sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Hoje faz anos o irmão de Ronaldinho que jogou no Sporting e no Estrela da Amadora. Quem se lembra de Assis?

Roberto Assis somou dois golos em 16 jogos pelo Sporting
Hoje talvez seja mais conhecido por ser irmão de Ronaldinho Gaúcho, mas em tempos foi uma grande promessa do futebol brasileiro, tendo sido internacional jovem pelo seu país e participado em torneios como Campeonatos do Mundo de sub-17 (em 1987) e sub-20 (1989).
 
Médio de características ofensivas formado no Grêmio, estreou-se pela equipa principal do tricolor gaúcho em setembro de 1988, quando tinha apenas 16 anos, tendo sido escolhido para ocupar o lugar deixado vago por Valdo, que havia sido transferido para o Benfica.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

O brasileiro campeão por Benfica e Sporting que levou Portugal ao pódio no Mundial 1966. Quem se lembra de Otto Glória?

Otto Glória guiou Portugal ao 3.º lugar no Mundial 1966
Neto de portugueses, mas nascido no Rio de Janeiro, jogou futebol em clubes como Vasco da Gama e Botafogo, ao mesmo tempo que estudava Ciência e Direito no ensino superior, mas foi como treinador que se notabilizou, tendo iniciado essa carreira aos 25 anos.
 
Começou como técnico das camadas jovens do Vasco, depois passou a ser adjunto de Flávio Costa na equipa principal e em 1951 tornou-se no técnico principal dos vascaínos.
 
Em 1954 entrou no futebol português pela porta do Benfica e teve um impacto enorme no que concerne a métodos de trabalho e táticas, tendo implementado o 4x2x4 que substituiu o até então predominante WM. Ao leme dos encarnados colocou um ponto final da hegemonia do Sporting, tendo conquistado dois campeonatos (1954-55 e 1956-57) e três Taças de Portugal (1954-55, 1956-57 e 1958-59) durante a sua primeira passagem pelo clube.

O problemático craque argentino que foi feliz no Benfica. Quem se lembra de Caniggia?

Caniggia somou 16 golos em 34 jogos pelo Benfica em 1994-95
Um craque de dimensão mundial, daqueles que parecem fora da órbita do futebol português, mas que jogou no Benfica na flor da idade, aos 27, 28 anos, acabadinho de disputar o Mundial 1994 ao serviço de uma das seleções mais recheadas de talento em todo o planeta, a Argentina. A sua rapidez valeu-lhe as alcunhas de El Hijo del Viento (filho do vento) e de El Pájaro (o pássaro).
 
Claudio Caniggia despontou no River Plate, venceu campeonato argentino, Libertadores e Taça Intercontinental em 1986 e não tardou a dar o salto para o futebol europeu, mais precisamente para a Serie A italiana.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

O elvense que cresceu em Guimarães, foi campeão pelo FC Porto e chegou à seleção. Quem se lembra de Sereno?

Sereno somou duas internacionalizações pela seleção A
Defesa central alto (1,87 m) e capaz de desenrascar também nas laterais do setor mais recuado, nasceu em Elvas e começou a jogar futebol no Os Elvenses, tendo rumado ao O Elvas já enquanto júnior.
 
Em 2004-05 estreou-se na equipa principal do histórico emblema raiano, na antiga III Divisão, e destacou-se ao ponto de ter dado o salto para o Vitória de Guimarães no final da época.
 
Até se afirmar no Dom Afonso Henriques teve muito que penar. Em 2005-06 esteve cedido ao Famalicão e na temporada seguinte foi pouco utilizado na campanha que culminou na promoção à I Liga.

O lateral brasileiro que venceu a Libertadores mas não foi campeão pelo FC Porto. Quem se lembra de Rubens Júnior?

Rubens Júnior somou 62 jogos e um golo de dragão ao peito
Não é fácil encontrar um caso como o de Rubens Júnior: esteve seis anos ligado ao FC Porto na era Pinto da Costa, três das quais a integrar o plantel principal, mas nunca foi campeão. Entre 1999 e 2002 atuou em 62 partidas e marcou um golo pelos dragões, venceu duas Taças de Portugal (1999-00 e 2000-01) e outras tantas Supertaças (1999 e 2001), mas títulos nem vê-los.
 
Nunca sobressaiu propriamente perante a concorrência de Esquerdinha, Nélson ou Mário Silva no lado esquerdo da defesa azul e branca, mas foi um jogador útil de plantel, que foi utilizado por 28 vezes na temporada 1999-00 (marcada por várias lesões musculares que o afastaram de mais de 20 jogos) e em 25 só na primeira metade de 2001-02.

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

A moeda de troca na ida de Moutinho para o Dragão. Quem se lembra de Nuno André Coelho?

Nuno André Coelho representou FC Porto, Sporting e Sp. Braga
Defesa central natural de Paço de Sousa, concelho de Penafiel, acabou por ter uma carreira um pouco aquém do esperado, tendo em conta que as 30 internacionalizações pelas seleções jovens, as passagens por FC Porto, Sporting e Sp. Braga e as chamadas à seleção A que não foram correspondidas por qualquer internacionalização.
 
Um gigante (1,90 m) com formação dividida entre Paredes, Penafiel e FC Porto, jogou pela equipa B portista no último semestre de 2005, mas daí para a frente passou por quatro empréstimos: Maia (II Liga), Standard Liège (I Liga Belga), Portimonense (II Liga) e Estrela da Amadora (I Liga).

