas com a camisola do Tirsense em 2007.
 
Após encerrar a carreira esteve durante várias épocas ligado às camadas jovens do Boavista, quase sempre como treinador-adjunto.








Sem comentários:

Enviar um comentário