Cabo Verde competiu no CAN em 2013, 2015 e 2021 |
Desde que o campeonato português
num sistema de pontos foi instituído em 1934-35 que dezenas e dezenas de
jogadores nascidos em Cabo
Verde ou com origem cabo-verdiana
têm disputado a competição.
Uns ainda no tempo do colonialismo, mas a grande maioria já após a independência do país africano. Uns nasceram em Cabo Verde, mas nunca quiseram jogar pelos tubarões azuis, outros até nasceram noutros países, mas optaram por representar o país de pais e/ou avós. Por isso, contabilizamos neste ranking apenas os internacionais cabo-verdianos que jogaram na I Liga portuguesa.
Neste top 10, em que todos superaram a centena de encontros no primeiro escalão do futebol luso, não se encontra nenhum futebolista que se tenha sagrado campeão.
No dia em que Cabo Verde festeja a independência, vale a pena conhecer esta lista.
10. Carlos Ponck (117 jogos)
Carlos Ponck |
Defesa central natural do Mindelo
e que em Cabo
Verde representou Derby e Mindelense, entrou no futebol português pela
porta do Quarteirense,
tendo ainda passado um ano e meio no Farense
antes de se transferir em janeiro de 2016 para o Benfica,
que imediatamente o emprestou ao Paços
de Ferreira.
Na meia época que passou nos pacenses
foi utilizado em oito encontros (três a titular) na I
Liga.Em 2016-17 começou no Benfica B, mas no final do mercado de verão foi cedido ao Desp. Chaves, clube pelo qual atuou em 27 partidas (25 a titular) no primeiro escalão. Já no final dessa temporada, em março, estreou-se pela seleção principal de Cabo Verde.
Nas duas épocas que se seguiram esteve no Desp. Aves, a primeira por empréstimo e a segunda já como futebolista avense a título definitivo, tendo amealhado 61 jogos (60 a titular) e três golos no patamar maior do futebol português. Em 2017-18 contribuiu ainda para a conquista da Taça de Portugal.
Valorizado, transferiu-se para o Basaksehir no verão de 2019 e um ano depois festejou a conquista do campeonato turco, mas em 2022-23 foi emprestado ao Desp. Chaves, tendo nessa época participado em 21 partidas (20 a titular) na I Liga.
Paralelamente, contabiliza já 24 internacionalizações por Cabo Verde, tendo marcado presença no CAN 2021.
9. Janício (117 jogos)
Janício |
Disputou o mesmo número de jogos
de Carlos Ponck, mas amealhou mais 542 minutos em campo – 10 310 contra
9768.
Lateral direito natural do
Tarrafal e que despontou no Barcelona Tarrafal, entrou no futebol português
pela porta no Estrela
da Amadora, mas foi no Torreense que
começou a jogar com regularidade, na altura na antiga II Divisão B. Valorizado, tornou-se internacional A por Cabo Verde em junho de 2004 e deu o salto para o Vitória de Setúbal um ano depois, numa altura em que os sadinos tinham perdido de uma assentada as três opções para a lateral direita (Éder, Ricardo Pessoa e Manuel José).
O lateral africano chegou ao Bonfim como um desconhecido, mas foi titular indiscutível durante as quatro temporadas que passou no clube, tendo atuado em 117 jogos (todos como titular) na I Liga e participado na caminhada até ao Jamor em 2005-06 e na conquista da Taça da Liga em 2007-08. Saiu para os cipriotas do Anorthosis no verão de 2009, despedindo-se sem qualquer golo marcado com a camisola verde e branca. “Ainda hoje tinha lugar no Vitória de Setúbal, não fosse um mal-entendido e nunca tinha saído de lá. Até hoje ainda não vi ninguém melhor. Recusei o FC Porto quando estava lá”, afirmou ao Maisfutebol em abril de 2017.
Paralelamente, somou 16 internacionalizações e dois golos por Cabo Verde.
8. Zé da Rocha (125 jogos)
Zé da Rocha |
Médio natural da ilha do Sal, entrou
no futebol português pela porta do Académico
de Viseu em 1990-91 e estreou-se na I
Divisão na época seguinte, com a camisola do Gil
Vicente, tendo atuado em 19 jogos (16 a titular) e apontado um golo ao
União da Madeira.
Seguiram-se passagens por Académica
e Rio
Ave, na II
Liga, antes de regressar ao primeiro
escalão e ao emblema
barcelense em 1994-95, numa temporada em que participou em 20 partidas (16
a titular) e marcou dois golos, diante de Tirsense
e Vitória
de Guimarães.No verão de 1995 transferiu-se para o Leça, clube no qual passou sete anos. Nos três primeiros somou 86 encontros (82 a titular) e seis remates certeiros no patamar maior do futebol português.
Depois rebentou o Caso Guímaro e a consequente despromoção administrativa dos leceiros, não voltando a jogar na I Divisão.
Só depois disso, em abril de 2000, é que Zé da Rocha somou as duas internacionalizações que tem pela seleção principal de Cabo Verde.