Um dos melhores laterais esquerdos do Sporting neste século. Quem se lembra de Insúa?

Insúa somou 66 jogos e seis golos em ano e meio no Sporting
Não ganhou nada no Sporting, foi quarto classificado no campeonato na única época completa de leão ao peito e esteve em Alvalade na primeira metade da temporada marcada pelo horrendo sétimo lugar, mas é consensualmente considerado um dos melhores laterais esquerdos que passaram pelo emblema leonino neste século.
 
Formado no Boca Juniors e presença assídua nas seleções jovens da Argentina, sagrou-se campeão mundial de sub-20 em 2007, ao lado de Sergio Agüero, Éver Banega e Ángel Di María, numa altura em que já estava vinculado ao Liverpool.

sábado, 4 de janeiro de 2025

O jugoslavo preterido por Robson que se revelou bom defesa com Queiroz. Quem se lembra de Vujacic?

Vujacic somou 78 jogos e nove golos pelo Sporting entre 1993 e 1997
Possante defesa (1,90 m) de origem montenegrina internacional pela Jugoslávia, representou os modestos Petrovac e Obilic, os alemães do Friburgo e os sérvios do Vojvodina e do Partizan antes de ser contratado para o Sporting pelo presidente Sousa Cintra, à revelia do treinador Bobby Robson, no verão de 1993.
 
Talvez por não ter sido tido nem achado na contratação, Robson não deu um único minuto de jogo a Budimir Vujacic, preferindo apostar em Carlos Jorge ou Emílio Peixe. Porém, a sorte do defesa mudou após uma derrota diante do Casino Salzburgo que ditou a eliminação na Taça UEFA, em dezembro de 1993, com o treinador a ser despedido em pleno voo de regresso a Lisboa.

O espanhol mais amado em Faro. Quem se lembra de Paco Fortes?

Paco Fortes levou o Farense à final da Taça e à Taça UEFA
Talvez o espanhol mais marcante da história do futebol português e certamente o mais amado em Faro. Enquanto jogador, El Feo (O Feio) representou clubes importantes no país vizinho, como Barcelona, Espanyol e Málaga, tendo jogado ao lado de Johan Cruyff e vencido uma Taça do Rei e uma Taça das Taças pelos blaugrana e chegado a internacional A.
 
Em 1984, após dois anos no Valladolid, reforçou o Farense ainda na qualidade de futebolista, tendo contribuído para a subida à I Divisão em 1985-86.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

O lateral raçudo que furou a greve no pós-Saltillo. Quem se lembra de Álvaro Magalhães?

Álvaro Magalhães somou 20 internacionalizações pela seleção A
Os mais novos lembram-se dele só como treinador, nomeadamente como adjunto de José Antonio Camacho e depois de Giovanni Trapattoni num Benfica que venceu a Taça de Portugal em 2003-04 e o título nacional na época seguinte. Mas os mais velhos recordam-no como um lateral esquerdo raçudo e ofensivo, o melhor do seu tempo no futebol português e um dos mais capacitados também a nível europeu.
 
Nasceu em Cambres, concelho de Lamego, distrito de Viseu, numa família de quatro irmãos filhos de um pai militar e de uma mãe doméstica. O pai era portista, o irmão mais velho benfiquista, mas era o Sporting que mais mexia com o coração de Álvaro Magalhães, apesar de idolatrar Eusébio.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

“Vou comer o mundo, senhor Futre”. Como nasceu a lenda de “El Niño” Fernando Torres

Fernando Torres estreou-se pela equipa principal do Atleti aos 17 anos
Depois de uma boa recuperação desde os lugares de despromoção à II Divisão B até à zona cimeira da II Liga Espanhola, o Atlético Madrid sofreu duas derrotas seguidas na reta final do campeonato que ditaram praticamente o fim do sonho do regresso ao primeiro escalão já em 2001.
 
Paulo Futre, então diretor desportivo dos colchoneros, decidiu começar a preparar imediatamente a temporada 2001-02, despedindo o treinador Marcos Alonso – pai do lateral esquerdo internacional espanhol, com o mesmo nome – e promovendo Carlos García Cantarero, da equipa B, a técnico interino da equipa principal até final da época. Paralelamente, o montijense começou a trabalhar na contratação de um treinador conceituado para conseguir a promoção na época seguinte, treinador esse que seria Luis Aragonés.

Como Futre ajudou Florentino Pérez a tornar-se presidente do Real Madrid e contratar Figo

Figo transferiu-se para o Real Madrid no verão de 2000
Nos meses que antecederam as eleições para os órgãos sociais do Real Madrid no verão de 2000, tudo apontava para a reeleição de Lorenzo Sanz, até porque os merengues tinham acabado de vencer a oitava Liga dos Campeões, dois anos após conquistar a sétima, depois de um jejum de quase 50 anos. Foi o próprio Sanz, que até tinha mais um ano de mandato, que decidiu marcar eleições antecipadas para reforçar a sua posição dentro do clube.
 
Mas essa decisão tornou-se num improvável passo em falso. Apesar da pujança desportiva, havia um homem altamente descontente com a gestão financeira de Sanz, que tinha arrastado o clube para um passivo que ultrapassava os 300 milhões de euros. E esse homem era Florentino Pérez, um desconhecido, mas muito bem-sucedido empresário do ramo da construção, que era o presidente e o principal acionista do grupo ACS.