7. Babanco (150 jogos)
Babanco |
Médio canhoto nascido na capital
Praia, estreou-se pela seleção quando ainda atuava no campeonato de Cabo
Verde ao serviço do Sporting da Praia, numa derrota no terreno da Guiné
Conacri (0-4) em jogo de qualificação para o CAN 2007.
No verão de 2010 entrou no
futebol português pela porta do Arouca,
mas foi ao serviço do Olhanense
que se estreou na I
Liga, em 2012-13, tendo nessa época atuado em 22 encontros (todos como
titular), registo que teria sido superior caso não tivesse participado no CAN
2013.Já entre 2013 e 2016 amealhou 61 partidas (48 a titular) com a camisola do Estoril no primeiro escalão, tendo contribuído para a obtenção de um histórico quarto lugar no campeonato e consequente apuramento para a Liga Europa em 2013-14. Pelo meio, esteve no CAN 2015.
No verão de 2016 transferiu-se para os cipriotas do AEL Limassol, mas em janeiro de 2017 voltou a Portugal para representar o Feirense, clube pelo qual totalizou 67 encontros (56 a titular) e quatro golos ao longo de dois anos e meio, não conseguindo evitar a despromoção em 2018-19.
Desde então que tem competido em divisões secundárias do futebol português.
Paralelamente, soma 60 jogos e quatro golos pela seleção principal de Cabo Verde.
6. Cafú (153 jogos)
Cafú |
Avançado móvel nascido em Almada,
mas com ascendência cabo-verdiana,
passou por Almada
e Amora
antes de se estrear pelo Belenenses
na I
Liga em 1999-00.
Em três temporadas ao serviço dos
azuis
do Restelo amealhou 60 encontros (sete como titular) e oito golos no primeiro
escalão.No verão de 2002 transferiu-se pelo Boavista, clube pelo qual somou 93 partidas (32 a titular) e nove remates certeiros no patamar maior do futebol português ao longo de três épocas e meia. Em 2002-03 ajudou os boavisteiros a chegar às meias-finais da Taça UEFA e em novembro de 2004 marcou o golo da vitória dos axadrezados num dérbi no Dragão, naquela que foi a primeira derrota do FC Porto no novo estádio.
Em janeiro de 2006 transferiu-se para os alemães do Siegen e não voltou a jogar na I Liga portuguesa.
Paralelamente, somou 15 internacionalizações e quatro golos pela seleção principal de Cabo Verde.
5. Héldon (174 jogos)
Héldon |
Extremo natural da ilha do Sal e
formado no Batuque, mudou-se para Portugal em 2006 para representar os juniores
da Académica,
tendo depois passado por Caniçal
e Fátima.
Foi precisamente quando ainda jogava nos fatimenses às ordens de Rui Vitória,
na II Divisão B portuguesa, que se estreou pela seleção, a 11 de outubro de
2008, rendendo Ronny Souto após o intervalo numa derrota na Tanzânia (1-3), em
jogo a contar para a fase de apuramento para o Mundial 2010.
No verão de 2010 transferiu-se
para o Marítimo
e viveu nos Barreiros o seu período mais fulgurante no futebol português, tendo
totalizado 82 partidas (49 a titular) e 15 golos ao serviço dos madeirenses na I
Liga ao longo de três épocas e meia, tendo contribuído para o apuramento
para a Liga
Europa em 2011-12. Pelo meio, esteve no CAN 2013.Em janeiro de 2014 deu o salto para o Sporting, mas passou apenas um ano em Alvalade, tendo nesse período atuado em 12 partidas (sete a titular) e marcado um golo ao Gil Vicente no primeiro escalão antes de participar no CAN 2015.
Entre 2015 e 2017 esteve cedido pelos leões ao Rio Ave, tendo somado nesses dois anos 51 jogos (41 a titular) e quatro golos no patamar maior do futebol português, ajudando os vila-condenses a apurar-se para a Liga Europa em 2015-16.
Já em 2017-18 esteve emprestado pelo Sporting ao Vitória de Guimarães e até fez uma das melhores épocas da carreira, tendo sido utilizado em 29 encontros (25 a titular) e apontado cinco golos na I Liga, frente a Marítimo, Desp. Aves, Rio Ave, FC Porto e Estoril.
Depois mudou-se para o futebol do Médio Oriente.
Paralelamente, somou 50 internacionalizações e 15 golos pela seleção principal de Cabo Verde.
4. Toni (183 jogos)
Toni |
Avançado natural da Praia que
entrou no futebol português pela porta do Vianense
em 1989-90, passou pelo Rio
Ave antes de se estrear na I
Divisão com a camisola do Sp.
Braga em 1992-93, numa época em que disputou 25 jogos (14 a titular) e apontou
sete golos no campeonato, diante de Beira-Mar,
Estoril,
Tirsense
(dois), Salgueiros
(dois) e Famalicão.
Na temporada seguinte voltou aos vila-condenses,
então na II
Liga, antes de voltar a representar os bracarenses
entre 1994 e 2000, período no qual totalizou 150 partidas (93 a titular) e 31
remates certeiros no primeiro
escalão, ajudando os minhotos
a apurar-se para a Taça
UEFA em 1996-97 e a chegar à final da Taça
de Portugal e consequentemente a qualificar-se para a Taça das Taças em
1997-98.No verão de 2000 transferiu-se para o Santa Clara, clube que ajudou a subir à I Liga em 2000-01, tendo na época seguinte participado em oito encontros no patamar maior do futebol português, todos na condição de suplente utilizado.
3. Sandro (195 jogos)
Sandro |
Médio de características
defensivas nascido em Pinhal Novo, concelho de Palmela, mas com raízes cabo-verdianas,
deu os primeiros toques na bola no bairro da Bela Vista e iniciou-se no futebol
federado em “Os
Pelezinhos” antes de chegar ao Vitória
ainda como iniciado, em 1990-91.
Na equipa principal dos sadinos
somou 195 encontros (176 a titular) e seis golos na I
Divisão, o primeiro em agosto de 1995 e o último em maio de 2010. Porém,
nessa década e meia esteve mais de três anos no futebol espanhol, tendo
representado Hércules, Villarreal
e Salamanca, e ainda esteve alguns meses cedido aos turcos do Manisaspor pelo FC
Porto, que o chegou a contratar em 2005.Ao serviço dos setubalenses conquistou uma Taça de Portugal em 2004-05, foi finalista vencido na época seguinte e tornou-se o primeiro capitão de equipa a erguer a Taça da Liga, em 2007-08.
Pelo meio tornou-se internacional por Cabo Verde, tendo somado dez jogos pelos tubarões azuis.
2. Lito (223 jogos)
Lito |
Pedra Badejo, na ilha de Santiago,
mas desde tenra idade em Portugal, jogou pela primeira vez pela seleção em 6 de
setembro de 2002, inaugurando o marcador numa vitória no terreno da Mauritânia
(2-0). Nessa altura atuava no Maia,
na II
Liga portuguesa, mas no ano seguinte transferiu-se para o Moreirense
e iniciou um trajeto de oito anos no patamar
maior do futebol português.
Ao serviço dos minhotos
amealhou 62 partidas (46 a titular) e sete golos na I
Liga entre 2003 e 2005, mostrando-se impotente para impedir a despromoção
em 2004-05.Seguiram-se dois anos ao serviço da Naval, nos quais totalizou 60 partidas (57 a titular) e onze remates certeiros no primeiro escalão.
Já entre 2007 e 2010 representou a Académica, clube pelo qual somou 79 jogos (58 a titular) e 19 golos na I Liga.
Por fim, em 2010-11 atuou em 22 partidas (15 a titular) no patamar maior do futebol português, tendo apontado três golos, insuficientes para evitar a descida de divisão.
Paralelamente, somou 42 internacionalizações e cinco golos pela seleção principal de Cabo Verde, não indo a tempo de participar nas edições de 2013 e 2015 da Taça das Nações Africanas.
Após pendurar as botas, em 2015, tornou-se treinador, tendo já desempenhado as funções de adjunto na seleção cabo-verdiana e de treinador principal nos sub-20.
1. Ricardo (261 jogos)
Ricardo |
Defesa natural de Azurém, no
concelho de Guimarães, mas com raízes cabo-verdianas,
começou a carreira como lateral direito, mas acabou por posteriormente se
destacar como central.
Depois de passagens por Juventude
de Ronfe, Serzedelo, Famalicão
e Freamunde,
estreou-se na I
Liga ao serviço do Beira-Mar
em 2004-05, época em que atuou em 29 jogos (24 a titular), não conseguindo
impedir a despromoção à II
Liga.Após a descida de divisão permaneceu nos aveirenses, tendo contribuído para a promoção ao primeiro escalão em 2005-06. Na temporada que se seguiu participou em 20 encontros (19 a titular) no patamar maior do futebol português, voltando a descer de divisão.
Numa altura em que já era internacional A por Cabo Verde, transferiu-se para o Paços de Ferreira no verão de 2008. Nas duas épocas da primeira passagem pelos pacenses totalizou 54 partidas (todas como titular) e seis golos na I Liga, tendo ainda ajudado os castores a atingir a final da Taça de Portugal em 2008-09.
Valorizado, mudou-se para o Vitória de Guimarães no verão de 2010, mas após 16 partidas (todas como titular) na primeira metade da temporada aventurou-se nos chineses do Shandong Luneng.
Um ano depois regressou a Portugal pela porta de Paços de Ferreira, clube pelo qual somou mais 141 jogos (135 a titular) e dois golos na I Liga. Em 2012-13 foi um dos esteios da equipa que alcançou o 3.º lugar no campeonato, tendo formado uma dupla sólida com Tiago Valente às ordens de Paulo Fonseca. Porém, em 2017-18 despediu-se do clube com uma descida de divisão.
Paralelamente, somou 18 internacionalizações e um golo pela seleção de Cabo Verde.
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